Capítulo 11 - Mudanças de Hábito

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- Abra Caminho

Tá que pariu!

Minha sanidade mental estava em alto grau de risco se eu passasse mais tempo dentro daquela casa que por inocência aceitei dar um voto de confiança e passar um tempo com papai. Não digo isso por causa do coroa, ele era bem legal, e confesso que estava com muitas saudades dele e de nossos momentos juntos que foram arrancados de mim no dia que ele e mamãe se separaram.

Posso dizer que mamãe não gostou muito da ideia de eu passar um tempo com meu pai em sua casa junto com a minha madrasta – que naquele momento eu nunca havia visto, só a conhecia como a "Destruidora de Lares", palavras de minha mãe -, mas ela não podia impedir. Papai tinha seus direitos sobre mim.

E depois de muito bafafá e algumas rogações de pragas por parte de mamãe, eu finalmente arrumei minhas tralhas e parti para a mansão aonde papai agora morava com a coroa ricaça. Minha boca só faltou cair no chão quando vi o tamanho da mansão que ele morava, tendo consciência de que me perderia naquele casarão. E posso dizer que me perdi, cinco vezes para ser exata. Eram tantas portas, tantos corredores que fazia a minha cabeça dar um ERROR 404 Not Found. A minha salvação foi uma das empregadas que foi minha guia turística pela casa.

A esposa de papai era uma tal de Tsunade, e apesar de sua expressão de rica nojenta, me olhando de cima a baixo como se eu fosse uma delinquente, ela me tratou bem, toda cheia de educação e etiquetas que me deu náuseas. Ela era dona de um hospital particular e, puta merda, que peitos eram aqueles? Parecia duas melancias gigantes de tão grandes que eram. Os meus comparado com os dela, eram simplesmente duas sementes de morango.

Bom, o fato era que Deus havia sido bem generoso com a mulher que exibia uma enorme comissão de frente. E mamãe iria pirar quando contasse que a coroa ricaça que ela imaginou ser uma velha feia e plastificada, tem uma fisionomia de uma mulher quase da idade dela. A esposa de papai estava bem conservada e se ela havia feito plástica, isso eu não sei, mas se ela estava em boa forma, isso ela estava.

Enfim, fazia exatamente dois dias que eu estava na luxuosa mansão que meu pai morava com a coroa que ele chamava de esposa. Dois dias que eu não via minha mãe, os meninos e todos. Dois dias que eu estava dormindo naquele quarto estupidamente cor-de-rosa infestados de coisas frufrus e muito rosa e muito perequetê e mais rosa e Hello Kitty, eu já disse que tinha muito rosa?

Mano, meu pai pensa que eu tenho quantos anos para eu ter um quarto assim? Cinco? Eu sentia coceira toda vez que eu entrava naquele quarto de princesa da Disney. Minha cabeça girava e eu tinha pesadelos com aquelas bonecas com rosto de porcelana que eu detesto. Aquelas bonecas tinham uma expressão assustadora, e havia várias delas para a saúde de minha sanidade.

Porra! Meu pai havia tido uma crise de amnésia e esquecido os gostos de sua própria filha? Desde quando eu gostava de boneca? Fala sério, eu tinha quase dezessete anos e ele decora um quarto com a estampa daquela gata ridícula sem boca como se eu fosse uma criança retardada.

Hello Kitty, mano!

Hello Kitty!

É uma hora dessas que tenho uma crise de consciência e aquela famosa frase passa pela minha cabeça; A gente só dá valor para aquilo que se perde. Essa frase nunca fez tanto sentido na minha vida como estava fazendo naquele momento.

Eu sentia falta do chiqueiro que eu vivia e que eu chamava de quarto, não tinha nem comparação. Aonde fica a minha má reputação nessa hora? Eu, Sakura Haruno, a Pink Demon dormindo num quarto que era perfeito para uma garota como a Ino Yamanaka... acho que nem a Ino gostaria de ter um quarto tão ridículo quanto esse.

Bad ReputationOnde histórias criam vida. Descubra agora