Descobertas

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Fazenda dos Kents.

Jonathan e Martha estavam sentados no sofá enquanto Clark conversava com a sua suposta parente na cozinha. Clark ainda de traje cruzava os braços nos peitos enquanto Kara — como a mesma disse —, sentava em uma cadeira próxima ao balcão. Clark apesar de não ter guardado rancor, não deixara Theo — ouvira Kara lhe chamar assim —, dentro de casa.

— Então... Você realmente é de krypton? — Questionou Clark coçando o queixo.

— Sou Kara Zor-El, filha de Zor-El, seu tio. Ele me mandou para este planeta juntamente com você.

— Tá... Mas onde estava você todo esse tempo? — Questionou Clark com o semblante sério, pondo sua mão suavemente no balcão.

— Eu não lembro direito. Lembro-me de dar partida de Krypton e algum tempo depois apagar de vez. — Começou.

Kara põe seus dedos sobre seu bracelete.

— ... Eu acordei e quando me dei conta de mim estava me afogando...

Clark quase pôde sentir que Kara iria chorar, mas se manteve firme.

— Bem, eu fui salvo antes de apagar de vez pelo Theo... Se é que esse é o real nome dele. — Terminou pondo seu dedo indicador no queixo, pensativa.

— Espera, então você veio junto comigo de Krypton? Mas como? Os robôs na fortaleza me disseram que apenas uma nave havia sido enviada para cá.

— Seu pai me deu algo. Ele disse para mim que seria para lhe dar quando chegasse a hora. Bem, vejo que já passou da hora.

Kara desacopla seu cinto do traje, retirando de um dos bolsos um objeto cinza. Analisou bem, realmente parecia algo fabricado em Krypton. A tecnologia de Krypton era bem peculiar. O símbolo da casa dos El estampado na peça. O braço delicado de Kara se estendeu pela mão robusta de Clark.

— Provável que isto consiga desbloquear o resto das informações que precisa.

— Então... Eu tenho uma prima? — Sorriu Clark.

— De longa data. — Disse Kara abraçando Clark.

— É estranho saber que provavelmente eu dormi por tanto tempo que você foi de um bebê para um adulto. Para mim foram questões de dias — gesticulou uma sobrancelha, um olhar irônico.

Kara se encostou novamente perto da cadeira.

— Como consegue falar tão bem o idioma terráqueo? — Perguntou Clark.

Kara levantou seu pulso, indicando com o dedo para o bracelete cinzento que percorria metade do antebraço.

— Tecnologia kryptoniana, tradutor universal.

— Está tudo aqui mesmo? — Perguntou Clark admirando o instrumento, que agora poderia chamar de pendrive kryptoniano.

— Foi o que o tio falou.

— Não quero perder tempo ainda. Você, vem comigo. — Disse Clark apontando para Kara enquanto saia pela porta da cozinha que dava diretamente para fora.

Clark passou a olhar para o milharal. Percebeu Theo de cócoras, possivelmente observando uma trilha de formigas.

— Leve-o também, não confio em deixar ele aqui com meus pais. — Disse Clark pondo sua mão no quadril.

Kara fora diretamente na direção de Theo. Ele não sabia falar, presumiu Clark. Ele era um tanto quanto estranho, sempre com um semblante neutro, inexpressivo. Porém sempre obedecia a Kara. Durante o caminho até a fortaleza ela o levou nos braços, voando. Aparentemente ele não sabia realmente voar.

Superman - The Hope Above UsOnde histórias criam vida. Descubra agora