Capítulo 9

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Após confirmar meu corpo para campanha, no almoço composto por 95% masculino, dei meu jeito de fugir dali. Guilherme estava puto da vida e sentia essa raiva só em sua respiração e troca de olhar. Esse maravilhoso homem queria me testar. Qual seria seu real interesse em mim, apenas uma funcionaria rebelde, que flerta com todos, até com a mesa de trabalho. Lembrei do que o Luís tenha dito, e provável que seja verdade. Eu era, apenas, mais uma para sua lista de sexo quente. Porque aquele homem todo deveria ser muito quente, na real.

O lugar mais obvio para ele me encontrar seria o apartamento, por isso pedi que o motorista do carro me deixasse na praia. Água azul claro, pessoas bonitas andando pela areia. Que inveja. Rio de Janeiro que me desculpe, o amo, mas cometeria uma infidelidade com esses dias. Tinha um grupo de rapazes, que eram maravilhosamente lindos, jogando futevôlei. Que gracinha, pensei que isso era costume do carioca. Fiquei centrada por um momento, naquela disputa de quem é mais bonito e desisti, continuei a andar. Bom, eu tinha o emprego ideal, estava na minha liberdade conquistada, financeiramente e sentimentalmente. Não me faltava nada, mas algo não aceitava. Não entendia o porquê.

- Primeira vez aqui? - Ergui o rosto assustada e me deparei com um dos lindos. Ele com seu cabelo louro escuro e olhos azuis. Uma barba sexy e rostinho jovial. Meu deus. Aquelas palavras saíram sensual demais, ou estava necessitada de um homem com urgência. Estava o encarando, com cara de poia, aposto, e ele sorrio de lado. - Bom, linda, sou do estado, mas também não conhecia a cidade. Sou modelo e estava morando em Nova Iorque. - Disse como se nos fossemos amigos. Sorri de lado.

- Resolveu voltar? - Eu curiosa, não aguentei. O cara estava sem camisa e seu short caia pelo quadril expondo sua definição.

- Tenho um trabalho aqui essa semana. - Disse e me olhou nos olhos. - Aliás, me chamo Lucas. - Estendeu a mão e eu cedi. Ele a beijou.

-Ariana, publicitária carioca. - Ele iria falar algo, mas meu celular tocou aquele som de mensagem e quando vi a tela, 37 ligações perdidas. 7 do Luís e o restante de Guilherme, inclusive, a mensagem era dele.  *Se está decidida a levar o projeto de se exibi para o país inteiro naqueles panos, há um jantar de negócios para acerta essa palhaçada. Não suma, estou preocupado. * Ele sabia ser grosso e gentil, sorri.

- Namorado?  _ Perguntou o Lucas curioso e então lembrei de não está só.

- Não namoro. - Disse e o olhei. - Trabalho, tenho que ir agora. - Disse sem dar espaço para resposta. Lino, mas sem vínculo.

...

Estava pronta no horário marcado. Estava com um vestido azul marinho com manga longa e de renda. Vestido justo ao meu corpo e calçava um scarpin azul claro. Meu make ressaltava mês olhos castanhos claros. Meu cabelo estava solto com ondulação. Caminhei até a porta para abrir e assim que feita, dei de cara com meu poderoso chefe e meu queixo caiu. Um calça jeans escura e um blazer que por baixo via uma camisa branca. O encarei, que me analisava com olhos escurecidos.

- Ainda está em tempo de desistir, Ariana. - Disse rouco e eu bufei. Ele insistia nisso. - Você está muito gostosa, garota. Imagine naquelas peças. - Disse frustrado e eu ri. - Você ainda irá me matar, sem eu te fuder. - Disse desolado e eu ri. Fomos para o elevador.

O tão frustrante do meu querido chefe aderiu a lei do silencio. Ele dirigia o carro alugado observando o caminho, só desviava para o GPS. Encarava a fisionomia, tão sério e sexy. Seus traços eram marcante. Seus olhos denunciavam muitas histórias vista por ele. Qualquer mulher em sã consciência se apaixonaria, mas como não me encaixo nesse patamar, só queria usufruir de sua beleza.

Logo chegamos e Guilherme, em seu modo cavalheiro, saiu do carro e se apressou em abrir a porta para mim. Endireitei meu vestido e sai, segurando sua mão. Já fora, ele não a soltou. O olhei e ele me olhava firme, como se buscasse algo, fiquei sem jeito e era raro me sentei assim.  Ele se aproximou e eu fechei os olhos. O que eu estava fazendo, céus.

- Estou aqui unicamente por você. Você ainda não assinou nada, não se sinta obrigada. -Disse suave e eu sorri. Ele conseguia me ganhar e ao mesmo tempo perder, em suas palavras.

- Confio em você. - Disse e aproximei meu rosto do dele, lhe dando um beijo em seu rosto. Ele arregalou os olhos surpresos e eu sorri.

Assim que chegamos a espécie de um salão, haviam muitas pessoas. Umas que já tinha visto na reunião e outras desconhecidas. Conversavam e comiam. Olhei para Guilherme procurando respostas e ele sorrio de lado. Legal, estava sem armas. Eu passei o olhar pelo redor e logo avistei um vulto loiro em minha direção, me agarrando pela cintura e abraçando. Ok, ele era receptivo demais.

- A publicitaria mais linda que e conheci. - A voz rouca do Lucas era excitante. Sorri quando tive a certeza que estava no chão. - Trabalhando na campanha que irei trabalhar? - Disse contente e eu sorri, me preparando para responder.

- Ela será a publicitária responsável e modelo da campanha. - Meu chefe respondeu seco ao meu lado e eu o olhei. - Guilherme Trace. - Disse para Lucas que o encarava sem entender. - Vamos, Ariana, temos que falar com o Klein. - Guilherme não me deu chance e responder, me puxou dali e deixei o Lucas confusa e lindo. Ele estava um espetáculo, mas não poderia dar ao luxo de pensar muito, meu chefe me levava dali. Um pouco depois, descobri que aquele coquetel era para apresenta os modelos da campanha. Guilherme não parecia confortável. Estava em meu lado em modo automático. Umas mulheres muito bonitas vieram falar com ele, mas ele não parecia querer dar atenção. Consegui algum tempo com o Lucas, trocamos telefone e ele disse que me seguiria em minhas redes. Ele é amável e muito simpático, ao contrário do meu chefe ranzinza que descobriu minha fugida do banheiro para bater papo com meu novo amigo, e quem sabe peguete. Credo, Guilherme que não ouça. Tinha bastante bebidas, também aproveitei e bebi tudo para esquecer dos problemas, ou o PROBLEMA. Eu não sei como, e quem, mas cheguei em minha cama inteira, bem, ou seria que cheguei.

- Eu vou cuidar de você. - Foi a última coisa que ouvi antes de apagar.

Colisão ...O encontro de dois mundos.Onde histórias criam vida. Descubra agora