Luz no fim do tunel

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— Onde estou?

— Acho que a pergunta seria, por que está aqui?

A voz delicada arfou.

— Eu não me lembro.

Mãos esqueléticas saíram de uma neblina.

— Você, assim como eu, é filha de Krypton. Não deveria estar aqui.

Lamentações desenrolaram-se de uma lágrima caída.

— Por que ela está aqui?

— Filha de Krypton, deveria ter resistido à erradicação.

— Mais uma parte sendo o alimento do Erradicador. Que desperdício.

Em meio ao caos de vozes, uma voz arcaica protestou.

— Você, filha de Zor El. Nos ajude, precisamos sair daqui. Nos ajude a sair dessa prisão.

A jovem se levantou encarando o desconhecido.

— Se não sair daqui logo, será consumida pelo núcleo. — Disse a voz de uma criança.

A capa vermelha balançou com uma ventania vindo de cima.

— Ele nos quer.

— Um de nós tem que ir.

Um vortex dourado se formou, sugando vários espectros. Gritos e clamores foram cortados com o desaparecimento repentino do vendaval dourado.

— Mais três de nós se foram. Assim se sucede.

— Mas... — principiou Kara chamando a atenção de todos os olhos que se escondiam pela neblina — Como eu posso sair daqui?

— Sobrecarregando ele. — Expôs uma voz aguda.

— Por que vocês nunca fizeram isso?

— Não temos um corpo físico. Tanto tempo aqui e acabamos virando energia vital. Somos apenas almas enjauladas. — Debutou a voz arcaica. — Você pode nos libertar. Aqui o tempo passa mais rápido que o normal, você terá que ser rápida.

— Você, como corpo físico, é perfeita para Erradicador. — Disse uma voz rouca vindo de todos os lados — Você funciona como uma bateria. Quando ele lhe consumir fará parte de nós.

— Isso não acontecerá. Ela é diferente. — Disse a voz arcaica.

Kara olhava atentamente para sua mão, parecia envelhecer rapidamente. O rosto limpo começou a se enrugar.

— Libertarei vocês todos, eu prometo.

Ela se assustou com sua própria voz, lembrava a voz de uma mulher adulta.

A neblina começava a chegar perto de seus pés. O joelho esquerdo e a mão direita se apoiaram no chão. Concentrou-se. A capa farfalhou no vazio quando pôs-se a voar. Lágrimas caíram para dentro da neblina; Agora fechada. Voou o mais longe que pôde, para longe daquela escuridão.

''Eu não vou morrer aqui, não depois de tudo que passei.''

Os braços estendidos à frente do corpo se direcionaram para uma luz distante

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Os braços estendidos à frente do corpo se direcionaram para uma luz distante.

Uma ventania lhe coordenava para a esfera dourada brilhante. A luminosidade refletia nos olhos cianos de Kara.

Uma aura impediu a kryptoniana de chegar perto; A barreira repulsiva impedia qualquer corpo que tentasse entrar.

Sua pele enrugava mais com o tempo que passava. Seu cabelo se esbranquiçou com o pouco tempo que ficara perto do globo.

Se empurrou contra a barreira. Uma força lhe puxava para trás enquanto forçava a entrada. Sua pele ardia. Gritou de dor. Seu timbre agora se assemelhava ao de uma ancestral.

As mãos conseguiram agarrar o globo; Estavam em um estado esquelético. Usou suas forças restantes para esmagá-lo. Seu corpo bruscamente foi jogado contra o vazio. Estilhaços dourados do globo pairavam sobre a escuridão.

Uma vaga lembrança de seus pais lhe veio à mente. O globo havia sugado uma boa fração de energia vital de seu corpo, mal conseguia se mexer.

— Obrigado por nos livrar da eternidade. — Disseram várias vozes em uma só sintonia.

Mãos lhe evitaram cair contra o chão.

— Irá de voltar para onde nunca teria saído, obrigado. — Disse a voz arcaica.

Um casulo de luz se envolveu em Kara. Se sentiu revigorada.

Kara escutou barulhos e enquanto de olhos fechados sentiu a claridade bater em seu rosto. Lentamente abriu os olhos, apenas para se deparar com Theo a olhando.

Superman - The Hope Above UsOnde histórias criam vida. Descubra agora