Cap:26 Você me demitiu?

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  Mew dissera na noite anterior que o achava bonito mas aquilo fora no calor do momento. Ele o acharia bonito depois, quando tivesse voltado a Tailândia? Pensaria que era sexy e desejável quando a vida tivesse voltado ao normal?

  Gulf soltou um suspiro, desconfortável com as perguntas que impunha a si mesmo. Não queria responde-las agora, não queria pensar no futuro.

  Levantando-se da cadeira, deixou a varanda e, fechando as portas e janelas, voltou para cama. Cobriu-se com o lençol até o queixo, como se pudesse, de algum modo, bloquear a pequena voz de incerteza que já sussurrava num canto de sua mente.

   As coisas ali podiam parecer indilicas, mas estava num paraíso. O que aconteceria quando deixasse a ilha maravilhosa e voltasse a Seul? O que aconteceria quando estivesse de volta ao Edifício Torre e trabalhando para ele?

  Passava das 10 horas quando ele tornou a despertar e, daquela vez, sentia-se mas descansado. Usando uma camiseta e um bermuda, foi ao encontro de Mew no terraço da piscina, onde o senhor Foley o informou que ele estaria.

   Mew tinha acabado de voltar de uma corrida pela praia e bebericava um suco gelado, sentado numa das espreguiçadeiras. Gulf não pode deixar de observá-lo, usando apenas um short azul marinho, admirando os contornos bem definidos do peito musculoso bronzeado, os ombros largos.

  _ Já tomou o café da manhã? _ Perguntou Mew recebendo-o com seu sorriso caloroso.

   Gulf sentou-se na espreguiçadeira ao lado.

  _ Não, mas não estou com muita fome.

  _ Bem, o almoço não demorará a sair. Aqui a cozinha está sempre aberta e sempre há algo bom para se comer.

_ Gosto disso. Recostando-se, ele olhou para o intenso azul do céu. Ouvia pássaros cantando e o som do mar mais adiante. A vida ali estava bem distante das preocupações da Tailândia. Da agitação do escritório e dos bilhões de Dólares com que Mew lidava nas investimentos suppasit.

  _ Imagine só! _ Exclamou com um sorriso. _ Plena segunda-feira e eu aqui numa ilha paradisíaca. Sim, é melhor eu aproveitar, pois na próxima segunda-feira já estarei recebendo novamente às suas ordens no escritório, não é mesmo, Senhor Suppasit? _ Usou de um tom jovial, querendo apenas fazer um gracejo, não pensar já tão de imediato no fim daquelas férias, mas quando se virou para fitar Mew, notou que ele tinha uma expressão grave.

   _ O que houve?

   Mew excitou por um momento, desviando o olhar.

  _ Estive falando com o escritório _ explicou, indicando o celular numa mesinha ao lado. _ Houve alguns problemas, mas nada que não possa ser resolvido. Acho que terei que despedir alguém.

  _ Quem?

  _ É um... funcionário novo, mas pelo que me disseram, não está se saindo muito bem. Mas você não precisa se preocupar...

   _ Bem, talvez eu pudesse ajudar. Talvez, quando voltarmos, eu pudesse arranjar um Programa de Treinamento...

  Mew correu a mão pelos cabelos.

   _ Não é assim tão fácil. Ele é meu novo assistente.

   Gulf encarou-o com estupefação por um longo momento. Enfim,ergueu-se, sentando-se na beirada da espreguiçadeira e apoiou os pés no chão, como se estivesse se preparando emocionalmente.

   _ Você me despediu?

  _ Eu não despedi você.

  _ Mas você tem um novo assistente.

   Mew ficou em silêncio por um momento e, então, soltou um profundo suspiro.

  _ Sim.

  Gulf sentiu uma forte opressão no peito.

  _ Não posso acreditar que você me substituiu.

_ Você ia casar comigo.

  _ Mas você não pode me substituir. Eu tinha um emprego. Gostava dele. Não pode me substituir sem me falar a respeito.

   Mew se levantou, pousando o corpo na mesinha.

  _ Nós íamos nos casar. Achei que você teria o bastante com que se ocupar em casa...

   _ O quê?

   Gulf se pôs de pé abruptamente.

_ Passar roupa? Cozinhar? Ir ao supermercado?

  _ Não, eu tenho o senhor Foley para cuidar de tudo isso _ respondeu Mew com impaciência.

   _ Exato! Se tivéssemos nos casados, o que eu teria feito o dia todo?

   _ Não quero fazer isso. Quero meu desjejum e uma boa xícara de café. Estou de férias. Tempo de ilha. Nada discussões aqui, nem de regras também.

  _ Não! _ Os olhos de Gulf arderam, um nó em sua garganta. _ Não pode ignorar a conversa, ou a mim, desse jeito. Você me tirou meu emprego, e eu o adorava...

  _ Não poderia ter o adorado tanto. Você estava procura de um emprego novo. Você pegou um voo até outra cidade cinco semanas atrás e foi entrevistado pelas indústrias Osborne.

   Gulf piscou para conter as lágrimas.

  _ Quando o seu novo assistente começou?

  _ Ouça...

  _ Diga-me!

  _ Hoje. E quando você ia me contar?

  _ Nós íamos estar em nossa lua de mel. Eu precisava de alguém no escritório. Você não pode estar dois lugares ao mesmo tempo.

  Gulf sacudiu a cabeça, magoado e Furioso.

  _ Bem, então, eu fico com o emprego!

  _ Tolice. Você não gostava do emprego, mas de ficar perto de mim.

  _ Errado.

  Mew segurou-o pela cintura, puxando-o para si.

  _ Não, não é. Eu conheço você _ disse, a voz adquirindo um tom um tanto rouco. _ Talvez você gostasse de seu emprego, mas me amava mais. Me queria mais.

   Mew tomou-lhe os lábios num beijo ardente, as mãos afundando nas mechas sedosas dos cabelos dele. Explorou a maciez da boca com a língua, fazendo-o suspirar de prazer. Com a cabeça rodopiando, Gulf correspondeu com paixão, moldando o corpo sem excitação ao dele, ficando na ponta dos pés para abraçá-lo pelo pescoço, puxando mas para si.

   Sentiu o sexo rijo através do short fino e acentuou o contato entre ambos, movendo de leve os quadris. Mew soltou um gemido de encontro seus lábios e começou a afagar-lhe o mamilo, massageando o mamilo sensualmente.

   Gulf adorava a maneira como ele o tocava e ansiou por estar nu em seus braços fortes, quis que o possuísse novamente.

   _ Venha comigo _ sussurrou Mew, que andou até o vestiário da piscina.

   Fechou a porta atrás de ambos e, então, insinuou as mãos sobre o corpo de Gulf, tirando-lhe a camiseta e sentou-o numa bancada.

   Fechou a porta atrás de ambos e, então, insinuou as mãos sobre o corpo de Gulf, tirando-lhe a camiseta e sentou-o numa bancada

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