Capítulo 18

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NARRADORA

Tendo noção do que estava acontecendo Arthur começa a correr pelo quarto enquanto procurava uma bombinha de ar. Durante o último ano o loiro havia percebido alguns sintomas por parte da namorada, e após muita insistência Carla havia concordado em ir ao médico, descobrindo enfim que havia desenvolvido asma. Para o alívio da jovem as crises eram raras, mas naquele momento enquanto revira todo o quarto Arthur se arrependia de não ter comprado uma bombinha reserva.
Picoli sentia o desespero tomar conta de si, e em um movimento rápido o empresário volta a correr até a cama enquanto tentava despertar a namorada.

- Amor, amor...Reage, por favor! 

O loiro implora enquanto balançava Carla, fazendo a mesma finalmente despertar. 

- E-Eu...

Diaz tenta falar enquanto segurava a garganta em uma tentativa desesperada de conseguir respirar, fazendo Arthur dar tudo de si para tentar acalma-la.

- Meu amor, olha para mim, olha no fundo dos meus olhos e se acalma. Vai ficar tudo bem, confia em mim. Eu vou comprar a bobinha, mas preciso que você se acalma e tente puxar o ar enquanto eu estiver fora, tudo bem?! 

O empresário sussurra tentando esconder o seu desespero e logo Carla começa a se acalmar olhando no fundo de seus olhos.

- Eu vou e volto rapidinho. Por favor, me espera e aguenta aí. Eu te amo! 

Picoli declara depositando um beijo na testa da loira, não demorando a se levantar correndo em direção à porta do apartamento após pegar a carteira e as chaves. Sem se preocupar com a chuva que caía forte nas ruas de Paris, o jovem começa a correr desesperadamente até chegar em uma farmácia aberta 24 horas. Suas roupas estavam encharcadas e os espirros começavam a vir com força, mas naquele momento não estava preocupado com ele, mas sim com sua amada. Sem mais demora Arthur compra a bombinha e volta a correr feito louco para o apartamento.  O frio já se tornava insuportável, e mesmo sentindo seu corpo tremer Arthur continua correndo até se ver novamente dentro de sua cobertura. Ainda ofegante o loiro segue em direção ao quarto, não demorando a sentir seu coração falhar uma batida com a cena diante de si. Diaz se encontrava caída no chão com sua pele pálida e os olhos se fechando pesadamente. Sua situação havia piorado assim como a crise de asma, fazendo com que o ar lhe faltasse totalmente. A jovem estava prestes a desmaiar quando Arthur se joga no chão rapidamente, não demorando a carregar Carla no colo e colocar a bombinha em sua boca. Rapidamente Diaz consegue puxar o ar, e após aquele terrível susto Arthur consegue voltar respirar aliviado. As mãos do loiro tremiam e seu coração batia acelerado. O olhar de ambos refletia todo o medo e desespero que sentiram, e tudo o que seus corpos conseguiram fazer foi se unir em um abraço apertado.

- Shiuu...e-eu estou bem agora, meu amor! Fica calmo, está tudo bem, passou! 

A jovem m sussurra com as mãos também um pouco trêmulas enquanto enxugava as lágrimas que molhavam todo o rosto de Arthur. Toda vez que Carla tinha alguma crise de asma o empresário ficava extremamente preocupado, mas nunca havia acontecido algo naquele nível. Realmente havia chegado a pensar que perderia sua loirinha, e isso de fato o deixava em pânico. Alguns minutos se passam, e após trocarem de roupa Carla e Arthur voltam a deitar um de frente para o outro na cama. Ambos navegavam no olhar um do outro e em um movimento calmo Picoli une sua testa com a da namorada, deslizando os dedos por seus lábios logo em seguida.

- Eu tive tanto medo de te perder... 

O empresário sussurra de olhos fechados enquanto se lembrava dos momentos de desespero que passou ao ver Carla naquele estado, logo sentindo a calma voltar a tomar conta de si ao sentir a boca da amada entrar em contato com a sua dando início a um beijo calmo.

Beije-Me - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora