Beije-Me - Carthur

Capítulo 15

ARTHUR

Como eu pude ser tão burro? 

Por que a tratei tão mal? 

Como fui deixar que a mágoa tomasse conta do meu coração de uma forma tão grande a ponto de machuca-lá? 

Por que não a perdoei antes?

Eu subia as escadas do edifício correndo em pleno desespero. Precisava vê-la, precisava tê-la em meus braços mais uma vez, e precisava dizer a ela o quanto a amo. Sem ao menos perceber as lágrimas já começavam a inundar meus olhos, me fazendo voltar ao mundo real ao me ver parado em frente ao seu apartamento. Meu coração batia enlouquecido, mas foi quando a vi abrir a porta após eu tocar a campainha que um misto de sentimentos me envolveu. Seus olhos estavam vermelhos e surpresos ao me ver ali, eu podia ver toda a sua dor, pois era exatamente a mesma que eu sentia. Carla parecia buscar as palavras e logo vejo as lágrimas deslizando por seu rosto, fazendo uma cratera se abrir em meu coração. Mesmo tendo lhe julgado e lhe machucado com minhas palavras, eu podia ver amor em seu olhar. 

Ela realmente me ama!

- A-Arthur...

NARRADORA

A voz de Carla sai falha e fraca, mas antes que a loira pudesse tentar terminar de falar os lábios de Arthur se unem aos seus em um beijo desesperado e cheio de saudade. Diaz não entendia o que estava acontecendo ali e sua mente parecia dar voltas infinitas, a deixando ainda mais confusa. Quando abriu a porta não acreditou que era ele mesmo ali parado em sua frente, não entendia o porquê do empresário estar ali, sabia que por mais que quisesse aquele beijo tinha que se afastar, mas naquele momento não havia forças pra isso. Não tinha forças pra lutar contra o que sonhou tanto em voltar a receber, não havia forças para lutar contra seu coração, e não havia mais forças pra lutar contra o amor que sentia. Em um movimento rápido Carla se lança sobre o amado o abraçando fortemente em meio ao beijo enquanto sentia Picoli fazer o mesmo consigo.

Como haviam sentido falta daquilo! 

Seus corações batiam de uma forma como nunca haviam batido antes, suas línguas agora se encontravam de forma lenta, sem pressa ou desespero, só havia amor. Seus lábios se separam lentamente e suas testas continuam coladas enquanto podiam sentir suas respirações aceleradas.

- Me perdoa, me perdoa, por favor, meu amor! Me perdoa por tudo o que eu falei, me perdoa por não ter acreditado em você! 

Arthur implora em meio a sussurros desesperados, não demorando a sentir o dedo indicador de Carla tocar seus lábios.

- Shiiu...isso não importa mais, tudo o que você precisa saber é que eu te amo, Arthur! Te amo mais do que tudo!

- Te amo, te amo, te amo! 

Picoli declara beijando todo o rosto da jovem e sentindo mais uma vez o gosto de suas lágrimas antes de voltar a unir seus lábios em mais um beijo apaixonado. O beijo vai se tornando cada vez mais intenso, e quando já estavam prestes a se entregar de vez ao amor que sentiam, as palavras de Sarah atingem a mente de Carla, fazendo a loira se afasta rapidamente. Arthur à olhava sem entender o que havia acontecido e logo sente seu coração voltar a se apertar ao ver que Carla chorava
desesperadamente. Em um movimento rápido o homem tenta se aproximar, porém, mais uma vez é afastado pela loira.

- Meu amor, o que aconteceu? 

Picoli pergunta finalmente conseguindo se aproximar de Carla, não demorando a envolvê-la em um abraço protetor.

- N-Não podemos mais, n-não...

- Espera aí...o que essas caixas de mudança estão fazendo aqui?