CAP 45

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Josh Beauchamp

Após deixar Any em seu trabalho sigo para o meu, estaciono na vaga dos funcionários e entro no estabelecimento girando as chaves do carro em meu dedo. Cumprimento o segurança que me olha estranho mas sorri, eu lhe entendo. Não sou de chegar feliz no trabalho mas milagres acontecem.

-Bom dia passarinho, o quê te fez ficar assim? E que carro é esse?

Berta questiona ao olhar para fora.

-Não vai levar sua colega para dar uma voltinha?

Ela pergunta se aproximando.

-Duvido que tenha estreiado o carro com uma garota, posso ser a primeira, o quê acha?

Caio na gargalhada ao ouvir essas palavras.

-Qual a graça?

Pergunta ao por a cabeça para o lado.

-Garota, esse carro já foi estreado, usado muitas vezes e adivinha? Por apenas uma garota.

Ponho as chaves no bolso junto com meu celular e pego a prancheta com os contratos.

-Tenha um bom dia senhorita.

Estava saindo mas me lembro de algo e me viro.

-Temos vários clientes ricos, faça o que fez comigo com eles, deve funcionar melhor.

Sugiro e vejo em seus olhos raiva.

Eu já disse e repito, não somos nem amigos para ter essa intimidade toda, a única que dei brecha foi Any e olha no que deu, disse que estava apaixonado por ela hoje pela manhã.
Apesar de Berta ser bonita e ter um nome de velha por sinal, Any ao lado dela chega a ser piada, Berta ficaria constrangida ao lado de Any, sem chances.

-Bom dia senhor, o quê deseja?

Digo em tom profissional e o cara moreno sorri.

-Eu estou em busca de uma moto para chão batido, barro e lombadas se me entendi.

Ele ri e assinto.

-Você procura uma moto de Rali, temos algumas no outro lado da loja.

Informo e ele sorri.

-Venha comigo.

Entramos na recepção e Berta me olha com uma expressão brava, como dizia minha mãe: "Cara feia para mim é fome". Não dou bola para dramas de mulheres e sigo o meu trabalho.

-Temos essas aqui.

Aponto para quatro motos com diferentes molas de amortecimento.

-Essa vermelha é linda.

Diz ao analisar a motocicleta detalhadamente.

-Irei ficar com ela.

Diz ao desenconstar do veiculo, me surpreendo ams fico feliz, mais uma venda concluída.

-Otimo, já estou com os papéis em mãos, basta assinar aqui.

Aponto para a última linha do contrato. Ele assina e percebo um nome conhecido, a assinatura está como Sílvio Soares, o mesmo sobre nome de Any. Devem ter muitas pessoas com mesmo sobrenome nessa cidade, ele passa seu cartão de crédito logo colocando sua senha, a máquina apita informando que a transação foi aceita e sorrio para o cara.

-Obrigada por escolher nossa concessionária.

Agradeço ao apertar sua mão.

-Gostei de você rapaz, fui bem atendido aqui, obrigada.

ToxicOnde histórias criam vida. Descubra agora