Resgate

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Parte do Livro Corte de Asas e Ruína (para contextualizar) :)

Eu mal toquei o gelo e Eris agarrou-me pelo cabelo, bem nas raízes, o aperto tão brutal que lágrimaspicaram em meus olhos. Ele me arrastou de volta para aquela costa, de volta através do gelo.Eu lutei contra o golpe em meu intestino, lutei para obter um gole de ar pela minha garganta.

Não, não, não...Uma sombra bateu na terra diante de nós, rachando o gelo em direção a cada horizonte. Não uma sombra. Um guerreiro Illyriano. Sete Sifões vermelhos cintilaram sobre sua escassa armadura preta quando Cassian apoiou as asas egrunhiu para Eris com cinco séculos de raiva. Não está morto. Não está machucado. Inteiro. Suas asas reparadas e fortes. Eu soltei um soluço trêmulo sobre a mordaça ardente. Os sifões de Cassian cintilaram em resposta, como se a visão de mim, na mão de Eris - Outro impacto atingiu o gelo atrás de nós. Sombras transpassavam em seu rastro. Azriel. Eu comecei a chorar de verdade, alguma teia que eu tinha mantido em mim se soltando enquanto meus amigos pousavam.

De volta à fanfic:

Pov: Feyre

Alivio tomou conta de mim, mas em um segundo os dois guerreiros estavam presos. Olhei para eles pedindo explicação, mas uma mordaça de fogo subiu na boca de ambos.
Escutei o riso irônico do herdeiro da outonal, que intensificou o aperto no meu cabelo quando virou minha cabeça, me obrigando a olhar para ele quando dizia sorrindo

- Divertido essa armadilhas de pedras, não é mesmo? - falou ele com escárnio - força e poderes anulados em segundos.
Me debati, quando ele começou a criar uma redoma envolta de todos nós. Senti um poder sombrio ronronando bem perto.

Mas meu laço continuava silencioso. Olhei para o sul de onde vinha o poder.
O bater de asas ficou mais forte e senti o poder obscuro furar a redoma e duas fêmeas pousaram no meio do campo de batalha.

Pov : Ana

Minhas asas não estavam boas ainda para serem usadas em combate, então ficaram escondidas. A cada batida de asa que minha amiga dava eu lançava minha magia afim de saber a situação de algum deles. Nada, eu não recebia nada como resposta. Tentei convocar uma sombra de Az, mas ela não veio. Minhas mãos começaram a tremer, e se não desse tempo?
A cada segundo que passava eu jogava mais e mais poder. Até que ele bateu em uma barreira

-Acredito que achamos - escutei a Rafa falando - Aquela bolha de poder não é nada discreta - disse apontando para onde uma redoma vermelha se estendia.

-Discreto não é algo que eu usaria para descrever o Eris amiga. Vamos entrar por cima - falei avaliando - devem ter pelo menos 6 guerreiros da outonal lá dentro.

- Entramos, soltamos eles e saímos - escutei a Rafa falar.
Olhei pra ela e respondi

- Veremos nossas opções lá, não vou sair sem uma boa briga.
Ela me olhou com descrença e riu. Arrumei minha espada ao mesmo tempo que Rafa arrumava a dela junto com a armadura. Endireitei a tiara para que não estivesse torta.

- Vamos salvar minha cunhada - falei estendendo a mão.
Voamos até a parte mais em cima daquela bolha ridícula, com um tiro certo tínhamos um buraco para entrar.

Achamos eles, Rhys, não deve demorar - disse pra ele - não venha de modo algum, conheço a guerra que isso pode ocasionar.

- Vou esperar vocês na casa dos ventos - respondeu - Mor estará na floresta ao lado, boa sorte.

Acenei para Rafa para que passasse pela abertura. Pousamos no meio daquele campo com um estrondo.
Olhei para aquela cena enquanto endireitava a postura e olhava diretamente para Feyre e logo depois para o herdeiro de Beron que olhava pra mim com assombro.

- Você estava morta - disse ele.

Avaliar e decidir - recitei como um mantra na cabeça da Valquíria

- Ora, ora, ora. Quanto tempo Eris - respondi com um sorriso enquanto escutava Rafa avaliar a situação.

Atrás de nós tem 4 guerreiros da outonal que estão mantendo um deles preso - herdeiros - Feyre está na frente presa no aperto de Eris. Az e Cassian estão em um círculo de pedra cercados por um pequeno exército.

