CAP 18

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Any Gabrielly

Pego sua blusa e seco sua testa que ainda contém gotículas de suor, ele cai para trás deixando suas pernas esticadas para fora do sofá enquanto encara o teto.

-Me desculpa ter ligado para você, não sei o que me deu.

Se desculpa.

-Não precisa se desculpar, está tudo bem.

Digo ao por sua camiseta ao seu lado.

-Quer uma água?

Pergunto e ele assenti.

Levanto e caminho até sua cozinha, abro a geladeira e algumas bebidas abertas estão na prateleira de cima, comidas congeladas ocupam a parte de baixo do refrigerador. Uma garrafa de água está ao lado de uma garrafa de uísque pela metade, pego a garrafa e coloco um pouco de água em um copo, volto para a sala e entrego o copo para que Josh beba.

-Obrigada.

Agradece ao pegar o copo e beber tudo em um só gole.

-Quer mais?

Pergunto e ele nega.

-Como está se sentindo?

Pergunto e ele sorri.

-Estou melhor.

Diz e de certa forma isso me acalma.

-O que houve para isso ter acontecido?

Pergunto ele respira fundo antes de responder.

-Estava pensando em minha mãe, como ela ficou quando fui embora, como ela ficou com meu distanciamento. Isso ficou rondando minha cabeça e fez desencadear uma crise de ansiedade.

Explica.

- Você tem ansiedade?

Pergunto surpresa.

-Quando saí de casa, os problemas surgiram, tinha que arrumar um lugar para morar, me sustentar com apenas dezessete anos. Acabei desenvolvendo ansiedade, fui a especialistas que me ajudaram, fiquei um bom tempo sem ter crises mas meu pai tem a mania de jogar na minha cara a decadência da minha mãe, isso fez com que minha ansiedade retornasse.

Explica e uma pontada no peito me surge, eu não consigo entender o motivo de me sentir tão ligada a ele com pouca convivência.

- Você pode me chamar quando precisar, eu estarei aqui.

Digo pondo minha mão sobre a sua, Josh move a sua mão e segue a minha cariciando as costas da mesma e um choque me atinge.

-Noah sempre foi um bom amigo, Krystian também mas é a primeira vez que me sinto acolhido ao ouvir essas palavras.

Eu não sei como mudamos dos extremos tão rápido mas me sinto envolvida com sua história.

-Fico feliz com isso. Quer comer algo?

Pergunto e ele me olha.

-Eu acabei esquecendo de comer, não fui trabalhar hoje alegando estar gripado e esqueci do importante, comer.

Diz me fazendo rir.

-Vem, vamos ver o que podemos inventar na cozinha.

Digo puxando pela mão que está junta a sua sobre sua coxa.

O puxo até a cozinha, abro a geladeira novamente analizando o que posso fazer. Carnes congeladas, legumes e hambúrgueres congelados na parte de baixo, resto de comida chinesa em embalagens de restaurante ocupam espaço na geladeira.

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