CAP 46

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Josh Beauchamp

Meu turno acabou, as vezes cubro o horário de alguns funcionários e ganho um extra por isso além de poder sair a hora que quiser. Incrível eu sei, e por ter esse "privilégio" pude sair na hora do almoço no horário que Any sai do trabalho, mandei uma mensagem dizendo que buscarei ela e iremos para o meu apartamento e depois jantaríamos na sua casa.

-Você não acha que fica muito sozinho naquele apartamento?

Any questiona lambendo seu sorvete de morango enquanto andamos de mãos dadas, apesar do inverno se aproximar cada vez mais Any não abre mão do seu sorvete de morango algumas vezes na semana.

-Antes sim mas com você frequentando ele sempre, não me sinto sozinho.

Ela sorri ao lamber o sorvete. Continuamos a caminhar até que Any para de repente e por impulso paro também por estarmos de mãos dadas.

-Oi neném, o quê você faz aí encolhido?

Pergunta para um cachorrinho encolhido em um canto da calçada, o animalzinho movimenta o rabo assim que Any se aproxima.

-Você tem dono?

Pergunta ao cachorro e por alguns segundos achei que ela esperasse sua resposta.

-Vem cá.

Faz um gesto com a mão e o filhote se levanta e corre até ela.

-Acho que não, não vejo ninguém que talvez tenha perdido um cachorro.

Any ri da minha fala enquanto seguro seu sorvete.

-Vem cá neném.

Ela pega o filhote no colo e o mesmo lambe sua boca.

-Ei cara, vamos com calma aí, esse espaço só está reservado para mim ok?

Pergunto ao cachorro e Any ri da minha conversação com o filhote.

-Você não está com ciúmes do filhote né Josh?

Any pergunta me fazendo rir, o cachorro lambe novamente seu lábio.

-Ele já ultrapassou a barreira.

Digo para Any que ri.

-Deve ser pelo sorvete, você quer ir comigo para casa garotão?

Ela levanta o filhote para o alto e o mesmo abre a boca pondo sua língua para fora.

-Você não se senti sozinho naquele apartamento quando não estou?

Pergunta e assinto.

-As vezes.

Respondo e ela sorri largamente me mostrando o filhote, como se entendesse o que falávamos ele levanta as orelhas e me encara.

-Ele pode fazer companhia para você, ele parece ser tão quietinho.

Diz ao acariciar a cabeça do filhote.

-Eu não entendo sobre cachorros Any.

Informo e ela se vira segurando o filhote.

-Eu ajudo você.

Diz com um sorriso de criança nos lábios, como se pedisse um doce para a mãe no supermercado.

-Acho que tenho um novo morador em meu apartamento.

Me dou por vencido, como dizer não para aquele rosto lindo e aquele olhar de pidão do filhote.

-Viu neném, você tem um pai!

Any diz sorridente.

-Pai?

Questiono e ela ri.

ToxicOnde histórias criam vida. Descubra agora