vous êtes myope.

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Um plot onde Lara escreve poemas para Tainá, depois que não é mais a melhor amiga da morena.

Se passa em julho de 2021.

esc: lara.
389 palavras.
autoral.

[

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[...]

Coloquei a minha máscara enquanto saia do meu condomínio, estava levando Olaf para passear já que minha mãe estava viajando e eu fiquei tomando conta dele.

Estava sendo divertido, Olaf é calmo e não faz muita bagunça. Mas toda vez que saio com ele pra passear aqui por perto, eu sempre tenho esperanças de que vou encontrar os meninos nas ruas, ou até mesmo ela.

Não tinha como, eu nunca andava pro lado do condomínio deles. Porém de qualquer forma isso já aconteceu. O Leandro estava levando a Sephora para dar uma volta e a gente se viu. Conversamos por alguns segundos mas nada demais, e nesse dia foi a primeira vez que eu vi a cachorrinha da Tainá. Ela era linda.


Sai do condomínio já indo atravessar a rua com ele, ficamos andando por alguns minutos até eu notar a presença de alguém bem familiar por mim.

Tainá.

Não fui atrás para cumprimentar ela, fazia alguns meses que eu não a via pessoalmente. Tinha medo dela não querer ficar perto de mim.

Acenei fraco ainda de longe, não consegui evitar o sorriso fraco que dei quando percebi que ela não tinha me visto.

Tainá era míope. Ri por ter lembrado.

Troquei de rumo na rua, voltando diretamente pra minha casa. Eu iria andar com Olaf pelo condomínio depois. Ver a minha morena me destabilizou um pouco.

Lara: Cauã? — Falei entrando na casa. Minha voz falhou um pouco enquanto chamava ele.

Cauã: Valha bixa, já chegou?

Não respondi, apenas coloquei Olaf em seu colo e fui pro meu quarto. Evitei deixar a porta aberta, sabia que ele iria tentar entrar aqui pra falar comigo, mas eu não estava pronta pra isso ainda.

Deitei na cama sentindo meu olhos pesarem, já estava prestes a chorar. Lembrar de tudo que eu passei com a Tainá era difícil.

E no final disso, eu chorei. Chorei porque a saudade é cruel.

Cruel demais para ficar pra trás.

Eu sabia que ela estava me evitando pelo os mesmos motivos que os meus. Nenhuma das duas querem sofrer ao lembrar do que vivemos.

Nenhuma das duas querem sofrer ao imaginar tudo que poderíamos ter vívido.

𝐎𝐍𝐄 𝐒𝐇𝐎𝐓'𝐒 - 𝗍𝖺𝗂𝗅𝖺𝗋𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora