The Darkside- Parte 2

Capítulo 14

𝐓𝐡𝐞 𝐃𝐚𝐫𝐤𝐬𝐢𝐝𝐞-𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝟐

𝐊𝐚𝐫𝐨𝐥

(Algumas horas depois)

Já era três horas da tarde e aqueles dois ainda não tinham voltado, talvez mas só talvez mesmo eu esteja preocupada com eles.

Óbvio não vou assumir isso para eles, só se tiverem mortos mesmo ai tudo bem.

Volto a beber meu chá sentada no sofá da sala olhando as fotos que ela -Valentina-me mandava da viagem que fez com o meu irmão para Filipinas, parece que ela e o Mike estão tentando ter um relacionamento, porém, Valen está morrendo de medo de se machucar dessa vez o que me dói ver ela assim.

Mesmo que ela esteja feliz sempre vai ter inseguranças, principalmente pelo meu irmão viajar muito a pedidos meus por conta da máfia, entregas e negócios sobre a mesma.

Mas acho que está na minha hora de fazer isso...talvez eu deveria ir nessas viagens agora.

Porém, depois do ocorrido de hoje não sei se tenho mais coragem de contratar ninguém pra olhar a minha filha.

Porra.

Quase fiquei sem minha filha, mais um minuto naquele banheiro e ela estaria bem longe de mim.

Me assusto com batidas fortes e bruscas na porta, suspiro por quase deixar a xícara cair da minha mão.

A deixo na mesinha do centro da sala e me levanto do sofá indo atender a porta, abro ela e dou passagem para os dois entrarem.

Agus passou e na hora do Ruggero ele ficou paradão ali me olhando por um tempo antes de voltar a andar, solto o ar que nem sabia que estava preendendo e fecho a porta indo pra sala me sentando no sofá aonde eles estavam também.

- Então, o que houve?

Pergunto meio baixo pegando xícara de chá tentando me aquecer.

Ruggero; Karol, temos que falar sobre o pai da Luna.

Nego rapidamente.

- Não, eu não quero mais falar sobre isso Ruggero.

Digo baixinho.

Eu não me sinto bem falando do" pai da Luna" mesmo nem sabendo quem é a tal pessoa, eu não lembro de absolutamente nada daquele dia e uma parte de mim agredece profundamente por isso mas a outra...tem curiosidade de saber quem é.

Agustín: Olha, eu sei que você não quer saber quem é e muito menos se lembrar da pessoa mas, nesse caso é importante e muito.

Ele fala sério e meio bravo me fazendo ficar mais confusa ainda.

- Eu...não tô te entendo Agus, dias atrás você me pediu pra esquecer esse assunto agora tá dizendo pra gente falar disso de novo, se decidi meu filho!

Digo o fazendo suspirar pesado mas meu olhar vai pro Ruggero quando começa a falar.

Ruggero: Karol...nós sabemos quem é o pai da Luna.

Ele fala sem me encarar.

- E... quem é?

Os dois se olharam por alguns minutos em silêncio o que estava me deixando agoniada pra caralho, Ruggero se levantou no outro sofá vindo até a mim ficando de joelhos na minha frente pegando minhas mãos que estavam apoiadas em meus joelhos, olho para o mesmo sem entende nada.

Ruggero: me desculpa...

Abro a boca mas não saiu nada, junto minhas sombracelhas olhando para os seus olhos cor-de-café.

- Desculpa pelo o que Pasquarelli?

Ruggero: eu não te contei mas...eu tenho um irmão gêmeo e quem te visitou na cadeia aquele dia foi ele,não eu.

Solto uma pequena risada achando que fosse brincadeira mas, ele permaneceu sério.

- Tá falando sério?

Pergunto e balança a cabeça.

Ruggero: Ele...se passou por mim pra transar com você por que...

- Por que ele sabia que temos uma grande atração um pelo o outro.

Completo e confirmou com a cabeça novamente.

Ruggero: tem mais uma coisa.

- O que?

Minha voz falhou um pouco.

Ruggero:Ele tava cem por cento sóbrio no ato, ele disse que você pediu pra parar mas...não cedeu o seu pedido.

Quando ele terminou de falar afastei do seu toque rapidamente abraçando meus próprios joelhos como uma criança fugindo do bicho papão mas, no meu caso o bicho papão tem o rosto do homem que eu amo.

- o seu...o seu irmão me estrupou.

digo quase em um sussurro com os olnpa arregalados abraçando mais as minhas pernas.

Ruggero: eu sinto muito...

Ele diz e o olho com os meus olhos lacrimejando e um soluço escapa dos meus lábios.

- eu fui estrupada...

Fico repetindo durante uns vinte minutos seguidos ainda sentada no sofá.

A minha filha...a minha Luna é um fruto de um estrupo, Deus, não, não, não, não.
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