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Juliette

O meu corpo ainda estava tremendo, parecia que cada célula estava se convulsionando dentro de mim, enquanto, as ondas de satisfação descarregavam pelo meu corpo, dando-me uma sensação de plenitude. Os meus lábios estavam curvados em um sorriso, mantinha minha cabeça repousada contra o peito de Sarah, escutava os batimentos fortes do seu coração me causava uma paz imensurável. O braço de Sarah estava repousado em mim, possessivamente.

Agora nos braços de Sarah, reafirmava em minha mente que aqui era onde eu deveria sempre estar... Por que fui tão estúpida e demorei fazer acontecer? Escutei a Sarah respirar fundo e ergui a cabeça para olhá-la... Nossos olhos se encontraram, repletos de amor que foi impossível não sorrirmos abobalhadas. Acariciei o rosto de minha Sarah e retirei algumas madeixas que estavam colados em sua testa molhada de suor.

Foi um gesto simples que fez com que os olhos de Sarah brilhassem intensamente. Soltei um suspiro e me inclinei para encontrar os seus lábios em um beijo sem língua, apenas pelo prazer de beijá-la. O meu coração parecia que estava se derretendo, ah, como era bom amar e ser amada...

Sarah me abraçou firmemente, os nossos corpos nus se encontrando mais e causando um arrepio gostoso pelo contato direto. Mantivemos o ritmo lento do beijo, soltávamos alguns suspiros até que o ar nos faltou e encerramos com um selinho. Afastamos os nossos rostos, e abrimos os olhos, sorrimos apaixonadamente em seguida até que me recordei de algo...

— Aí! — Sarah se assustou com o tapa em seu braço, sua pele branquinha ficou rapidamente vermelha. Ela franziu o cenho e passou a mão na área atingida. — Enlouqueceu!?

— Ainda não, mas vou se você não me explicar porque estava abraçada com essa Kerlaine...

— Kerline... — Sarah me interrompeu para concertar o nome.

Ignorei.

— E quero saber também se esses abraços são algo bem corriqueiro entre vocês, e quero saber agora! — Ordenei, queimando de ciúmes.

Sarah parecia muito deliciada com os meus ciúmes, o que me fez apertar os meus olhos em direção á ela. Ela olhou lentamente pelo o meu corpo de uma maneira que fez a minha pele se enrijecer, engoli á seco, sentindo uma chama dentro de mim se reacender...

— Meu amor... Eu amo olhá-la nua e ficaria um bom tempo com você assim. Mas estamos no meu escritório, então... Qualquer pessoa pode aparecer. Vamos nos vestir e eu respondo o que você quiser. — Sarah disse, inclinando-se para roubar um beijo na minha boca e se levantou, depois me deu á mão para fazer o mesmo.

Procurei a minha lingerie espalhada pela sala, e depois o meu vestido. Meio que frustrada por me vestir, minha vontade não era essa, mas á Sarah tinha razão, seria no mínimo constrangedor se alguém nos flagrasse nuas!

Devidamente vestidas e calçadas, sentamos no sofá para conversar... Suspirei ao olhar para Sarah que estava tão linda com os cabelos ainda assanhados, as bochechas coradas denunciando que tinha acabado de fazer amor. Só de vê-la assim, queria muito retirar novamente a sua roupa e saciar esse desejo que latejava dentro de mim. Quero recuperar esses três meses perdidos, se possível. Minha mente começou a trabalhar de maneira promiscua, cada pensamento era uma forma diferente que imaginava fazendo amor com ela.

— Então, Kerline é apenas a minha amiga e quando eu digo amiga, é amiga mesmo. — Sarah disse, então, segurou em minhas mãos. — Ela tem o hábito de abraçar, não é apenas á mim, é qualquer pessoa. Ela acredita que um abraço é capaz de fazer alguém feliz... Eu estava entristecida e vendo o meu desanimo, Kerline quis me animar com a sua teoria doida que iria me transferir energia positiva através de um abraço.

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora