Um plot onde Lara termina o namoro, e seu único suporte foi Tainá.
Se passa em maio, logo após o término de Lara.
esc: tainá. 464 palavras. autoral.
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[...]
Bati algumas vezes na porta já um pouco nervosa, fazia tempo que não via Lara. Não demorou tanto para Pathy abrir para mim. Ela tinha me chamado.
— Oi Taí, que bom que você veio.— Me abraçou, retribuí sem jeito.
— Como ela tá? Tá muito mal?— Perguntei já querendo que a resposta fosse "não", porém não foi isso que recebi.
— Ela não sai do quarto por nada, Tainá... Não tá nem comendo.— A Pathy me puxou para dentro do apartamento deles, enquanto continuava falando comigo.— Ele foi o primeiro namorado dela, tá abatida.
Eu gostava dele? Claro que não! Mas preferia que eles continuassem juntos caso fosse pra ela ficar mal assim.
— A gente deixou algumas besteiras pra ela comer na porta, mas ela não abre por nada. Não fala nada.— Suspirou.
— Eu vou tentar, viu? Deixa comida pronta pra ela, qualquer coisa.
Pathy concordou, fiz o mesmo e fui até o quarto da minha ruiva. Eu iria cuidar dela hoje.
Tentei abrir a porta mas estava trancada, minha única solução foi encostar a cabeça na porta e torcer pra ela me responder.
— Oi, Larissa...
— Vai embora, Pathy.
Ouvi a voz dela, não sei se a Lara realmente estava com a voz trêmula ou era o abafamento da porta.
— Por que tem tanta certeza que é sua irmã, ruivinha? Abre pra mim.
Não ouvi nada, continuei falando.
— Eu sei que você tá mal... Mas eu vim cuidar de você.
— Eu sempre cuidei de você, não foi? Desde quando nos conhecemos.
Antes que eu pudesse continuar, percebi a maçaneta girando. Abri a porta na hora e mesmo assim Lara já estava na cama de novo. Tranquei o quarto novamente, tudo limpo porém escuro.
Minha ruivinha estava abraçada em um travesseiro, meu coração doeu quando lembrei que nunca tinha visto a Lara assim. Ele realmente tinha machucado ela.
Tirei meu tênis e deixei minha bolsa pendurada no espelho, lentamente me deitei com ela. Lara não se virou, nem tentou me afastar. Continuava somente encolhida na cama. Envolvi seu corpo em meus braços a abraçando. Pousei meu rosto na curva de seu pescoço, enquanto continuava grudada nela.
— Você... Você n-não mudou o perfume.— Lara sussurou baixinho para mim enquanto se encolhia mais um pouco.
— Você já sabia que era eu?— A apertei mais um pouco tentando esquentar Lara. Estava frio, e ela não estava coberta.
— Eu senti seu cheiro... Desde quando você entrou em... Em c-casa.— Murmurou com a voz falha, dei um sorriso fraco.
Deixei um beijinho em seu pescoço, não duramos muito naquela posição pois Lara se virou para me abraçar.
