- você vai amar o nosso salão comunal, Sev! - a voz de Liam o trás de volta a realidade. com um sorriso no rosto, o alfa estende a mão para o garoto, que a aceita. Remus se mantém parado, tentando não desmaiar com a felicidade que estava sentindo. seu Severus, seu Severus havia sido colocado na grifinoria. o ômega porém estava surpreso e com raiva. preferia mil vezes estar na sonserina, ele não era nem um pouco corajoso, nem um pouco Grifinorio. o chapéu seletor daquele universo com toda certeza não prestava. é, era isso. tinha que ser. a idéia de que ele... era grifinorio o enchia de repulsa.
- tipo, que legal! nossa, quando vi você pela primeira vez... não imaginei que você. - Snape para de escutar, e o seu olhar se volta para Remus. que o olha com adoração, aquilo o deixa desconcertado por um instante. ele queria estender a mão, os braços e apertar o loiro num abraço. mas ao invés disso. apenas cruza os braços firmemente, tentando acalmar ansiedade que estava o esmagando.
- Bem, Senhor Severus. peço que venha conversar comigo mais tarde. sim? a senha é gota de limão. - Dumbledore sorri, e pisca na direção do ômega. cúmplice, Snape sente o coração bater com força. mas assente.
- Senhor Evans, Senhor Lupin. levem o nosso mais novo aluno para conhecer o salão comunal! ah, senhor Snape. madame Bovary mandou dizer que vai sentir saudades de ter a sua compainha na ala hospitalar e pede carinhosamente que você não a esqueça. - o alfa idoso pisca novamente, os olhos azuis brilham, trazendo calma para o moreno que respira fundo, sabendo que mais tarde iria querer se matar pelo que estava prestes a fazer.
Snape olha novamente para Remus e tímidamente, estende a mão para ele. o loiro fica surpreso mas sorri, sente um calor se espalhar pelo corpo, seu lado irracional vibra com aquele pequeno contato, e então enlaça a mão pequena sob a sua.
Liam balança a cabeça, feliz pelo amigo.
os três saem da sala do diretor....
no seu universo, ele havia ido uma única vez até a entrada do salão comunal da grifinoria. mas nunca havia entrado nela. agora, de mãos dadas com a pessoa mais improvável do mundo, e com a versão masculina da sua ex melhor amiga de outro universo, estava prestes a fazer algo inédito na sua vida. Salazar deveria estar se revirando no túmulo por causa dele.
Apesar de estar se remoendo de tanto medo, o calor da mão de Remus estava o ajudando a não surtar. ao olhar para o loiro, viu que o garoto estava sorrindo extremamente orgulhoso. ele nunca havia visto Remus( o Remus do seu universo) sorrir daquela forma. tão despreocupado, como se nada no mundo fosse capaz de tirar aquele sorriso. ah, o coração do ômega derrete por um instante.
- bem, preparado? tenho certeza que James e Sirius irão desmaiar ao ver você. - Liam se dirigi outra vez a ele, então, para evitar mais conversas, apenas assente.
o ruivo se vira para o retrato e diz:
- cabeça de leão!
- muito bem! - a mulher gorda gira, para deixa-los entrar. não trema, não fuja pensa, ao olhar bem para o buraco, franze a testa. ele era muito baixo ou o buraco era muito alto? como iria subir sem passar vergonha?
Remus olha para o seu ômega e no mesmo instante interpreta o que está se passando na cabeça do pequeno.
- quer ajuda? posso te subir. - puta que pariu, Snape sente todo o seu corpo arrepiar com aquilo. mesmo a contragosto, assente. ainda incapaz de soltar alguma frase.
Liam sobe na frente, então, quando estão somente eles ali. as mãos de Remus rodeiam sua cintura, se firmando ali com uma delicadeza anormal, o loiro sobe o ômega de rosto vermelho. quando se põe de pé, o garoto se vira para ver Lupin subir sem dificuldade alguma. quando os dois estão lado a lado. o alfa estende a mão na direção do seu pequeno, que a aceita de bom grado. onde fora Liam?
- onde será que foi o Liam? - Remus solta um risinho anasalado.
- deve ter ido contar a bomba aos outros, James e Sirius são bem... mais sensíveis para receber notícias. Sirius é muito dramático e James, bem, ele é intenso. - dessa vez, o alfa olha nos olhos escuros de Severus. com aquela costumeira adoração.
- e você? - a pergunta escapa do garoto.
Remus para, sem soltar a mão quente e macia de Severus. responde:
- eu sou um pouco dos dois, mas diferente de James e Sirius. sei me controlar. - O ômega ofega de repente, o cheiro de Remus havia mudado. não sabia como podia distinguir tal coisa, mas por um momento, o cheiro dele ficou quente. o tipo de quente que Snape associaria... bem, a coisas quentes. as narinas do loiro tremem por um instante, como ele se estivesse se deliciando com algo.
- vamos, James e Sirius devem estar ansiosos essa hora para babar em cima de você. - santo Salazar, jamais iria entender as falas das pessoas desse lugar. ele não estava entendendo nem mesmo ele. de relance, olha para a sua mão entrelaçada na de Remus. se perguntando como tudo havia chegado naquele ponto.
- hã, vamos então...
...
Snape não estava preparado para quase ser derrubado no chão. e nem para receber inúmeros beijinhos no rosto, muito menos, fungadas! que merda. James e Sirius eram humanos ou eram cachorros? estava quase certo de que a segunda opção tinha uma grande chance de ser a certa.
quando enfim chegara ao imponente e aconchegante salão. dois pares de braços rodearam ele, e quase o derrubaram no chão. Liam estava ralhando com esses dois, mas os marotos não estavam dando atenção. os olhos voltados na direção do pequeno envolvido no calor dos seus braços. Remus se sentara em um poltrona perto da lareira e liam se estirara no chão.
- DEIXEM ELE RESPIRAR! - o alfa ruivo grita do chão. James e Sirius fungam como cachorros chorando, mas fazem o que lhes foi pedido. Sirius envolve a cintura de Severus de lado e o guia até a poltrona mais confortável que havia ali. quando o garoto se acomoda, cruzando os joelhos, os três alfas, de forma inconsciente, se sentam no chão, perto da poltrona do garoto. James deita a cabeça perto dos joelhos de Snape, fazendo com que a massa escura de cabelos arrepiados... pouse sob sua calça. incapaz de resistir ao impulso, ele passa a acariciar os cabelos de James. que fecha os olhos e sorri satisfeito.
não era capaz de entender, deveria estar bravo com toda aquela invasão de espaço pessoal. deveria estar azarando os marotos por terem o abraçado e por terem beijado seu rosto. mas não, ao invés disso, estava ali, fazendo cafuné nos cabelos arrepiados de James. estava feliz por estar perto dos três, sim, os três. aquilo era assustador. com toda certeza, irá perguntar a Dumbledore o que isso significa.
seu corpo está quente, por causa dos olhares que está recebendo de Sirius e Remus. merda, o que estava acontecendo ali?
Liam também olha com curiosidade na direção do ômega dos amigos. que continua fazendo cafuné na cabeça de James.
balançando a cabeça, seu pensamento é: se eles não me chamarem para ser padrinho dos filhotes deles, vou arrancar as bolas desses três. como amava seus amigos.
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Um ômega no universo errado ( SENDO REVISADA!)
Romance| NOTA DA AUTORA: essa história está sendo revisada, e reescrita. os capítulos que eu ainda não revisei contém alguns erros de gramática e de narração. se você não gosta desses shipps, peço que não leia essa história, vamos evitar confusões desneces...