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H o t

Juliette

— Não se preocupe Mabá. Não estou fazendo nenhum tipo de estripulia. — Disse mais uma vez á minha sogra ao telefone. Desde o réveillon que ela estava preocupada com o meu estado físico.

Prendi o telefone com a orelha e subi a meia calça de renda. Depois arrumei o sutiã também de renda vermelho nos meus seios. Gostava da forma em que sutiãs de aros os valorizavam.

— Sarah me disse ontem que você voltaria a trabalhar hoje. — Mabá usava um tom preocupado. — Querida, você acha necessário? Você não precisa trabalhar, temos tudo para suprir suas necessidades. Por que não fica em repouso? Você está carregando três bebês, é preciso de muito cuidado.

Ah, Sarah e sua língua grande. Revirei os olhos. Ela sabia muito bem quanto Abadia e Carla estavam protetoras em relação a minha gravidez. Acho que elas achavam que á qualquer momento, eu iria quebrar. Abri a porta do meu closet em busca de uma roupa quando uma caixa caiu no chão, os brinquedinhos recebidos por Carla na minha lua de mel se espalhou pelo carpete.

Tínhamos usado vários dos brinquedinhos, apenas alguns que ainda não foram batizados, e olhando para a cinta peniana acendeu um desejo em mim. Podia sentir cada hormônio se agitando e consequentemente, molhando a minha calcinha já que uma parte bem peculiar se contraiu, agitando-me.

— Mabá... Está tudo bem. — Respondi por fim. — Eu nunca faria nada que colocasse em risco á vida dos meus filhos. Lembre-se que estou grávida e não doente. — Agachei-me e coloquei os brinquedinhos de volta á caixa. — Sei que não tenho necessidade de trabalhar, mas gosto de fazê-lo. Não quero ficar como uma parasita em casa... Trabalhar me faz bem, me faz sentir completamente útil.

Escutei a minha sogra respirar fundo, aparentemente contrariada. Eu não podia abrir mão da minha vida porque a minha esposa era multimilionária. Não fazia parte de minha personalidade ficar parada e ter as coisas nas palmas de minhas mãos. Claro que gosto do luxo e é muito fácil se acostumar com ele, mas não me sentiria bem em ficar em casa, renderia muito tédio.

— Não quero se chata e nem me intrometer – mais ainda – em sua vida, mas você me promete que em qualquer sinal estranho ou diferente, você parará? — Abadia pediu, mantendo ainda a preocupação em sua voz.

Tampei a caixa e coloquei a cinta peniana em cima dela. Levantei-me com ela na mão. Sarah surgiu no quarto, estava enrolada na toalha, sua expressão era de despreocupação. O meu olhar foi para o relógio em cima do criado-mudo para ela. Faltavam dez minutos para ás sete e precisávamos estar em nossos trabalhos ás oito. Tempo o suficiente. Guardei a caixa no devido lugar, mas fiquei com á cinta na mão.

— Prometo sim. Mabá terei que desligar, ainda tenho que terminar de me arrumar e preparar o café da manhã. Nos falamos depois, certo?

Mabá concordou, e eu desliguei o telefone. Joguei-o em cima da cama.

— Preparar o café da manhã? — Sarah perguntou com ironia. — Que eu saiba, essa competência é minha. Estava querendo se livrar da minha mãe, mocinha?

— Você me pegou no flagra. — Respondi genuinamente e apareci no campo de visão dela, balançando a cinta. Sarah adquiriu um sorriso malicioso ao ver o que eu tinha na mão. — Mas foi por uma boa causa.

— Boa causa é? — Ela me olhou com interesse explicito.

— Excelente causa. — Aproximei-me dela. — Relaxamento extremo para que o dia se inicie bem suave. — Puxei a toalha que ela usava que caiu no chão, revelando o corpo tentador e cheiroso da minha mulher. Beijei rapidamente a boca dela.

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora