Em um vasto escuro congelante, um homem caminha sobre as mais congelantes geleiras da Antártica com seus cachorros siberianos. Joseph Eskon, um cientista que atualmente investiga com seus grupos de ufólogos um estranho objeto que havia caído perto do laboratório há anos atrás, Ele usava seus binóculos infravermelhos para tentar enxergar o vasto azul neblinoso. O frio estava vindo mais rapidamente, era indício que a noite iria cair. Embora não soubesse, Joseph pisava no mesmo lugar onde uma nave enviada de Krypton, agora hibernando, estava presa entre as geleiras. Por pouco tempo.
A madrugada foi atrapalhada por um forte clarão. Fortes ondas de calor, aqueceram exponencialmente as geleiras em volta da nave. Uma mulher arfava, havia acordado de um intenso pesadelo. Sonhava que seu planeta havia explodido e que seu único parente havia sido enviado para um planeta desconhecido onde ela teria que tomar conta dele. Seus cabelos pretos eram delicados e bem cuidados. Refletia em um tom dourado nas mechas e nas raízes, quase brilhava no escuro que estava. "Onde estou?", pensou a jovem. Apenas enxergava um painel. Nenhuma fonte de luz permitia que ela enxergasse muito bem. Sentia seu corpo rígido, sentia que havia passado muito tempo sentado naquela câmara. "Proteja seu primo.", Algo em sua mente brota como uma fonte de luz em meio ao vasto espaço. Pensava do por que estava ali, presa. Até que aos poucos lembrava, não era um pesadelo, havia acontecido tudo que a mesma contestava ser real. Lágrimas desciam de seus olhos. Quanto tempo havia ficado ali? A última coisa que lembrava era de entrar em órbita e sua nave bater contra algo maciço. O frio começava a lhe tomar, sentia que seu traje não a aqueceria por tanto tempo agora que seus órgãos precisavam ser aquecidos. Tentou mexer em diversos botões no painel de controle. Sem sucesso. Lembrou-se. Seu pai havia lhe dado algo, o símbolo. Procurou pôr a câmara claustrofóbica. Acabou achando o símbolo dentro de um bolso em seu traje. Ela o pôs em frente ao painel de controle. Comportas se abriram. Um líquido transparente começou a preencher toda a câmara, não conseguia respirar.
As lágrimas fluíam entre o líquido gelado, era água. Estava muito fraca para conseguir nadar dali, mal sabia quantos quilômetros estava abaixo da terra. Já estava desfalecendo quando sentiu alguém a pegar pelo braço.
"Kara Zor-El, renda-se em nome de...", lembrou-se das últimas horas de seu planeta. Lembrava de seus pais juntos chorando enquanto magma flutuava pelos ares. Lembrou de seu tio confiar sua vida em proteger seu primo.
Era aquele o fim?
Via apenas a vasta escuridão. Sentiu toda a água sair de uma só vez de seu estômago. Respirou fundo. Sua visão voltava gradativamente.
"Kal-El", um nome lhe veio em mente, o nome de seu primo.
Um homem agachado lhe olhava. Era jovem, talvez mais jovem que ela própria. Estava fraca, mas ainda teve forças para se afastar pelo susto que tomou ao vê aquele jovem pele bronzeada. Para Kara ele era muito diferente dos seus. Ele tinha algo peculiar, suas orelhas. Eram pontudas para cima. Seu cabelo castanho molhado tampava um de seus olhos que julgou ser um azul intenso.
Ele olhava para ela com um semblante calma, quase como se dissesse um "Você está bem?".
Kara, lembrou que esse era seu nome, Kara Zor El. Com uma sintonia Kara levanta e o estranho homem também. Pareceu por uns instantes imitá-la. Pensou na probabilidade do rapaz entender um pouco de seu idioma. "Obrigado por me salvar.", disse ela em seu idioma natal. O homem cerrou as sobrancelhas. Kara interpretou aquilo quase como um "O que diabos acabou de falar?"
Um estalo lhe veio à mente. O bracelete que seu pai havia lhe dado informava as coordenadas de onde Kal El poderia ser encontrado. Tipo uma cápsula de seu traje. Quase como uma simbiose o bracelete se formou em seu braço. Aquela era a boa e velha tecnologia de krypton. Ele pareceu se assustar com aquilo.
Sem sucesso, parecia estar sem carga, não estava funcionando normalmente como deveria. O único jeito seria sair daquele gélido lugar antes que seus pulmões congelassem. O jovem com semblante calmo a seguia, parecia não se incomodar com o frio e apenas se importar com Kara.
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Superman - The Hope Above Us
FanfictionAntes da destruição iminente de seu planeta natal, Kal-El é enviado por seus pais para outro planeta. Após descobrir seus poderes sobre humanos ele tenta ajudar Metrópolis a combater os crimes errôneos e manter uma vida dupla nada fácil.