Possuindo um maroto

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Olha só quem voltou... isso mesmo, euzinha. 😁
NT: Lembrem-se que isso é uma fanfic e esta autora que vós fala mudou a personalidade e os ideiais dos personagens da forma que ela queria!

Quando percebo que estou em cima de uma vassoura voando, solto um grito. Eu não gosto de voar. Mordo os lábios e tento me acalmar, meus olhos se movem para baixo sem que eu consiga controlar e a altura me dá náuseas. Como caralhos eu cheguei aqui? Tudo que lembro é de estar reunido estudando com os meus namorados e o Liam, então vim parar aqui.

Fecho os olhos com força e tento recordar de tudo que eu aprendi no meu primeiro ano durante as aulas de voo. Se acalma, Sev. Dou um impulso suave para baixo, a vassoura, incrivelmente segue o meu ritmo, como se soubesse que eu estou assustado.

Ao sentir meus pés tocando o solo, solto um suspiro de alívio e caio de costas no chão, soltando o ar que havia prendido e me sentindo aliviado. Passo os dedos pelos meus cabelos, os bagunçando.

- Sirius!!! - Uma voz que eu conheço muito bem grita, abro um sorriso. Quando olho na direção da qual a voz vem, meu sorriso morre. Em uma das arquibancadas se encontra James Potter, não o meu James, definitivamente não. Meu coração e alma sabem que não.

Esse James eu conheço, e não é o James que eu amo. Ele continua olhando na minha direção e de repente algo estala na minha mente, olho para as minhas mãos, cheias de calos, mãos grandes. Não são minhas mãos, são as mãos de outra pessoa. O desespero se instaura em mim. Distraído pela estranheza da situação, não percebo quando um trio de pessoas se aproxima de mim.

- Cara, o que aconteceu? Você deu um grito do nada quando estava voando. - James passa o braço por cima dos meus ombros e preciso reprimir a sensação de nojo e raiva que isso me dá. Ergo os olhos, e sinto vontade de chorar ao ver o rosto de Lilian e Remus. Por que eu voltei para esse mundo? O que houve? Franzo a testa, tiro braços de James de mim. Remus e Lilian se olham com olhares esquisitos.

- Sirius? Cara... você está bem? - A voz rouca de Remus quebra o silêncio desconfortável. Olho para ele com intensidade, não... O que eu estou fazendo aqui? Esse não é o meu lugar. Não é.

- Eu... Eu... - Não consigo falar, dou às costas para eles e saio correndo do campo de quadribol, atrás das únicas pessoas que podem me ajudar nesse momento. A dor do choque de estar de volta só não ganha da dor de estar longe dos meus parceiros, mordo os lábios, e controlo as lágrimas que ameaçam cair dos meus olhos.

Lucius e Ciça lançam olhares agressivos para Sirius, para mim, quando eu paro em frente aos dois na biblioteca, no exato horário que costumávamos nos reunir para estudar. Meu coração se quebra, meus dois amigos... As lágrimas que estava tentando prender saem, as seco de maneira rápida.

- Preciso da ajuda de vocês. Sou eu... Sev.

Os dois se olham com olhares chocados e desconfiados.

- Olha aqui, Sirius, eu sei que você ama fazer brincadeiras sem graça mas isso passou de todos os limites. - Narcisa fala, seu corpo tensionado, os olhos aos poucos se enchendo de ódio.

- Caramba, não é o Sirius! sou eu, Sev, o mesmo Sev que vocês mandaram para outro... - Narcisa se levanta com tudo e tampa minha boca, vejo o momento em que percebe que estou falando a verdade e o seu corpo treme. Lucius se levanta atrás de nós, o rosto pálido se empalidece mais ainda.

- Sev? É você mesmo? - A voz de Lucius é um sussurro, se eu não tivesse uma audição boa, não iria conseguir ouvir. Faço que sim com a cabeça. Antes que eu possa ter a oportunidade de dizer algo, Narcisa me arrasta junto com ele para fora da biblioteca.

Um ômega no universo errado ( SENDO REVISADA!)Onde histórias criam vida. Descubra agora