Um ômega no universo errado ( SENDO REVISADA!)

Quando um ômega se excita parte 2

- eu estava pensando, vocês acham que o Severus vai usar um vestido de noiva ou um terno no dia do nosso casamento? - James pergunta para os amigos. os três alfas contemplam o pequeno adormecido, os corações aquecidos pela visão do garoto ali. Sirius, mais do que os outros, estavam nas alturas, Severus estava dormindo em sua cama. Merlim, ele era o homem mais sortudo do mundo.
- não sei, mas sei que precisamos usar ternos roxos. estava pesquisando as cores e os seus nomes. já sou um gostoso usando preto, imagina roxo. - Remus revira os olhos e então diz:
- nós não vamos usar ternos roxos no nosso casamento! francamente, almofadinhas. antes de planejar o casamento, precisamos do noivo para que esse casamento aconteça! - o loiro lança um olhar caloroso na direção de Severus e cruza os braços.
- ele parece uma obra de Michelangelo dormindo assim! - Remus fala, Sirius e James trocam olhares confusos e perguntam:
- quem?
- o artista renascentista italiano, ele era um trouxa! eu vivo falando das obras dele para vocês, idiotas. - o loiro diz, lançando aos seus amigos um olhar de pura indignação.

naquele momento, Liam sai do banheiro, enxugando os cabelos ruivos em uma toalha. ao ver os três melhores amigos parados em pé, ao redor da cama de Sirius, onde Severus dormia pesadamente, questiona:
- vamos acorda-lo? - Sirius olha para James, que olha para Remus e Remus olha para Liam.
o ruivo revira os olhos, típico dos amigos deixarem coisas assim em suas mãos.
- querem saber? deixem ele dormir. ele teve um dia difícil.

...

quando acorda, raios de sol se infiltram pelas frestas abertas das cortinas do lugar. o garoto se mexe de forma inquieta na cama, os cheiros de Sirius, James e Remus pairam no ar de forma irritante. o ômega sabe que está sozinho, sua audição consegue escutar passos distantes, de pessoas variadas, ecos de risadas e conversas, todas vindas do salão comunal. argh, como esse universo é irritante, ainda mais que agora, que será obrigado a conviver com as pessoas dali, sem mencionar as modificações que aconteceram com ele. audição, olfalto, paladar, tato e visão 100% melhores, e não, nem de longe aquilo poderia ser visto como algo bom. não em uma manhã de aula.

- merda, Lucius. - ao pensar no amigo, seu coração se aperta dolorosamente. onde quer que o amigo estivesse, o loiro deveria estar rindo da situação do amigo.

sabendo que não podia atrasar mais, Severus se coloca de pé. ao fungar o ar, o pequeno estremece de leve e a vergonha do que acontecera com ele, algumas horas atrás, o pega. mas não podia pensar naquilo, não agora, precisava empurrar o medo, a vergonha e a confusão para o fundo de sua mente.

então, ele se arrasta na direção do banheiro. sentindo-se muito pouco animado para enfrentar o dia que sabia que viria.

...

ele se recusa a olhar no espelho, quando veste a capa, e coloca a gravata vermelha e dourada do uniforme. por muito tempo, odiou essa cor e agora estava ali, traindo gerações de sonserinos. pobre Salazar, deveria estar se revirando no túmulo.
ao abrir a porta do dormitório, precisa reunir todo o seu auto controle para não gritar. os quatro marotos estavam na sua frente, com as mãos estendidas. provavelmente iam bater na porta quando a abriu.
quatro sorrisos ofuscam sua visão, cara, sete da manhã e esses quatro estavam sorrindo enquanto ele queria matar o primeiro que enchesse seu saco. Liam, James, Sirius e Remus parecem modelos saídos daquelas capas das revistas trouxas. bonitos, anormalmente bonitos. como era irritante ter essa percepção. mesmo em um universo paralelo, aqueles quatro... continuavam belos. Lilian com toda certeza teria uma crise de narcisismo ao ver Liam.
- hm, oi. - fazendo de tudo para não olhar para os três garotos e o ruivo. Severus abre o zíper da mochila e pega um amarrador, amarra os cabelos em um coque e respira fundo. de cabeça baixa, abre espaço entre os corpos dos mais altos. ele não se vira, mas consegue escutar os passos atrás de si, consegue sentir os quatros cheiros rondando-o como cães de guarda.
- Severus, espera. - o garoto para, e logo Liam se encontra do seu lado com um papel em mãos e o entrega nas mãos do ômega. ao dar uma lida rápida, percebe que o que tem em mãos é o seu horário de aulas.
- àqueles três vão te acompanhar para todas às aulas de hoje. eu infelizmente tenho aulas diferentes. - Liam dita de forma tranquila, sem prestar atenção no rosto surpreso do ômega. Remus, James e Sirius se postam ao redor do pequeno, com sorrisos doces e felizes, mas ao contrário dos três, o ômega sentiu todos pelos do seu corpo arrepiarem.
James interpretando mal o rosto avermelhado do menor, sorri mais ainda. era um bom sinal, não? ele esperava que sim. depois de ontem à noite, ficou óbvio que Sev não é indiferente aos três.
- ah, sério? - o único pensamento do moreno naquele momento é: estou ferrado. apesar daquela coisa estranha dentro de Severus estar praticamente ronronando com essa notícia, sua parte lógica, está listando todos os contras de ficar muito perto daqueles três, sem Liam para colocar algum juízo neles, ainda por cima tinha o fato de que o que aconteceu de noite não sai da cabeça do pequeno. droga.
- bem, James e Sirius tem Runas antigas agora. eu vou acompanhar você agora! - Remus fala, atraindo a atenção de Severus. pelo que sabe, foi Dumbledore que preparou seu horário de aulas... ah, merda, deveria ter conversado melhor com o alfa sobre isso. Remus se sente ansioso ao olhar para o rosto delicado do seu Severus, ele está tão bonito e cheiroso, as bochechas coradas de rosa parecem extremamente quentes. ele quer tocar no rosto do mais baixo, para contastar se a pele parece tão macia quanto está parecendo ao seu olhar voraz. pelo canto do olho, vê que Sirius e James olham para Severus com olhares intensos, os cheiros dos seus amigos emanam a mesma coisa do seu: desejo, amor e proteção.
- tudo bem. - Severus diz, olha para os três marotos e de repente um desejo insano surge em sua cabeça, o deixando confuso. mas em sua defesa, àquela coisa estranha dentro de si que ama ronronar o obrigou a fazer o que fez. com o coração acelerado, ele vai até James e deposita um beijo na bochecha do mais alto, faz o mesmo com Sirius e então estende a mão para Remus, que pega a sua mão com um forte orgulho surgindo dentro de si. James e Sirius se olham, colocam as mãos na bochechas, nos lugares em que Severus depositou um beijo.
Liam balança a cabeça e diz para James e Sirius:
- acho que vou ficar com diabetes.
os dois marotos mostram os dedos do meio para o ruivo, que ri.