Capítulo 18

213 18 4
                                    

The Darkside Parte 2

Karol

Ficamos longos e bons minutos em silêncio pois, eu não sabia por onde realmente começa sobre meu passado conturbado com o meu pai... ou melhor, com o Miguel.

Fecho meus olhos respirando fundo e logo os abro olhando para ele.

- Quando eu tinha seis anos meus pais ainda estavam juntos, eles... pareciam se amar muito, muito ainda e nessa época ele me tratata como a bonequinha dele, a filha querida e favorita.

Digo com um sorriso, mas não era de felicidade e sim de dor por me lembrar dessas coisas até hoje.

- Ele era o meu herói até os meus seis anos de idade, mas, tudo acaba um dia e esse dia chegou do nada. Estava quase chegando o meu aniversário de sete anos e eu cheguei muito feliz da escola por que tinha feito um desenho muito caprichoso para o meu pai.

Desvio o seu olhar para o lençol que me cobria.

- Era a minha vó mãe dele que tinha me buscado naquele dia, eu peguei o desenho e fui mostrar ele muito feliz, contente e muito animada, mas... essa alegria foi morrendo assim que passei pela a porta da cozinha.

Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, a limpo tentando ficar o mais serena possível.

- Meus pais estavam brigando muito naquele dia, não só naquele dia, mas no mês todo. Eu tentava ignorar fingir que nada tava acontecendo nada. Fui mostrar o desenho para ele que pegou da minha mão e a rasgou pedaçinho por pedaçinho na minha frente, e não satisfeito ele ainda cuspiu no desenho rasgado no chão.

Olho para ele que estava um pouco pasmo com isso,sim ele fez isso com a própria filha que amava ele mais que tudo.

- Depois disso ele pegou as malas e foi embora, sem olhar pra mim, sem falar comigo. E eu com os meus seis anos, fiquei arrasada e me perguntei a anos o que eu tinha feito de errado pra ele me tratar assim. Mas, eu sei que não fiz nada eu só... entrei na hora errada.

Digo liberando as lágrimas e sinto seus dedos limparem meu rosto.

- Ele me ligava, me mandava dinheiro mas, nunca o vi mais pessoalmente. Fiquei cinco anos vê-lo, minha mãe já tava casada com o pai do Mike e eu estava feliz depois anos.

Ruggero:e depois?

Me viro para ele querendo parar de falar pois... doía lembrar dessas coisas.

- Depois? Bom, ele apareceu na minha casa como se nada tivesse acontecido. Eu estava feliz por ele ter aparecido e fiquei mais ainda quando me chamou pra sair com ele. Minha mãe não queria que eu fosse mas, deixou por que era o que eu queria.

- Eu com os meus onze anos de idade, feliz e mais animada ainda por meu pai ter voltado depois de anos, fomos para a casa dela que era enorme, maior do que eu morava com a minha mãe. Achava que ele tava sozinho mas, ele tinha outra família.

Digo sentindo minha garganta dar um nó.

- A mulher dele era tão nova na época que eu nem precisava ser mais velha para saber que ela queria só a porra do dinheiro dele, mas o Miguel não parecia notar isso. E com combo ela tinha duas gêmeas da minha idade, meu pai mandou eu ir brincar com elas para que eu conhecesse "minhas irmãs" melhor. Eu não estava tão feliz quanto antes, mas eu ia fazer um esforço por ele.

Dou mais uma pausa respirando fundo, eu odeio falar sobre isso mas ele merece saber. Se queremos que isso dê certo não podemos ter mais nenhum segredo.

- Começamos a brincar como crianças doces e inocentes, bom, era o que eu achava. Elas... jogavam na minha cara que eu não tinha um pai presente, que eu era uma órfã da parte paterna, que meu pai não me amava e que eu nunca ia pode ter os brinquedos, roupas e as coisas que elas tinham.

- Eu fiquei muito mal com isso então, disse que precisava ir por que minha mãe pediu pra mim ir embora mais cedo, peguei minha mochila que estava na sala e sai, porém eu sentir que ela estava mais pesada que antes, então parei na frente da casa e vi que a mochila tava cheia de joias preciosas. E logo depois veio os três atrás de mim me chamando de ladrã e pra piorar a situação meu pai me jogou um balde água gelada.

Ruggero: meu caralho...

Escuto ele dizer e abraço meus joelhos olhando para ele.

Ruggero: O que... houve depois?

- Eu fui pra casa e minha mãe foi até eles, depois não sei o que houve mas ela disse para irmos para longe o mais rápido possível e assim fomos. Começamos a morar na Cidade do México e depois não vi ele, só agora dele falando desse tal câncer.

Ruggero: você quer que eu vá com você no dia que for ver ele?

Pergunta me abraçando de lado e balanço a cabeça concordando.

- Quero.

Fecho um pouco meus olhos o sentindo fazer carinho nos meus cabelos.

Ruggero: agora quero te conta uma coisa.

Franzo o cenho o sentindo um pouco tenso.

- O que?

Ruggero: sobre a sua mãe.

Me levanto um pouco pra olhar para ele.

- O que que tem a minha mãe?

Coça a garganta se sentando na cama.

Ruggero:antes de tudo quero que saiba que não sei disso a muito tempo.

Balanço a cabeça.

- Fala Rugge, tá me assustando.

Ruggero: o assassino da sua mãe é o meu pai.

The Darkside- Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora