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:-(-: N/A :-)-:

O dia nasceu claro... O céu limpo era uma contradição com o sentimento negativo que residia nos corações de algumas pessoas. Principalmente, o dele.

Adam saíra de casa bastante decidido, tinha um propósito e iria cumpri-lo. Estava cansado de esperar, a sua paciência tinha sumido e restando apenas à impaciência. Tudo estava planejado e não deixaria que nada o atrapalhasse, ou surgisse em seu caminho.

Apesar do dia quente, estava usando um casaco com capuz e um boné que escondia o seu rosto. Estava quase derretendo, mas, não poderia ser visto. Estava próximo á cerca pequena que impedia que os pedestres caíssem no lago...

Á um metro de distância, estava ela... Inclinada sobre o carrinho de bebê, balançava um chocalho e sorria encantadoramente. Desta vez, a babá não tinha a acompanhado, estava sozinha. Pensar na palavra “sozinha” era irônico até porque os seguranças estavam á paisana, mas ele tinha uma solução para isso.

Bem próximo de Juliette, tinha um sorveteiro que vez ou outra, balançava o sino, chamando atenção das pessoas que caminhavam no parque, mas nenhuma mostrava interesse em comprar. E isso era muito bom.

O sorveteiro e Adam trocaram olhares significativos.

Adam consultou o relógio de pulso, questionando-se se Viviane tinha feito tudo que ele tinha mandado. Esperava que a outra não desse para trás, ela era fundamental para que tudo saísse como planejado. Olhou em volta, os quatros seguranças andavam tranquilamente, como se fossem caminhantes, usavam roupas de exercício. Os outros dois estavam sentados no banquinho, fingindo que liam jornais.

Uma distração... Era só isso que precisava.

Juliette puxou o carrinho para próximo de um banquinho e se sentou. Sua mão repousou entre o carrinho, e ela olhou para o lago á sua frente. O seu rosto tinha uma serenidade perturbante para o Adam. Ela estava em paz e ele queria que essa paz caísse por terra dando espaço apenas á dor e o caos.

Como se os céus ouvissem o seu pensamento, um carro em alta velocidade, rasgando os pneus na pista surgiu, chamando atenção de todos. O carro avançou em direção do parque, em direção do banco que os dois seguranças estavam sentados. Eles se jogaram para longe do banco e fora questão de segundos para que o carro não os tivesse atingido. O veiculo chocou-se contra o banco, alarmando não apenas os outros seguranças, mas como as pessoas que estavam por lá, e a Juliette que se levantara, assustada com a violência do acidente.

O borbulho no parque foi intenso. Principalmente porque o motorista estava aparentemente ferido, dava para ver o sangue deslizando no para-brisa do carro. Os dois seguranças que se jogaram se feriram levemente, pequenos arranhões, mas que sangravam bastante. Os outros seguranças estavam preocupados em salvar o motorista, ou tentar.

As pessoas estavam ao redor, e Juliette, distraída com o acontecimento. O corpo estava virado em direção do acidente, mas a sua mão se mantinha protetora na lateral do carrinho. Felizmente, impedia que alguém puxasse o carrinho, mas não impedia que alguém tirasse um bebê.

Olhando novamente de um lado para o outro, e vendo que não era foco de ninguém. Adam caminhou rapidamente até o carrinho, e estancou quando Juliette fez menção de se virar, o coração gelou e as mãos suaram com receio de ser flagrado, mas um grito vindo da “vítima”, a fez olhar novamente para o local do acidente. Ele não olhou para o sexo do bebê, simplesmente, pegou o primeiro que fosse mais rápido para ele, para a sua sorte, o bebê dormia e não esboçou nenhum som ao ser pego.

Adam apressou os passos até o sorveteiro que o esperava com a tampa do carrinho de sorvete aberta... Na realidade, não tinha nenhum sorvete no interior do carrinho, apenas um lençol para confortar o bebê. Entregou para o homem que colocou o bebê dentro e deixou a tampa encostada para que o ar fluísse.

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora