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Juliette •

Como Marilyn Monroe dizia: “Diamonds Are A Girls Best Friend”. Ela tinha muita razão. Analisei a gargantilha de platina e diamantes em meu pescoço, valorizava por demais o meu pescoço, era até sexy de se olhar.  

Os meus cabelos estavam presos em um coque sofisticado. O penteado era estratégico para que toda a atenção estivesse voltada para a minha nuca e o meu pescoço, e sabia que isso iria acontecer sem nenhum esforço.

Borrifei três gotinhas de Chanel Nº5 em mim. Uma em cada orelha e uma em minha nuca. Aproveitei para retocar o batom. Calcei os meus saltos louboutins degrade. Amava a forma que esse sapato valorizava os meus pés.

— Não Lila! — Falei pra ela, praticamente corri até a cama e a tirei de cima do meu sobretudo. — Essa é a única roupa que a mamãe tem. Você quer encher de pelos? — Perguntei, ao colocá-la do outro lado da cama e acariciei a barriga dela que miou.

Sorri, me abaixei e dei um beijinho suave na barriga dela. Então, ergui-me e coloquei o sobretudo vinho, o abotoei e depois o amarrei na minha cintura. Ele ficava lindo em meu corpo, a renda no final, dava um toque de sofisticação. 

— Deseje-me sorte. — Olhei para Lila que me encarou.

Pisquei para ela. Eu não precisava de sorte até porque tudo seria bem realizado. Depois do excelente Natal, tinha decido que a minha mulher merece uma surpresinha. Peguei a minha Louis Vuitton e saí do quarto. Encontrei-me com a diarista que estava arrumando a sala, troquei algumas palavrinhas com ela e me retirei. Enquanto estava no elevador, olhava para o meu anel de noivado, nunca o tirava, a não ser para tomar banho ou fazer algum trabalho manual que precisava molhar ou melar as mãos.

Como eu já tinha me casado, o usava junto da minha aliança na mão esquerda. O elevador abriu, então, saí na garagem e fui para o meu carro...

O horário de pico me fez demorar mais do que eu gostaria. Mas cheguei em meu destino, estacionei o carro e voltei a colocar os meus saltos. O manobrista abriu a minha porta.

— Bom dia, Sra. Andrade.

— Bom dia. — Respondi simpática ao sair do carro, embora que não fazia ideia o nome dele. — Por favor, cuide muito bem do meu carro.

— Tenha certeza que sim, senhora. Se já temos cuidado com os carros do cliente, imagina com o da dona da empresa. Vai ser tratado como rei. — Ele respondeu bem humorado.

Sorri para ele e caminhei em direção do edifício da empresa. Não precisei me identificar porque todos me conheciam desde a época que eu era apenas a melhor amiga de Sarah, só que dava para ver que eles tinham aumentado consideravelmente a atenção.

Fui para o elevador privativo, apertei o botão da cobertura e antes mesmo das portas se fecharem, um homem lançou-se entre elas, obrigando-as á parar. A atitude dele me assustou, mas me recuperei. Apesar de ter corrido para alcançar o elevador, ele não parecia nem um pouco cansado e ainda apertou o botão que eu já tinha apertado anteriormente.

Ele se virou para mim, mediu-me dos pés a cabeça e sorriu galanteador. Encarei-o por curiosidade, ele estava em elevador privativo que só era usado pela presidência. Olhando para o terno, parecia ser rico. É um homem bonito... Moreno, os cabelos perfeitamente bagunçados, olhos castanhos, barba e cavanhaque um pouco acentuado e porte atlético.

— Conheço você. — Ele declarou.

Arqueei a minha sobrancelha esquerda em sinal de desentendimento.

— Eu não o conheço.

— Claro que não. Nunca fomos apresentados. — Ele sorriu. — Devo admitir que você é mais bonita pessoalmente do que por foto. A foto não faz jus a sua beleza.

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora