Capítulo Cinco

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  Minhas pernas estavam tremendo com a emoção e meus olhos começaram a lacrimejar, olhei bem para dentro da sacola para garantir que meus olhos não estavam falhando, até que uma voz me fez cair no chão de susto, meu coração bateu tão rápido que parecia que queria pular para fora, a voz era de homem com certeza, e tinha um pouco de raiva nela.
- Não poderemos deixar que Jason diga alguma coisa às autoridades... precisamos elimina-lo.
Emiti um grunhido, alto o bastante para quem estivesse falando ouvisse, Ah não, pensou.
- Ahn? Quem está aí?! - a voz disse.
Estava a ponto de ter um ataque cardíaco, queriam matar Jason, aquele velho barrigudo que costumava distribuir carne com arroz num pacote pra os mendigos da vizinhança, o mesmo velho que quando tentei fugir de casa (velha história, não me julguem), me aconselhou e me fez voltar, eu tinha que falar isso pra ele. Me levantei e saí correndo, não tão rápido para não fazer barulho, então tudo deu errado, abaixo de meus pés, houve uma quantidades de pipocos que pareciam disparos de metralhadora, malditos sejam os plástico-bolhas! Disparei a toda velocidade, tomando cuidado pra não deixar cair o meu querido jogo, assim que saí, a luz clareou tudo e eu quase não enxergava devido à claridade, continuei correndo e bati com o tornozelo em algo, sendo jogado pra dentro de alguma coisa, minha visão melhorou, era um ambiente muito pequeno e quente, tinha caixas, embalagens e outras coisa, a dor no tornozelo se espalhou pela perna, o que me fez deitar e grunhir, nesse mesmo momento, tudo escureceu e ouvi um trancamento no lado de fora, onde eu estava.
- Ora, quem apagou a luz? - alguém falou ao meu lado, e aquela voz me era muito familiar.
Não pode ser! Reconheci aquela voz, será que? ... não, não pode ser.
- Johnny? É você? - perguntei, duvidoso e assustado.
- Ahn? O que? Quem é? - era Johnny, e ele parecia estar mastigando algo.
- O que está fazendo aqui?
- Humm, ah, eu estava te procurando e acabei achando esse bolo aqui...- ele disse, ainda mastigando - e você, o que faz aqui?
Sem antes eu responder, falaram em algum lugar aqui perto.
- É essa a carga para o Brasil?
- Sim - outra voz falou - pode levar.

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