CAP 11

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Any Gabrielly

Eu não acredito que minhas amigas tiveram essa coragem de me abandonar, não sei porque ainda fico surpresa, é tão a cara delas fazerem isso.

-Já deveria imaginar. Minhas amigas me abandonarem? De praxe.

Digo ao olhar meu celular, nenhuma mensagem ou sinal de fumaça.

-Pelo visto meus amigos também se esqueceram que eu estava aqui.

Diz me fazendo rir.

-Estou cansada de ficar aqui, quer dar uma volta?

Pergunto pegando meu celular.

-Claro, quer ir aonde?

Pergunta e me dou conta que não quero ir à lugar nenhum, só quero andar.

-Só andar.

Digo e ele assenti, pagamos pelas bebidas e Josh abre a porta para que saia.

-Para que lado?

Pergunta e olho ao redor e aponto para nossa frente.

Caminhamos até eu sentir um cheiro caracterisco, hot-dog. Me lembrei que comi pouco hoje e que bebi e isso significa se não comer algo a ressaca no outro dia será infernal e preciso trabalhar.

-Topa um hot-dog?

Pergunto ao me virar, ele olha para a barraquinha mais a frente e sorri.

-Óbvio.

Sua fala me faz rir.

Caminhamos até a barraquinha e pedimos nossos hot-dog's. A noite está estrelada e a lua é a estrela principal da noite, exibi seu tamanho e grandiosidade no céu, junto dela as três Marias brilham se destacando entre as outras estrelas. O clima é agradável apesar de estarmos quase no inverno.

-Há muito tempo não me sentia assim.

Sua fala me tira dos meus devaneios sobre o céu.

-Assim como?

Pergunto apoiando meus cotovelos sobre a mesa de madeira envernizada.

-Livre, despreocupado, como se meus problemas me dessem uma folga temporária.

Diz olhando os próprios dedos.

-Também me sinto assim, se até a Cinderela teve uma noite de folga e alegria porque nós não podemos?

Pergunto e ele sorri.

-Você tem um jeito leve de levar a vida, queria eu ter esse dom.

Sua voz é baixa.

-Esse é meu jeito de viver, tive que encontrar um modo mais fácil de viver pois minha mãe e minha irmã dependem de mim.

Digo pensativa e nossos pedidos chegam.

-Se precisar de ajuda pode contar comigo.

Fui pega de surpresa com suas palavras, mal nos conhecemos e ele se prontificou a me ajudar.

-Fico lisonjeada com sua ajuda.

Agradeço e um sorriso surge em seus lábios.

-Me empresta seu celular.

Ele pedi e retiro o aparelho da pequena bolsa que trouxe, prefiro sair de calça assim não preciso sair com essas coisas mas como vim de vestido tive que trazer uma bolsa. Entrego o aparelho para ele e o mesmo digita nele.

-Esse é meu número, pode me chamar quando precisar.

Diz ao entregar meu celular.

-Nem me conhece direito e está se prontificando a me ajudar? Que cavalheiro.

ToxicOnde histórias criam vida. Descubra agora