- Com o meu sinal destrua os quatro herdeiros, na ordem que preferir. Deixe Eris e o exército comigo - falei rapidamente.

- Impossível, isso é impossível. Tamlin jurou que você estava morta.

- Viva e em carne osso, e acredito que palavra de Tamlin não valha nada - falei me aproximando dele um passo - Não é como se ele fosse viver por muito tempo - desviei meu olhar para minha cunhada.

A mente da Feyre era extremamente bem protegida então simplesmente falei as palavras enquanto Eris tentava entender a situação.

- Sei que você não me conhece, mas tem que confiar em mim, não temos tempo para explicação. Preciso que se afaste dele.
Se ela me escutou não demostrou nenhuma reação.

- Veio buscar ela não é mesmo? - disse apertando o cabelo da Feyre - Prenda as duas - berrou ele para os irmãos - Não sei o que Rhysand achou que ia acontecer mandando uma fêmea Illyriana e sua irmã recém saída dos mundos dos mortos.
Olhei para ele com descrença

- Pra se sair tem que ter entrado - peguei a minha espada das costas quando eles avançaram - E é bom ver que em mais de 200 anos você não mudou nada. Mas creio que seus irmãos não serão páreo para ela - apontei para Rafa com a cabeça.

Agora, Rafa.

O som de aço contra aço encheu a clareira, e um a um os filhos de Beron foram caindo, machucados, não mortos. O exército avançou para Rafa sem se importar em ser 100 contra um. Então não me importei em deslizar minha magia para atrás deles e liberar os guerreiros Illyrianos que olhavam tudo com uma calma letal.

Voltei minha atenção para minha cunhada quando escutei o barulho de Cassian e Azriel avançando contra o Exército.

Agora, Feyre. Use o que você sabe e ganhe 5 centímetros para mim.

Aquilo tirou a Grã senhora do transe, que aproveitou a confusão do herdeiro da outonal, girou e chutou. E no momento seguinte minha espada já descia sobre a cabeça dele, que mal teve tempo de se defender.
E golpe contra golpe eu fui ganhando força. Segundos, em questões de segundos, eu o mataria. Enfiei minha espada no estômago dele e com uma troca de mão a cabeça dele ia cair, porém uma ordem me parou.

- Parem - a voz da grã senhora soou fraca mas ainda assim era um ordem. Parei olhando para Eris que ofegava com a mão no ferimento.
Olhei para onde minha amiga estava, e só restava um filho de Beron em pé, mas ele não estava inclinado a brigar com ela ao que parecia. Olhei para Cassian e Az e como era esperado o exército jazia no chão.
Fui para o lado deles ao mesmo tempo em que dizia

- Não me importaria em matar ele - falei para minha cunhada.

- Vocês todos merecem morrer por isso.
E por muito, muito mais. Mas vou poupar suas vidas miseráveis. - disse ela.
Mesmo com uma ferida no intestino, o lábio de Eris se curvou.
Cassian grunhiu o aviso.

Vi ela remover o glamour que tinha mantido sobre o braço. Pele lisa que agora se tornou adornado com redemoinhos e verticilos de tinta.

-Eu sou a Grã-Senhora da Corte Noturna - falou calmamente a todos eles.

Até Eris parou de zombar. Seus olhos de âmbar se arregalaram, algo como medo agora rastejando dentro
deles.

- Não há tal coisa como uma Grã-Senhora. - Um dos irmãos de Eris cuspiu.

- Existe agora - respondi me virando para Rafa que estava coberta de sangue - Vamos para casa.

Olhei para os guerreiros Ilyrianos para ver se estavam em condições de voar, Az e Cass captaram meu olhar e acenaram em concordância para a pergunta não feita. Olhei para Feyre que tinha se aproximado de Cassian e vi o herdeiro de Beron ir para perto de Azriel e em questão de segundos os quatro tinham disparado pelos céus.

- Se contar a alguém, Eris, se qualquer um de vocês abrir a maldita boca e contar que eu estou viva, venho acabar o que comecei hoje - falei cravando meus olhos neles de maneira mortal.
E com isso eu e Rafa disparamos para a floresta a fim de finalmente conhecer minha cunhada.

Corte de Sangue e Sol (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora