capítulo trinta e oito

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Eu não conseguia explicar a dor que senti ao vê-la chorar

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Eu não conseguia explicar a dor que senti ao vê-la chorar...

Não queria isso, não planejava isso.

Nunca imaginei que Edgar mataria o próprio filho, na minha cabeça era apenas um joguinho dele.

E eu não poderia desistir de Isabelle, pois sei que ele estava mentindo, sei que ia machucá-la, ía me mandar para a morte e Isa ía sofrer ainda mais... Eu não tive escolha

E não tive raiva dela por ter me culpado, por ter me empurrado e gritado comigo daquela forma como se eu estivesse gostando daquilo... Ela estava magoada, e conheço Isabelle o suficiente para saber que ela não me culpa. Eu esperava que não...

— Senhor, o que faremos com os corpos dos guardas? — Um dos homens que chamei para a luta veio até mim — E o Rei? Ele fugiu! Devemos ir atrás?

Eu havia contado tudo a eles, tudo que Edgar já havia feito. A pessoa ruim que ele é, contei sobre o que Elayne me disse e também o Isa havia me contado, disse a eles que ela era a Herdeira do trono, e não Edgar, que ele havia matado a esposa, ameaçado o filho e manipulado a Rainha de Artena.

Snowfield é um reino pobre, eles não tem dinheiro para sair desse lugar gelado. Com uma Rainha andando sobre as terra deles, e os mesmos nos ajudando. Seriam recompensados um dia...

— Queimem, deixem apodrecer, enterrem se quiserem. Vocês escolhem, ou deixem aí. Algum animal vai comer — Dei de ombros, agradecendo a eles, que começaram voltar para suas casas

— Vai atrás dela? — Josh me perguntou, e pelo que vi já haviam terminado de cavar aquela neve.

— Vou deixá-la sozinha um pouco — Falei baixinho, me sentindo uma pessoa horrível por vê-la daquela forma...

— Me ajude a enterrar o corpo — andou até o príncipe, morto para salvar a própria irmã...

Eu me sentia mal por ter o julgado tanto, e logo me abaixei ali ao lado de seu corpo. O irmão de minha noiva. O que se sacrificou tanto por ela... Escutar da boca de Edgar o que ele fez aos dois era nojento.

Jaden estava com suas roupas padrões de príncipe, os cabelos loiros quase platinados estavam bagunçados, e seu rosto pálido, muito pálido.

— Descanse em paz — Ajudei Josh a levantar o corpo dele, e com dificuldade deitamos seu corpo ali.

Não tinha coragem de jogar a terra, não conseguia olhar direito para seu rosto morto ali dentro. Era estranhamente desconfortável...

E me virei ao ver o reflexo de Isa ali, um pouco afastada e parada. Como uma estátua, olhando o irmão prestes a ser enterrado.

Eu queria tanto abraçá-la... Explicar minha parte da história, o que eu senti só de imaginar em perdê-la. Caos

𝐎 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎𝐍𝐄̂𝐒 - vhOnde histórias criam vida. Descubra agora