59

1.2K 137 38
                                    

doze

Sarah

— Eu quero fazer amor com você, Sarah... — Juliette murmurou contra a minha orelha para enfatizar a sua proposta, mordiscou a minha orelha, lançando um arrepio intenso pelo meu corpo.

Afastei um pouco o rosto e olhei para ela, em busca de certeza. Juliette estava com os olhos brilhando, as bochechas coradas e os lábios entreabertos e inchados pelos nossos beijos trocados, seus cabelos estavam bagunçados, uma bela imagem que sacudiu a minha mente e deixou o meu corpo sedento, cada parte de mim queimou.

— Você tem certeza disso? — Perguntei minha voz sendo praticamente assoprada. Nossos corpos estavam apenas uns centímetros de distância, estávamos sentadas no leito, nos encarando.

Com um sorriso de lado, provocativo, Juliette levou as mãos no tecido da bata e sem tirar os olhos de mim, a ergueu, tirando-a, ficando apenas com sua calcinha de renda. Resfoleguei ao vê-la seminua em minha frente, um tremor violento e interno foi tomando conta do meu ser. Meu corpo reagiu instantaneamente. Olhei-a com desejo, com gula. Os seus seios arredondados, cheios e empinados com os mamilos rosados e inchados desciam e subiam deliciosamente na sua respiração, minha boca e minhas mãos ansiaram. Esperei por dias por esse momento, e queria muito tocá-la outra vez. Meu corpo e minha alma clamavam por isso.

— Sim, tenho certeza absoluta... — Respondeu-me com a voz rouca e os olhos repletos de intensidade.

Não esperei mais. Não tinha mais controle para nada, avancei e agarrei o seu corpo, procurando rapidamente os seus lábios num beijo selvagem. Ela retribuiu na mesma intensidade, agarrou-se em minha blusa, lutando para tirá-la, enquanto, empurrava meu corpo para cima do seu, fazendo-a cair sobre o colchão.

A maciez do seu corpo pressionado no meu era o paraíso. Um embriagante sonho...

E foi realmente um sonho, principalmente quando o meu corpo escorregou pelo leito, fazendo-me cair de barriga pra baixo, a pressão do chão contra a minha caixa torácica fez com que eu acordasse assustada e sem fôlego. Doeu. Muito. Os meus seios estavam esmagados no solado frio, meu abdômen também queimava em dor. Bufei alto, elevando o nível da dor.

— Sarah? O que você está fazendo no chão? — A voz de Juliette surgiu no quarto.

Ergui a minha cabeça. Ela estava bem próxima de mim, como a porta do banheiro estava aberta, aparentemente ela tinha saído dele. Então, me dei conta que já era de manhã e que Juliette estava de banho tomado e pela bandeja desarrumada em cima da mesinha, também já tinha feito o desjejum.

Levantei-me sem jeito, e ignorei a dor.

— Que horas são? — Perguntei, ignorando a sua pergunta.

— Nove e meia da manhã.

— Nove e meia? — Exclamei assustada. — Por que você não me chamou?

— Porque você estava dormindo tranquilamente, não quis incomodar. — Juliette deu os seus pulinhos no andador até alcançar o sofá e lentamente se sentou.

— Amor, é contra o regulamento do hospital acompanhantes dormir no leito. — Falei, olhando diretamente para ela. — Se vamos fazer isso, tenho que acordar antes de sua primeira medicação.

— Bobagem. — Juliette balançou a mão, não dando importância. — A enfermeira plantonista é a Karine. Ela nem reclamou nem nada. Até comentou o quanto você estava cansada e merecia descansar um pouco... Ajudou-me no banho, aplicou a minha injeção e fez o meu curativo, tudo em silêncio para não incomodá-la. Eu gosto dela. E sabe o que descobri?

True Love || Sariette • ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora