Anoitecia.
O odor de ferrugem se espalhava pelo transporte alado. Mannheim tampava seu nariz. Estava genuinamente incomodado. Em contrapartida, Winslow não parecia nem um pouco desconfortável.
— Ô Metallo. — Disse Mannheim tampando o nariz. — Tá bom de passar um lubrificador nessa lataria aí.
Metallo estava de costas, e assim permaneceu. Mannheim não obteve nenhuma resposta.
— A kryptonita... — Começou Luthor, a voz vinha de dentro da cabeça de Metallo — a Kryptonita está guardada na última ala dessa base militar. Entrem lá e tragam até mim. Simples. Alguma pergunta?
Winslow coçou seu queixo.
— Porque nós simplesmente não pegamos a kryptonita e matamos o Superman? — Disse ele cruzando os braços.
Luthor riu. Uma risada incessante.
— Porque sem mim, vocês não irão chegar nem perto de arranhar o Superman.
Mannheim e Winslow grunhiram, mas sabiam que tinha um pouco de verdade naquele fato.
Alguns minutos se passaram. Mannheim havia vestido a exo armadura dada por Luthor e Winslow subia em cima de algo que lembrava uma aranha. A comporta do jato se abriu. Metallo não aguardou ordens, logo pulou. Um míssil balístico passou de rapaz no jato camuflado. Mannheim pulou logo depois que Winslow freneticamente correu para os ares.
Um paraquedas se abriu nas costas da aranha de brinquedo. Mannheim ativou os propulsores de sua nova armadura cintilante para cair suavemente. Metallo havia caído com tanta força que havia feito uma mini cratera no chão.
Um ataque surpresa. O trio estava em vantagem avançava derrubando a tudo e todos que estavam em seus caminhos. A entrada para a base foi cortada em pedaços pelo braço biônico de Metallo. Mannheim agora liderava o grupo. Ele era um bom estrategista quando se tratava de lugares fechados. Militares atiraram incessantemente em Winslow, que havia ficado do lado de fora da base, mas era quase inútil. A aranha metálica era uma máquina incrível. O metal é tão resistente, capaz de suportar tiros de fuzil. Tubos por onde saíam gases inflamáveis e no outro um lança chamas. Uma combinação mortal.
— Luthor me deu a planta da base. Há um elevador que nos levará lá para baixo. — Informou Metallo.
Mannheim derrubava os militares que os seguiam, enquanto Metallo passava por cima de tudo e todos. Uma granada foi lançada. Não tiveram tempo para se proteger.
Boom!
Metallo ricocheteou na parede, entrando completamente para dentro de um escritório. Mannheim não sentiu o impacto e continuou correndo para o elevador; Arremessou com extrema facilidade alguns militares para o teto.
Crack!
Mannheim havia se jogado contra as portas do elevador. Os soldados que estavam dentro do elevador haviam sido esmagados. Ele ouviu o barulho de ossos se quebrando, mas não ousou olhar para como estavam aqueles indivíduos presos à ferragem. Esperou Metallo chegar ao elevador para descerem até o último andar.
Plim!
Mesmo sem portas, o elevador havia indicado sua chegada. O lugar estava deserto. Um túnel feito de pedras, no meio estava uma porta circular. A dupla correu em sintonia contra a porta. Apenas um arranhão havia sido feito na porta. Ambos haviam sido jogados para trás.
— Tem outra carta na manga? — Ironizou Mannheim segurando seu ombro.
Metallo sem ao menos dizer uma palavra fez um broca em suas mãos. Uma furadeira ambulante. Não levou muito tempo para que Metallo e sua broca alcançassem o outro lado da porta.
Um grupo de guardas mirava para Metallo assim que entrara.
— Sinto muito em dizer, mas ninguém sairá daqui até eu pegar o que quero. — Disse ele transformando sua mão em uma motosserra.
O general era velho. Seu rosto enrugado dedurava por si só. Ele deu ordem para que todos os soldados atirassem. Um show de altos decibéis e luzes. Os projéteis nunca conseguiriam atravessar o metal de Metallo. As balas ricocheteiam para todos os cantos.
— Quanto desperdício de balas. — Debochou a máquina.
Um salto inesperado foi o suficiente para que alguns soldados corressem de pavor. A lâmina da motoserra se manchava de sangue a cada corte que Metallo fazia nos pobres soldados. Mannheim não havia entrado para dentro. Havia ficado vigiando.
Metallo contava quantos soldados faltavam a cada dois que caíam. A sala onde estavam era um grande laboratório. Tubos cheios de líquidos, agora perfurados, abrigavam o local. O ambiente frio deixava um adendo sombrio sobre o que já deveria ter acontecido naquele laboratório. O general tirou uma faca de seu colete. Não restava mais nenhum soldado armado.
Duas portas de aço em cada canto da sala aguardavam Metallo.
— John Corben, você passou dos limites! — Gritou o General.
Metallo não andou mais. Parou e se virou. Seu reator se esquentava.
— Como ousa falar esse nome? Seu desgraçado.
A máquina fechou um dos punhos com tanta força que acabou por amassá-las. O sangue escorrendo pela sua face o deixava ainda mais assustador. Uma gota de sangue escorreu para um de seus olhos. Um olhar aceso, sedento por vingança.
— Acha que eu me esqueci de você? — Disse Metallo apontando para o general. — Você e o sacana do Superman.
— Só queríamos ajudá-lo!
— Eu não pedi a ajuda de vocês.
Uma marreta se liquefaz nas mãos robóticas de Metallo. Ele se aproximava vagarosamente do velho que não perdeu sua postura em nenhum momento.
— Metallo, agora não! Primeiro cuidaremos do Superman, depois você se resolve com o General Lane. — Dizia Lex Luthor pelo comunicador interno de Metallo.
— Você tem muita sorte, General. — Disse vagarosamente, se aproximando do rosto do mesmo.
Mannheim entrou na sala, averiguando a carnificina. Avistou Metallo cortando uma porta de aço. Presumiu já ter encontrado a kryptonita. Passou por cima dos corpos até chegar à frente de uma outra sala. Um vidro fumê escondia o que estava por trás da grande sala. Tentou abrir com força bruta, mas falhou. Ao lado da porta estava um leitor de dedos.
— Ô velhote! — Gritou Mannheim para o general que estava no chão, amarrado. — Abre essa porta aqui, por favor.
A ironia nas palavras de Mannheim eram claras. O velho hesitou em ir até Mannheim. Sem muita paciência, o mesmo agarrou o velho pela blusa e forçou sua mão no leitor.
Um vapor gelado saiu de dentro da sala. Uma cápsula preta estava no meio da sala. Era grande, mas talvez passasse pelo elevador. Os olhos de Mannheim cintilavam.
— Tô com a kryptonita, anda logo! — Gritou a voz robótica distante.
O exo-traje conseguia erguer um carro, não seria um problema erguer aquela grande cápsula.
Já saíam para fora da base quando sentiram o jato descer vagarosamente.
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Superman - The Hope Above Us
FanfictionAntes da destruição iminente de seu planeta natal, Kal-El é enviado por seus pais para outro planeta. Após descobrir seus poderes sobre humanos ele tenta ajudar Metrópolis a combater os crimes errôneos e manter uma vida dupla nada fácil.