Capítulo 35

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- Mas que porra! - Dei um pulo com o susto que tomei, assim que entrei dentro de meu lar. As luzes acesas e um Guilherme furioso me encarava e eu estava de olhos arregalado. Enrico havia me trago, estava tranquilo e sereno enquanto conversávamos coisas banais. - Para que tem uma merda de telefone se não atende? - Ele estava com raiva, com muita raiva. Deixei minha bolsa no sofá, tirando meus sapatos com o próprio pé e indo em direção a cozinha.

- Porque não quis. - Disse simples enquanto mexia nos armário, procurando miojo para me alimentar e sentia que ele me seguia. - Cadê a Luciana? - Perguntei curiosa.

- Foi para um jantar. - Sua voz era fria. - Se eu não tivesse certeza que estava com o Enrico, juro que teria colocado uma tropa atrás de você. - Eu me virei para o olhar. Ele estava somente com a camisa social branca e os botões de cima aberto. A manga estava esticada até o antebraço e seu rosto estava vermelho.

- Como sabia? - Perguntei tentando e entender.

- As câmeras de seguranças, precisava ter certeza que você saiu de lá.- Ele disse e eu assenti, indo a geladeira. Lá eu peguei um pote, aonde tinha frutas picadas. - Por que fez isso, Ariana? Quase me enlouqueceu. - Disse parando no arco da cozinha e eu me sentei num banco que ficava na divisória.

- Não achei necessário. - Disse sem interesse, enquanto colocava frutas num copo. -Não acho que devo satisfações de minha vida a você. - Disse simplesmente, tampando o pote e o vi suspirar.

- Que porra está falando, Ariana? Somos namorados. - Ele disse como se fosse obvio.

- Você se importa com isso quando está com a beldade morena? - Perguntei com desdem, sem o olhar, no mesmo momento me arrependendo. Ciúmes, era isso que eu demostrava naquele instante.

- Você viu a Karen em minha sala, isso não quer dizer nada. - Ele diz com uma voz cansada.

- Ela ser carinhosa com você, passar as mão sobre seu rosto é super normal, ética trabalhista. - Disse com deboche, levando o garfo que tinha um pedaço de melancia até minha boca.

-Ariana, por favor, eu não dou essa liberdade a ela. Você com certeza viu o momento que ela passou a mão no meu rosto após eu ter dito algumas coisas não muito agradável a ela. Eu sou um homem, não um moleque que vai brincar com você. - A voz dele estava estranhamente paciente e eu ergui a sobrancelha.

- Acho que isso é muito para mim. - Disse olhando para meu copo, mas me referia a situação dele.

- Eu sei se que você aguenta, meu anjo. E se não aguentar, estarei aqui para lhe ajudar. - Ele se aproximou de mim, beijando minha cabeça. - Bom, trouxe roupas, vou ficar aqui hoje. - Ele disse como algo certo e eu franzi o cenho. Quem era eu para discutir.

...

Acordei na manhã de terça-feira bem cedo. Guilherme ainda dormia, tão serenamente que eu o admirei por alguns minutos antes de ir para o banheiro. Tomei um bano rápido, porque queria preparar o café. E isso realmente aconteceu, enquanto o café estava passando pela cafeteira, eu preparava misto quente. Assim que pronto, preparei omelete de queijo e presunto e quando estava para preparar a vitamina, um Guilherme de vestindo apenas uma calça de moletom apareceu na cozinha, indo em minha direção e beijando meus lábios suavemente entre o balcão que nos separava.

- Bom dia. - Eu disse e ele sorrio largo.

- Esta sendo ótimo, só de você ser o primeiro rosto que eu vejo pela manhã. - Disse com uma voz rouca que me arrepiou.

- Uau, meu namorado é romântico de manhã. - Disse rindo, enquanto o liquidificador batia o morango com leite.

- Meu bem, eu sou romântico em todo momento para você e por você. - Eu não aguento com um namorado romântico e fofo. Sorrio abobada enquanto o liquidificador me grita por atenção.

Colisão ...O encontro de dois mundos.Onde histórias criam vida. Descubra agora