Capítulo VII

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Capítulo VII

Plantação de irmãos.

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Feliz dia das crianças adiantado :]

Esse cap têm dois pestinhas adoráveis.

Espero que gostem!
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Fazia alguns dias desde que Héstia vira os melhores amigos.

O peso em seu peito fora aliviado com a visão dos dois melhores amigos. O mesmo não podia ser dito sobre sua mãe, que não sabia de tudo.

Na verdade, como apenas Héstia fora autorizada a saber da mutação, o trio concordara em dizer a Marie que Paul estava se recuperando num acampamento militar de verão. O que serviria de explicação para os músculos e talvez ajudasse a processar seu súbito surto de altura.

Mentir para a mãe era algo que fazia com que a jovem se sentisse pior que lixo...

O segredo não é seu pra contar.

E empurrando a culpa para um pequeno canto em seu coração, a garota se perguntou o que Marcus e Dayse, os netos da vizinha que agora ficavam sob seus cuidados de segunda à sexta após às aulas, colocaram no pesado saco de brinquedos que a mesma carregava.

Os olhos escuros se voltaram na direção do grande saco sob seus dedos, analisando desconfiada.

Marcus com toda certeza pusera algo lá.

O garoto em questão, no geral parecia gostar de Héstia, até que a jovem passou a cuidar dele e de sua irmã gêmea, Dayse, à uma semana atrás.
A pequena criatura de olhos verdes parecia determinada à fazer com quê Héstia desistisse de tentar ajudar senhora Rodriguez, a avó dos pequenos.

Não que fossem conseguir. Héstia e Marie, sua mãe, nutriam um profundo afeto e gratidão pela senhora idosa, que as ajudara anos atrás, quando o pai da jovem de olhos caliginosos morrera.

Três meses atrás a filha da senhora Rodriguez, Rosie, veio para visitá-la e com os netos, uma viagem de inverno e fugira na calada da noite. Deixando o casal de gêmeos com a avó, apenas com um bilhete escrito num papel velho onde se explicou.

John quer ter as próprias crianças.

Pelo amor de Deus.

E como estava livre à tarde e sabia que Martha Rodriguez trabalhava como enfermeira no hospital de Forks durante esse mesmo período, Héstia se oferecera para cuidar das crianças por um tempo maior do que os finais de semanas ocasionais durante às férias, com os quais já havia se acostumado.

Não imaginou como poderia ser uma experiência surpreendente.

Ainda observando o saco em suas mãos, a jovem ergueu às sobrancelhas, os orbes escuras avaliando o saco com desconfiança. Marcus com certeza pusera algo ali.

O saco logo foi largado no chão e a garota de cachos volumosos se agachou lançando um rápido olhar enviesado para a janela, vendo Marcus a encarando parecendo ansioso... Demais.

Marcus era um ótimo garoto.

Mesmo que nos últimos dias tivesse resolvido que não gostava mais de Héstia, por algum motivo que fugia da consciência da jovem.

Quer dizer, ela tentara, realmente tentara fazer com que o garoto de onze anos voltasse a sorrir na presença dela... Ou ao menos dissesse por quê ele não o fazia.

HÉSTIA ●°°•●Paul LahoteOnde histórias criam vida. Descubra agora