Capítulo IV
Como assassinar Thomas Brown.
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Algo estava acontecendo e Paul tinha certeza disso.
E não era apenas a situação com Jared, algo estava acontecendo com ele.
Ele nunca teve motivos para reclamar do clima em La Push.
Era frio e úmido e ele apreciava.
É claro que haviam alguns momentos onde tudo que ele e os moradores, num raio de cem quilômetros gostariam, era se embolar numas cinco cobertas e hibernar, era compreensível.Contudo mesmo com o frio severo e com o vento que açoitava seus cabelos, ele estava queimando.
Suas veias pareciam em chamas, seu corpo parecia incapaz de permanecer inerte, todos os seus membros queimavam. Ele passara a madrugada andando pela floresta, sem camisa, torcendo para que o frio dolorido aplacasse o calor em sob sua pele.
Seria apenas preocupante, se a temperatura não estivesse variando entre dois e cinco graus. Ocasionalmente ele sentia um pouco de geada caindo sob si.
O quileute queria pular num refrigerador e não sair de lá.
Para completar ele estava se escondendo de Héstia e de Marie, a única figura materna em sua vida, já que elas perceberiam que algo estava errado no instante que pusessem os olhos nele. Héstia ficaria estremamente preocupada e o quileute quase conseguia imaginar as orbes escuras que tanto amava transbordando preocupação, Tia Marie que trabalhava na área da saúde, além de preoucupar, iria insistir em examiná-lo e tentar tratá-lo caso fosse preciso, e Paul não podia deixar.
E se fosse uma merda de doença contagiosa?, o quileute pensou com o cenho franzido, a cabeça latejando.
Definitivamente ele tentaria fugir de ambas até melhorar.
Então ele que estava simplesmente tentando ignorar o fogo que parecia estar correndo em suas entranhas, se pôs a caminhar para fora da escola da reserva após uma aula de merda, as passadas longas mal ecoando no corredor lotado
Ao menos tentou, ou melhor estava tentando, quando trombou com um corpo ossudo, ouvindo segundos depois uma voz, infelizmente, conhecida.
O quileute suspirou, sentindo como se seus ossos estivessem revestidos em lava, cada pequena articulação doendo, queimando, usando cada partícula de seu autocontrole para olhar sem escárnio na direção onde a pessoa com quem trombara estava. Ele não estava à fim de ignorar ninguém hoje, muito menos de brigar....
Assim que olhou nos olhos derramando arrogância de Thomas Brown, Paul Lahote sentiu um ímpeto assasino.
Merda.
O quileute franziu o cenho para linha que seus pensamentos seguiam.
Paul não se considerava uma pessoa calma e não atribuía orgulho ou vergonha quanto a isso.
Era apenas um traço de sua personalidade, um fato sobre ele.
Outro fato sobre ele era que odiava Thomas Brown, e quando entrara no ensino médio, à quase três anos, ele não odiara...
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HÉSTIA ●°°•●Paul Lahote
RomancePaul Lahote era apaixonado pela melhor amiga que não sabia, ou retribuía. Ele amava cada traço peculiar e amável da personalidade da sua melhor amiga de cabelos e olhos escuros, sempre a rodeando, orbitando, como se ela fosse seu sol particular...Su...