XXXIV

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Izzy



É muito bom passar um tempo com o Antony. Agora ele não parece me tratar como se eu fosse uma criança, ou até mesmo uma doença perigosa da qual ele quer manter distância.
Ele parece mais espontâneo, mais solto, mais ele mesmo. E isso era tudo o que eu queria, ter um pouco da sua companhia, sem nenhuma restrição por parte dele.

E aquele sorriso dele, algo tão simples, mas que ainda assim, me fazia derreter toda quando via, ainda me faz sentir coisas que eu achava que não sentiria mais depois de tanto tempo. Será que algum dia ainda vou superar esse sentimento? A resposta para isso eu não sei, mas se ainda me faz bem, eu prefiro que se mantenha vivo. Mesmo que eu esteja apenas me iludindo.

E ao som da risada dele em meus pensamentos, eu deixo o sono me embalar.


Na manhã seguinte, eu acordei junto com a Crystal. Nós tomamos o café da manhã, e ela saiu para a aula. E eu, me vi ansiosa para ver o Antony sair daquele quarto. Eu sei que ele precisa descansar bastante, e que a medicação dele ajuda a dormir mais, mas não consigo evitar. Eu preciso de alguma coisa para me focar no tempo em que eu estiver por aqui, senão serei uma pessoa muito inconveniente para o Antony. E agora que estamos mais próximos, eu não quero sob hipótese alguma, perder isso.

Por fim decido ir ao quarto da Crystal, e usar seu notebook. Apesar de ainda não termos conversado sério a respeito dos detalhes da festa dela, eu posso muito bem ir procurando algumas dicas na internet.

Cerca de meia hora depois, eu recebo uma mensagem de texto. Quando olho brevemente para tela, o nome do Brandon aparece. Meu sorriso se torna presente, e decido responder a mensagem.

Ali se foi mais meia hora de conversa. E a melhor parte dela, é saber que o Brandon quer me ver. Isso me deixa realmente feliz.

Ou o duas batidas na porta, e logo a porta se abre.

- Bom dia, Izzy.

- Bom dia, Dadá! Não te vi no café da manhã. 

- Eu precisei dar um pulo no mercado. Agora que o Antony estará confinado a essas paredes, seria bom aumentar o estoque das coisas que ele gosta de comer. - ela diz depois de entrar no cômodo.

- Eu entendo. - sorrio amigavelmente para ela. - Você sempre muito cuidadosa com todos, não é Dadá?

- Apenas faço o meu trabalho. - segue arrumando a cama da Crystal.

- Você sabe bem que vai além disso. - insisto.

- Eu gosto muito do Antony, e principalmente da Crystal. Passei a maior parte da minha vida com eles. É natural que meu instinto protetor aflore em determinados momentos.

- Eu sei. Eu também já me senti muito bem acolhida aqui. E graças a você. - me levanto e lhe dou um abraço.

- Ah, Izzy... Você é uma menina muito carinhosa. - ela diz enquanto me devolve o abraço. - Você logo encontrará alguém que reconheça isso, e que te faça muito feliz.

- Eu espero muito por esse reconhecimento Dadá. Espero muito. - cochicho em seu ouvido.


Antony



Depois de acordar, e realizar mais uma tarefa que é difícil pra caramba, dado ao fato de estar com a perna imobilizada, já posso dizer que estou bem vestido para sair do quarto.

No corredor, o silêncio se faz presente, o que me faz constatar que as meninas não devem estar em casa. Crystal na certa está na faculdade, e a Izzy deve ter arrumado algum compromisso.

Match! Amor e RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora