09

2.5K 237 92
                                    


Sarah

Eu iria beijá-la! Foi por um triz. Todos os meus sentidos estavam agitados. Á vontade era tanta que chegava a machucar. Se eu não tivesse caído na real antes de fazer, estaria aos beijos com Juliette e isso não podia acontecer.

Respirei fundo e demoradamente buscando um pouco de autocontrole. Todo o meu corpo tremia, parecia mais que uma gelatina tinha se apoderado de mim. Essa seria uma noite definitivamente difícil. Voltei-me para a porta do carro e ela estava saindo dele com ajuda do motorista. Sua expressão não era das melhores, mas quando os nossos olhos se encontraram, a pequena chateação pareceu não importar.

— Sua bolsa. — Juliette me entregou com um sorriso dócil. — Você saiu tão rápido que nem bala pegava.

— Desculpa por isso. — Disse sincera. Passei uma mão por detrás de suas costas e lhe acompanhei para dentro do restaurante. — Não foi a minha intenção

— Eu só vou perdoá-la porque amo esse restaurante e estou morrendo de fome. — Juliette brincou.

— Ufa. Já estava preocupada, vai que o seu gênio de cão tivesse sido invocado. — Fiz uma careta.

— Banque a engraçadinha que você vai ver o que será invocado. — Juliette retrucou, mas o sorriso a traiu.

Entramos no restaurante. O maitre nos aguardava no hall com um enorme sorriso. Ele me conhecia, ás vezes, vinha a esse restaurante, o que era uma boa imagem para eles.

— Srta. Andrade! É um prazer tê-la novamente no Beef. — Ele disse.

— Obrigada. Fiz uma reserva para duas pessoas. Espero que tenham reservado a melhor mesa para mim. — Disse simpática.

— Claro que sim. Venham comigo, por favor. — Ele pediu.

O seguimos para dentro do restaurante luxuoso. Sua decoração era clássica e altiva. Algumas mesas estavam espalhadas estrategicamente e com espaço suficiente para dar privacidade aos clientes que gostariam de conversar sem que as outras pessoas da mesa vizinha escutassem.

Fomos direcionadas para a mesa de frente a uma imensa janela com vista para o calçadão. Várias pessoas caminhavam, alguns turistas, outros conterrâneos. O maitre puxou a cadeira para Juliette e depois para mim.

— Vão querer beber algo? — Ele perguntou educado.

Juliette me olhou.

— Champanhe. Hoje é uma noite de comemoração e nada melhor do que um bom champanhe para marcar o momento. — Falei com um meio sorriso. Olhei para o maitre. — Você sabe qual é favorito.

— Com licença. — O maitre fez uma pequena reverência e se retirou.

Ficamos em silêncio até o maitre retornar com o champanhe. Ele abriu o mesmo e nos serviu. Depois se retirou novamente. Deixando-nos a sós.

— Juliette. Eu quero entrar em um assunto meio delicado com você. — Comecei depois de tomar um gole de champanhe.

— Sim? — Juliette deu um gole no seu champanhe, mas ficou segurando a taça.

— Sobre o bebê. — Disse e ela apertou os lábios. — Não é nada contra, é só que, fiquei refletindo sobre... Eu acho crucial que a nossa família saiba do nosso casamento falso, mas em relação ao bebê, você vai querer revelar que o pai é Adam ou, fingiremos que é nosso? — Os olhos de Juliette brilharam. Eram lágrimas. — Ei, não. — Segurei em sua mão. — Desculpa-me, eu não queria chatea-la.

Juliette apertou forte em minha mão.

— Você não me chateou, foi ao contrário, você me deixou emocionada. — Ela fungou. — Por aceitar o meu filho e adota-lo como seu. Eu achei que você iria querer que eu informasse que estava grávida.

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora