Cap: 10 Alguns botões

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  Mew suppasit ficou preso em seu escritório com a ligação do Banco Shipley por quase duas horas antes de sair diretamente para uma reunião em outra parte da cidade.

  Depois que ele saiu, Gulf soltou um longo suspiro de alívio. Estivera com os nervos em frangalhos durante as duas horas anteriores e não ansiara por outra coisa senão a chance de escapar dali por algum tempo. Optou por um raro luxo... almoçar fora, rumando para seu restaurante favorito a duas quadras da Torre.

  Mas nem aquilo conseguiu abrandar sua preocupação. Negócios e prazer não se misturavam. Carreiras eram destruídas por causa de romances no emprego. Seria desastroso continuar na investimentos Suppasit por mais tempo.

  Ele caminhou vagarosamente de volta para torre, tentando ignorar seu reflexo nas fachadas espelhadas dos edifícios, mas era impossível ignorar os óculos pesados e, as roupas se sisudas, os cabelos penteados severamente para trás, expondo um rosto que era a própria imagem do recalque. Da insatisfação.

   Sim, um virgem recalcado e insatisfeito. Era exatamente o que se tornará.

  Parando, olhou para seu reflexo e odiou o que viu. Aquele não era ele. Não era como se sentia por dentro. Por dentro, era passional, ousado, seguro de si. Por dentro, queria tudo e estava disposto a arriscar tudo...

  Por dentro. Ali estava o problema. Ninguém conhecia o íntimo de Gulf. Ninguém via quanto podia ser divertido, nem seu lado Aventureiro. Não, mantinha-o reprimido porque, quando se dera conta de que não seria sexy, Popular ou bonito, decidirá que seria melhor obter respeito.

  Respeito. Bah! Respeito estava ótimo para matriarca septuagenárias, mas ele tinha 25 anos. Não tinha vida social. Nenhum encontro. Nenhum romance.

   Não era de admirar...

  Impacientemente, ergueu a mão e desabotoou o primeiro botão de sua blusa. Não queria ser recalcado. Não queria continuar satisfeito, amargo. Não queria passar pela vida sem nunca ter experimentado nada.

  Desabutoou o segundo botão. Tornou a verificar seu reflexo. Continuava entediante, ainda uma virgem, e nem um pouco sexy.

  E devia encarar os fatos, dois botões abertos numa blusa prática não eram exatamente uma transformação. O que precisava era de um milagre. O que queria era uma experiência que mudasse sua vida.

  Daria qualquer coisa, pensou, se, por uma semana... Não, ao menos um mês... Pudesse se parecer com Tar do sexagésimo terceiro andar. Sexy, cheio de curvas, sensual. Um homem capaz de enlouquecer os homens.

  Atravessando amplo saguão, ele apertou o botão do elevador e aguardou. Momentos depois, as portas se abriram, deixando sair uma pequena multidão. Gulf colocou-se de lado para dar passagem as pessoas e, enquanto o fazia, Tar segurou seu braço.

  _ Ei! _ exclamou ele, puxando-o para mais perto de si como se fosse amigos de longa data. _ Acabei de ouvir as notícias. Deve haver um caos lá em cima!

  _ Que notícias?

  _ Sobre Mew Suppasit. O Homem do Ano da revista News Weekly. Não é incrível?

Gulf piscou os olhos com ar confuso.

_ Mas o senhor Suppasit não é o homem do ano. Ele foi eleito o homem mais sexy...

  _ Não, não. Isto acaba de acontecer. A revista só chegará as bancas amanhã, mas o fato foi anunciado no noticiário do meio-dia de hoje. A mídia está por toda parte. Os repórteres estão tomando o edifício... _ Tar interrompeu-se, os olhos arregalados. _ Você não sabia? Onde estava?

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