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09/12
Sarah

— Senhora Andrade. O que você me diz em fugirmos da festa? — Perguntei assim que abracei a Juliette por trás, os meus lábios tocaram na parte macia e sensível de sua orelha, fazendo-a estremecer diante do meu toque.

Já tínhamos feito de tudo...  Inclusive a clássica jogada de buquê. Eu não sabia que tinha tanta mulher desesperada em busca de um casamento, foi uma algazarra, mas foi divertido. A festa já rolava há quase três horas, sabia que iria render muito mais porque enquanto tivesse bebida e comida, nada seria encerrado. Porém, para mim, já tinha sido tempo o suficiente, quero estar sozinha com a minha esposa.

Pensar em “esposa” fazia todo o meu corpo se arrepiar. Finalmente, Juliette era apenas minha e eu não podia deixar de me sentir extremamente feliz e abençoada por isto.

— Hum... Fugir? — Juliette perguntou com a voz animada. Virou o rosto para mim e sorriu, suas bochechas estavam coradas. Ela tinha bebido algumas taças de champanhe. Tínhamos consultado a Linda em relação ao álcool, e a médica liberou, bem socialmente. Nada que pudesse afetar os fetos. — Eu acho uma excelente ideia. — Deu um beijo castro em meus lábios. — Mas, como vamos driblar os nossos familiares? Principalmente a Carla. Ela tem planos para nós.

— Bom. — Beijei o ombro nu dela bem em cima do sinal. Eu amava os sinais e as sardinhas de Juliette. Aliás, eu amo tudo que faz parte dela. — Isso é fácil. Você sai do salão com a desculpa de ir ao banheiro e eu uso a desculpa de fazer uma ligação... Bem, eu terei mesmo que fazer uma ligação para o motorista ficar em posição. — Rimos. — Te encontro no saguão e corremos.

Juliette se virou de frente para mim, os seus braços ao redor do meu pescoço e voltou a beijar os meus lábios. Abracei-a pela cintura. Ela deu vários selinhos.

— Sério? — Questionou ao se afastar. — Corremos?

— Somos fugitivas, lembra? — Perguntei com um meio sorriso. Mordisquei o queixo dela.

— Certo. Vamos fazer isso. — Ela piscou e se afastou de mim.

Fiquei a observando ir... O vestido dançando em seu corpo. Ela andava com elegância e muito charme, era impossível de não olha-la. Juliette ainda foi abordada por Fátima, mas não se prolongou e saiu do salão. Agora era a minha vez, lembrei que infelizmente, o meu celular estava com a Carla, torci fervorosamente para que Carla não desse uma de Carla e entregasse o meu celular sem muitas delongas.

— Você viu a Thaís? — Felipe perguntou atrás de mim. Virei-me para olha-lo. — Não a encontro em lugar nenhum! Já estou á um bom tempo atrás dela.

Thaís sumida? Só significava uma coisa: Estava aprontando! Não precisei raciocinar muito para adivinhar que provavelmente seria com Otto Freire já que os dois estavam se encarando abertamente durante o casamento.

— Não sei Fiuk. Deve estar resolvendo alguma questão da festa. Você sabe como madrinha de casamento sempre fica muito atarefada em supervisionar tudo.

— Pode ser. Obrigado de toda a forma vou voltar a procurá-la. — Ele disse. — Aliás, excelente casamento. Parabéns.

Agradeci com um sorriso e ele foi em direção contrária. É um homem muito bonito e charmoso, se eu não fosse lésbica até que cederia aos seus encantos. Mas... Graças a Deus que sou, e tenho a mulher mais linda do universo me esperando no saguão.

Procurei a Carla pelo salão que era extenso demais para o meu gosto. Desvencilhei de mamãe que queria puxar assunto sobre sei lá o que e continuei a minha busca até achá-la próximo a janela em cochichos com a Thaís que ria gostosamente. As duas estavam com drinques nas mãos e estranhamente parecia bastante intimas.

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora