II

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                           Antony     

Acho que os últimos 3 anos estando bem longe da Megan, fizeram ela pelo menos, deixar de me xingar verbalmente, pois sei que mentalmente, eu adquiri substantivos inimagináveis.

Depois de tranquilizar a Crystal, dizendo que foi o melhor encontro que tive com a sua mãe, depois de anos,  e incentiva-la a ir curtir a praia, ela cedeu, e se juntou a mãe e as "tias", como ela sempre fez questão de chamar.

Eu subi, tomei um banho, e coloquei roupas leves para poder dar uma volta pela cidade praiana.
Melhor deixar esse mulherada sozinha por enquanto, pelo menos até assimilarem melhor a ideia de me terem por perto nos próximos dias.

Mas achei estanho não ter visto o, tão bem falado, Peter.

Encontrei um barzinho, tomei algumas cervejas, paquerei uma morena, e saímos dali para um outro lugar mais sossegado.

Eu não queria ter que perder tanto tempo com papo, quando na verdade, eu só queria alguém pra transar.
Foi um saco, mas pelo menos consegui o que queria.

Voltei para casa, já era quase meia noite. Entrei tentando fazer o mínimo de barulho possível, e parece que deu certo, pois não acordei ninguém.

Tentei dormir, mas parecia impossível. Sentia muito calor. Então sai do quarto, e fui tentar dormir na varanda. Parece que era isso mesmo que eu precisava, pois logo não ouvia mais o barulho das ondas na praia.

                       
                           Megan

O dia amanheceu magnífico. O sol estava brilhando intensamente, eu poderia aproveitar bastante da praia, e ainda não tinha visto a cara do Antony. Parecia que meu dia ia ser melhor hoje.

Tomamos nosso café da manhã, e eu resolvi subir e colocar meu biquíni, para logo poder estar pegando um belo bronzeado na praia.

As meninas também estavam bem animadas, mas acho que não tanto quanto eu, pois demoravam uma eternidade para poder trocar de roupa.

Sem paciência, eu decidi esperar no deck e sentir logo os raios de sol tocarem minha pele.

Quando saí na porta, a sensação do vento no meu rosto, e o sol aquecendo minha pele, me fizeram sorri.

Tirei a saída de paria que estava usando, e deixei o sol tomar conta de todo o meu corpo.

Com os olhos fechados e braços abertos, respirei fundo várias vezes, apreciando a companhia da natureza.

Mas minha felicidade durou muito pouco. Olhei para o lado, e me deparei com Antony sentado.

- Ahh. - dei um gritinho baixo. - Que merda Antony! Você me assustou. - levo a mão ao peito pelo leve susto.

- Eu não fiz nada. - levanta as mãos em rendição.

- O que está fazendo aqui? Achei que já estivesse por aí, com alguma de suas companhias. - digo sarcástica.

- Só mais tarde. - responde sorridente.

- Nojento. - coloco de volta minha saída de praia, e volto a entrar na casa, à procura das meninas.

                       
                           Antony

Uma cena que me deixou um tanto quanto "animado", foi ver a Megan naquele biquíni. Que corpo era aquele?

Antes mesmo do divórcio, eu já não era agraciado com uma visão tão boa assim do corpo dela. Agora, nem sei por que isso me deixou levemente desconfortável.

Estou ciente que ela não me suporta, e que já tem quem lhe dê a devida "atenção", mas não posso negar que fiquei babando no que meus olhos viram.

Sem falar em como ela está bonita. Seus cabelos agora estão longos, e quando ela os deixa natural, com aquelas ondas sobre seus ombros, fica ainda melhor. Aqueles olhos cor de mel que ela tem, ainda contém uma profundeza indescritível. Seu rosto arredondado, com um nariz que parece ter sido perfeitamente desenhado, combinam perfeitamente com aqueles lábios carnudos que ela tem. E o beijo dela, será que ainda é bom como antigamente, ou será que está melhor?

Fico deitado no sofá da varanda, divagando sobre os atributos de Megan.

- Seria tão bom saber como está o beijo dela agora... - sinto minha bochecha repuxar em um sorriso.

Que merda é essa? Porque estou pensando assim sobre ela? Você esqueceu que, você seria o último homem na terra a conseguir tal coisa dela?

- É, preciso de companhia. E urgente. Pois já tô até ficando louco.

Saí de casa, e fiz o básico de sempre, escolhi uma garota, joguei uma conversa fora com ela, e depois nos retiramos para um lugar mais tranquilo.

O problema, é que essa garota de hoje, se recusou a ir a um motel comigo. Simplesmente queria ficar de amassos no carro. E por mais que eu a deixasse mais "quente", ela nem sequer, me deixava por a mão por baixo da blusa dela. Uma puta perda de tempo.

Deixei ela em qualquer lugar que fosse da preferência dela, voltei pra casa, deixei o carro, e voltei para um bar mais próximo, no qual eu pudesse voltar andando pra casa depois.

Cheguei em casa, já eram mais de duas da manhã. Subi, tomei um banho, vesti apenas uma calção leve de dormir, peguei um travesseiro, e desci para dormir de novo na varanda.

Quando chequei lá, encontrei Megan sentada no sofá, encarando lugar algum, pois estava perdida em pensamentos.

- Tá tudo bem? - confesso que a essa altura, nem deveria estar falando com ela, mas a bebida às vezes, nos torna corajoso.

Ela me olha séria, mas pela segunda vez no dia, não me tratou como o traidor que sempre faz questão de me lembrar.

- Eu estou ótima. - volta a encarar o horizonte.

- Parece que nenhum de nós dois, tem companhia hoje.

Sinto seu olhar me fuzilar.

- Você sempre tem que estar pensando com a porra do pau, não é, Antony?

- Não, eu não estava falando...- ela levanta rápido, e segue em direção a porta da casa. - Espera Megan...- seguro em seu braço. - Eu não quis dizer nesse sentindo.

Ela olha em meus olhos por alguns segundos, e depois para minha mão em seu braço.

- Não toque em mim, Antony!

Eu solto seu braço, ela faz menção em entrar na casa, mas volta.

Segue em direção a mesinha à frente do sofá, e pega a garrafa de vinho que estava lá. Não profere mais uma única palavra, e entra na casa.

Quando vou me deitar no sofá, meu pé esbarrar em alguma coisa. Quando pego do chão, vejo que é uma garrafa vazia de vinho.

- É, acho que temos mais uma coisa em comum, acordaremos de ressaca amanhã. - deixo a garrafa vazia em cima da mesa, e me deito.

                         
                             Megan

Por que o Antony tem que ser tão cretino? Não consegue pensar em outra coisa, que não seja ter uma companhia para poder fuder? Francamente.

E como ele pôde ser tão...tão petulante e me tocar com aquela mão forte e máscula...

Que caralho tá se passando na minha cabeça? Como eu ainda tenho coragem de pensar assim, de um sujeito como ele?

Me sento em uma poltrona próxima a porta da varanda do quarto, e dou um gole no vinho.

Só posso estar enlouquecendo.

Match! Amor e RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora