Não deveria ter uma parede ali?

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 Yuna encostou em uma parede, com seu rosto vermelho e a respiração ofegante

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 Yuna encostou em uma parede, com seu rosto vermelho e a respiração ofegante. A garota havia subido e descido vários outros lances de escada, virando cinco vezes a cada dez passos e mesmo assim não achou nada que parecesse suspeito, nem um tapete dobrado ou quadro torto. Yuna se considerava alguém com uma boa percepção visual, mas não havia visto nada de errado ou diferente.

A aproximadamente vinte minutos atrás, após se despedirem das irmãs de Ethan, os cinco criaram um plano e decidiram se separar, cada um foi em direção a um corredor e combinaram de se encontrar no salão em meia hora.

Parando no topo da escada, Yuna parou e colocou a mão na cintura e respirou pesadamente. Mesmo no inverno ela estava com o corpo suado e vermelho de calor, ela sentia que não havia necessidade tantas curvas e escadas em um único andar.

''Afinal, isso é um palácio ou labirinto?''

De repente Yuna sentiu algo se chocando duramente contra seu corpo, seus olhos se arregalaram e ela tentou inutilmente agarrar o corrimão, mas sua mão escorregou e Yuna só pôde apertar os olhos e esperar pela dor.

Mas ela não sentiu nada, seja nas costas ou a dor de membro quebrado, tudo o que sentiu foi um par de mãos segurando seu pulso e a puxando não tão delicadamente.

- Ah! - Yuna soltou sem querer, tentando firmar os pés. — Quem?? 

 O resto da frase morreu em sua garganta quando viu a pessoa à sua frente. Aquele era Ethan.

Sua aparência era a de alguém que havia brigado com uma matilha de cães selvagens, pois ele tinha arranhões em seus braços que ainda sangravam, suas roupas continuavam quase do mesmo jeito a não ser por respingos de sangue que manchava o tecido. As írises amarelas de Ethan brilhavam no escuro de um jeito que seria assustador se não estivessem olhando para Yuna com surpresa e um pouco de preocupação.

Mas uma coisa que chamou sua atenção, tirando todo o sangue e feridas, foi uma tatuagem em seu pescoço, uma borboleta negra que a lembrava uma Mariposa-Bruxa. Era linda, sombria e ao mesmo tempo delicada, mas Yuna se perguntava o quão louco era o pai de Ethan para deixar aquele pirralho de oito anos fazer uma tattoo no pescoço.

 Depois do choque inicial, Yuna se soltou do agarre de Ethan e firmou seus pés no chão, tentando o máximo possível não encarar os olhos do garoto.

 - E-Ethan! - Sua fala foi cortada. - Eu estava esperando te encontrar...

 Ele não respondeu, somente levantou as sobrancelhas em um sinal de surpresa.

 Os dois ficaram em silêncio por um tempo, somente se encarando de maneira relutante, até que Yuna com pouca coragem apontou para os ferimentos de Ethan.

- Isso deve estar doendo - Ela fez o possível para que sua voz não tremesse. - Vamos eu vou cuidar disso.

 Ethan percebeu a relutância em cada mínima ação de Yuna, então dando um sorriso ele foi até ela.

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