Ômega e alfas( SENDO REVISADO/SENDO REESCRITO)

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os três Alfas fitam o ômega se sentindo confusos, geralmente um encontro entre almas gêmeas é algo esplêndido, romântico, e muito feliz, não deveria ser um show de gritos. nesse momento, seus lados irracionais acabam dominando totalmente suas mentes, e por consequência, tudo que conseguem pensar é que estão levando um fora. sincronizadamente, os três soltam uivos de choro.

Snape engole seco, e se vira para olhar para os três. àqueles, sem sombra de dúvida são versões de James, Sirius e Remus desse universo, só que... eles emanam uma espécie de aura sobrehumana, algo que ele só havia sentido ao olhar para algumas Veelas. seriam esses três criaturas mágicas? e por qual razão ele não se sente ameaçado por suas auras?

você está nos dando um fora?— é James quem fala primeiro. e é a vez de Severus de se sentir confuso, do quê esse maluco está falando? ele se questiona em pensamento. pelo canto do olho, vê que Sirius e Remus parecem perto de morrerem de tristeza, os semblantes tristes e os olhos vermelhos marejados fazem com que o peito de Severus se aperte dolorosamente.

o que!? eu acabei de chegar aqui. será que... será que vocês podem me dizer se tem algum Dumbledore nessa escola? — essa situação está bastante estranha, na opinião de Severus, ver o trio de babacas chorando e com o "rabo" entre às pernas é para lá de esquisito, que universo é esse!?

o aperto em seu peito acaba duplicando quando escuta Remus fungar. não suportando mais, sua mente começa a pensar em várias formas de tirar àquelas expressões deprimidas dos rostos dos garotos à sua frente. se deixando levar pelo impulso, ele se aproxima de James e ( ele teria pesadelos com isso mais para frente) acaricia levemente a bochecha do grifinorio, repetindo o gesto com Remus e Sirius.

por favor... eu estou perdido e preciso de ajuda. podem me levar até o professor Dumbledore? me desculpem por ter gritado antes, é que vocês me assustaram. — o alívio o toma quando sorrisos felizes desabrocham nos rostos dos alfas, vê-los deprimidos foi assustador, e essa cena foi uma prova incontestável de que Snape está mesmo em um universo diferente, deu certo.

de forma sincronizada, os três apontam o caminho. o pequeno sonserino aperta com força sua mala de roupas, e a bolsa de ouro que Lucius deu a ele.

À medida que se aproximam da entrada, o ar entre eles vai ficando cada vez mais tenso. Snape sente todo o seu corpo queimar com os olhares para lá de invasivos das versão dois ponto zero dos marotos, eles ainda continuam mal educados! onde já se viu, me olhando como se eu fosse um animal em um zoológico.

tudo bem que sua aparência sofreu uma enorme mudança, mas isso não muda o fato de que esses olhares continuam causando uma sensação desconfortável. Snape não está acostumado com isso. é uma sensação nova.

agora ele entende o motivo de pessoas bonitas viverem reclamando sobre o quão ruim é ser bonito. e isso é tão absurdo que parece uma piada.

uma atmosfera de pura magia envolve o ar, dando até mesmo às flores uma beleza divina. pelo canto do olho, Severus vê várias espécies novas de plantas no Jardim. em outros tempos, ele teria parado ali, e ficaria horas estudando essas espécies para poder fazer poções. mas a situação o impede de fazer o que quiser. infelizmente.

pelo menos é algo temporário. logo estarei bem longe daqui. ele pensa, tentando encontrar algum consolo.

a voz de Sirius o tira de dentro de sua mente, interrompendo seus pensamentos.

então, qual é o seu nome? nós nunca vimos você aqui em Hogwarts.

Snape se encolhe, e cruza os braços, suas orelhas queimam, e um adorável tom de rosa surge em suas pontas.

é impressionante, almofadinhas pensa, as cores à sua volta. ele nunca havia visto elas até aquele momento, antes de encontrar sua alma gêmea, só o que via era cinza. seu ômega tinha cabelos escuros como a noite, e os olhos também escuros mas a pele era branca, sem nenhum sinal de nascença marcando-a. Sirius sempre imaginou que amaria a cor vermelha, mas estava enganado, preto sem sombra de dúvida era a sua cor favorita. a cor da pessoa que o fizera ver todas as cores pela primeira vez na vida. Liam Evans ficara com inveja quando forem contar a ele que enfim podem enxergar as cores.

- Severus... - acompanhado pelo trio mais improvável do mundo, ele sabe que deveria sentir medo. mas não... tem alguma coisa dentro de si, que diz que estar ali no meio dos três era a coisa certa a se fazer. porém, havia ido parar ali com o propósito de recomeçar. não poderia se atar aos velhos inimigos, embora estes parecessem tão... legais.

- é um belo nome, eu me chamo Remus Lupin. tipo o Arsène Lupin mas não sou um ladrão como ele. - o garoto cheio de cicatrizes esboça um sorriso, o ômega retribui. entendendo a referência trouxa.

- quem é Arsène Lupin? é algum tio seu?

- e por que ele é um ladrão?

- é um personagem de uns livros trouxas, almofadinhas e pontas. - os dois bruxos reviram os olhos, é claro que aluado iria fazer isso. demonstrar o quanto é culto para o ômega. uma forma de fazer com que o outro se sinta mais confortável perto dos três.

- sabia que eu sou apanhador do time de quadribol da minha casa?

- sabia que eu sou o melhor duelista do castelo?

algumas coisas nunca mudam, é o pensamento que lhe vem na mente. resistindo ao impulso de revirar os olhos, apenas assente, de forma educada e ( cof, cof falsamente) interessada. ele não queria ver aquelas expressões deprimidas nos rostos daqueles três, por algum motivo esse pensamento o tortura... que universo... estranho. mas se bem que, não era de todo ruim.

Narcissa e Lucius fitam a cama do amigo, estáticos pelo o que acabou de acontecer.

- Luci, você acha que ele está bem? não acha? - o loiro assente e olha para a namorada.

- Severus é o bruxo mais inteligente e prudente que eu conheço, seja lá qual universo esteja... sei que dará um jeito de ficar a salvo. espero que tenham versões nossas lá...

Cissa funga e olha para a cama vazia que instantes atrás estava o amigo. a mão de Lucius puxa suavamente seu rosto. o loiro a beija e ela incapaz de resistir aos encantos do outro, se derrete em seus braços.

- eu amo você. - os dois dizem ao mesmo tempo quando se separam para respirar.

Um ômega no universo errado ( SENDO REVISADA!)Onde histórias criam vida. Descubra agora