Constrangimentos

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- VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR NO QUE EU ACABEI DE DESCOBRIR! - Sirius entra afobado no dormitório, seus amigos ainda estavam de pijamas e com expressões sonolentas. James geme e revira os olhos.

- Almofadinhas, é sete da manhã. Merlim, você já está vestido??? - não dando atenção aos resmungos mal humorados do amigo, Black foi até a cama de Lupin e sentou do lado do garoto de cicatrizes.

- o ranhoso sumiu! tipo puff, virou fumaça.

- o que? ele se transformou em fumaça? - Rabicho pergunta e Sirius nega.

- não literalmente, idiota. eu quero dizer que ele desapareceu, a mãe dele está aqui na escola. o ministério não sabe onde ele está, já que o rastreador dele simplesmente pifou. sabe qual é a cereja desse bolo de caldeirão? é que as últimas pessoas com quem ele foi visto... vejam só, eram nada menos que a minha prima e aquele namorado dela.

James, Remus e Rabicho se encaram espantados. quando a névoa de sono passa, os garotos começam a falar sobre isso enquanto se arrumam para as aulas.

- Almofadinhas, como você descobriu tudo isso? essas coisas geralmente não são confidenciais!? - Lupin pergunta, olhando para o seu reflexo no espelho, frustado com o lobo dentro da sua cabeça gritando enraivecido. por que aluado estava com raiva? Snape não era nada para eles dois. mesmo sentindo culpa por nunca conseguir parar seus amigos... sua dupla personalidade não deveria estar assim.

- os elfos domésticos!! aquelas criaturas são bem fofoqueiras se você souber como persuadir elas. sabe, até eu fiquei curioso... o que vocês acham que aconteceu com o ranhoso?

- você pode me largar? - o garoto pergunta a James, nenhum dos três alfas o ouve, concentrados no rosto vermelho do ômega. fofo e meu Remus pensa, depois de tanto tempo acreditando que jamais iria encontrar sua alma gêmea... vê-la na sua frente ainda era surreal. e saber que os seus dois melhores amigos compartilhavam com ele aquele garoto, também o deixava feliz, Severus estava completamente constrangido, o que havia dado naqueles três e qual era o motivo de estarem olhando para ele com tanto... amor? Liam tosse alto e os três olham para ele com raiva, o ruivo levanta os braços mas seu sorriso deixa claro que estava se divertindo.
- eu sei que vocês estão num momento muito bom agora, mas precisamos levar o Severus até o professor Dumbledore, certo? então larguem o garoto antes que ele exploda de tanta vergonha.- Relutantes, os três alfas se afastam mas não muito. o suficiente para que Snape pudesse respirar aliviado. James estava nos céus, ele não ligava para como seu ômega havia chegado ali. tudo que queria era abraça-lo e nunca mais solta-lo, a simples idéia do ômega distante dele o apavorava e pelo rosto de Aluado e Almofadinhas, ambos pensavam a mesma coisa.

os cinco caminham em silêncio, por mais que os quatro marotos desajassem conversar, o ômega estava com uma expressão para lá de sombria. na mente do sonserino, ele não iria ficar em Hogwarts, falaria com Dumbledore e explicaria a situação. pediria a ele desculpas por ter aparecido nos terrenos da escola, e logo partiria para recomeçar sua vida. o ouro de de Lucius pesava em sua mão, com toda certeza seria o suficiente para comprar um chalé e pagaria suas despesas por uns meses. esse pensamento o animou, estava tão perto... faltava tão pouco.

- Por que você quer falar com o professor Dumbledore? - Liam pergunta de repente, não conseguindo refrear a curiosidade. Snape o avalia por um instante antes de responder com cuidado:

- quero me desculpar com ele por ter aparecido nos terrenos da escola dessa forma. logo irei embora, sabe. foi tudo um acidente. - no automático, o sonserino continua caminhando na frente dos quatro marotos, que pararam de caminhar ao escutar isso. ir embora!? não, tudo menos isso. ele não pode ir e deixar seus alfas sozinhos. os três garotos começam a se desesperar. o que estava acontecendo ali? porque o ômega deles disse aquilo? seria aquilo a idéia que ele fazia de uma piada? Liam tenta acalmar os amigos.

- relaxem, ok? ele não falou sério, vocês sabem que ele não vai deixar vocês, olha, caras, só deixem as coisas acontecerem normalmente e não assustem o pobre garoto com essa intensidade que vocês têm. - os olhos dos três alfas brilham escarlates, seus lados irracionais só conseguem pensar em como a vida deles será incompleta sem o garoto ali. por isso, suas mentes começam a bolar planos para fazer com que o garoto fique. claro, eles não iriam encostar em um fio de cabelo do garoto, mas isso não significa que não podem usar da inteligência para fazer com que o garoto fique ali.

...

Snape havia chegado em frente a gárgula que sabia ser o escritório do professor. mas estava absurdamente chateado por não saber a senha.

- posso ajudar? - no mesmo instante que escuta aquela voz, se vira tão rápido que quase fica tonto. no corredor, uma versão de Lucius Malfoy vestindo os trajes da sonserina vem a seu encontro. engolindo seco, confirma com um aceno de cabeça, incapaz de dizer algo melhor.

- ok... eu nunca te vi por aqui, por acaso é um aluno novo do progama de intercâmbio que Hogwarts oferece? - quando Lucius se aproxima até ficar na sua frente, Snape percebe diferenças gritantes entre os dois. não posso me levar pela emoção, ele não é o meu Lucius. vim aqui para recomeçar a minha vida, não pra me atar aos velhos rostos.

- não, vim aqui mas estou de saída. só quero conversar com o professor. - os dois se encaram. Lucius sente um aperto no peito ao olhar para o rosto daquele desconhecido, era como se o conhecesse de algum lugar. mas ao forçar sua memória, nada lhe vinha na mente. Cissa com toda certeza iria dar umas boas risadas quando a contasse sobre esse sentimento deja vu isso não é coisa dos trouxas, amor? e então iria abraça-lo.

- o que você está fazendo aqui, Malfoy? por acaso não tem a minha prima para encher a cabeça? - os quatro marotos chegam, os olhos vermelhos brilhando assustadores na direção da versão 2.0 do seu amigo. Sirius sentiu um ciúmes que nunca havia sentido antes ao ver Malfoy perto do seu ômega. James sentiu todo o sangue ferver e Aluado queria pular no pescoço daquela doninha.

- Ei, parem com isso. ele só estava me ajudando. qual é o problema de vocês? - Snape os fita furioso, lembrando de todas as vezes que fora maltratado pelos marotos em seu universo e de como Lucius o defendia. mesmo esse Lucius não sendo seu amigo, era mais forte do que ele não fazer nada. o sonserino o olha espantado e grato. três rosnados preenchem o ar quando o garoto loiro coloca a mão sob o ombro de Snape.

- obrigada.

- por favor, senhores. eu poderia saber o que está acontecendo aqui? - Dumbledore está parado ao pé de escada em caracol. a gárgula movida para o lado. os olhos azuis brilham e o diretor parece estar se divertindo com a situação.

Um ômega no universo errado ( SENDO REVISADA!)Onde histórias criam vida. Descubra agora