CAP 3

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Josh Beauchamp

Não é fácil manter uma relação saudável com meu pai sendo que ele não me deixa em paz por uma semana. Saí de lá após meu pai me expulsar quando tinha dezessete anos, agora tenho vinte e um mas parece que para ele nada mudou. Nós dois juntos só da uma coisa, briga.

-O que você quer?

Digo ríspido revisando os contratos e fechamentos de compras sobre a bancada do estabelecimento.

-Você sabe que sua mãe senti sua falta não sabe?

Ele pergunta, obvio que eu sei, na noite em que sai de casa ela chorou até soluçar, tenho vontade de me socar por isso mas conviver com meu pai já não dava mais certo.

-Pensasse nisso antes de querer mandar no meu futuro.

Digo sem tirar os olhos dos papéis em minhas mãos.

-Eu só queria que você fosse alguém na vida!

Ele grita chamando atenção de alguns clientes, dou a volta no balcão parando em sua frente.

-Você abaixa o tom de voz, não estamos na SUA casa que você fez questão de dizer enaltecendo o SUA quando me expulsou dela. Você me expulsou de casa por não ser como o filho mais velho, o orgulho de Ron Beauchamp. Me privou de entrar na sua casa para ver minha mãe e agora vem me cobrar que visite ela? Você anda bebendo só pode.

Digo incrédulo pois o que ele diz não faz sentido.

-Ela chora com saudades de você.

Ele diz com uma expressão impassíva.

-Você deveria se culpar não a mim, você expulsou seu filho com dezessete anos de casa.

Digo como se fosse óbvio juntando as folhas que assinei.

-Bom, foi maravilhoso discutir com você mas eu preciso trabalhar e você está me atrapalhando.

Digo ríspido e seu olhar é impassívo.

-Lembre disso quando sua mãe sucumbir.

Diz antes de se virar e sair pela porta da frente.

Ponho as mãos sobre o vidro temperado da recepção e respiro fundo, não estou em casa e não posso descontar minha raiva em objetos. Ele tem esse poder de me tirar do sério com poucas palavras. Como pode ser tão cínico, ele causou tudo isso e quer por a culpa nas minhas costas? Como queria que fosse uma Sexta-Feira para beber e socar algum rosto que cruzasse meu caminho, preciso descontar essa raiva antes que exploda.

-Joshua.

Berta me chama.

-Pode falar.

Peço respirando fundo e deixando o meu lado pessoal de lado.

-Um cliente está meio indeciso com qual moto levar e eu não entendo nada sobre essas coisas barulhentas, você pode fechar a compra com o cliente?

Pergunta me entregando os papéis.

-Claro.

Repondo voltando a minha posição anterior.

-Obrigada.

Ela faz uma cara de desculpas e sorrio para ela.

Vou até o lado de fora encontrando um homem de meia idade, alto e musculoso. Ele analiza a moto em sua frente com cuidado, da roda da frente até o cano de trás, caminho até o mesmo já com uma estratégia pronta.

-Bom dia.

Respondo educado e o cara me cumprimenta com um aperto de mão.

-Então cara, eu estou indeciso qual das irmãs levar, sua colega parecia não enteder nada e não estava me ajudando.

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