Capítulo 3

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Uma, duas, seis tequila. Minha cabeça estava igual a bateria do Salgueiro. Meu corpo estava num lugar confortavel e desconhecido, com um peso anormal sobre ele. Ousei abrir meus olhos e estava escuro. Gemi baixo quando tentei levantar a cabeça e doeu. Minha barriga carregava um peso e quando desci a mão pude perceber uma cabeça com ralos cabelo. Merda, não lembro de nada após a tequila.

- Hum. - Ouvi um gemido e parei a mão. - Continua Ariana, está gostoso. - Ouvi aquela voz sexy e rouca que acabara de acordar e estremeci. O peso sumiu de minha barriga, e mesmo escuro, senti me encara. - Está bem ? - A voz era preocupada e sua mão grande passeava pelo meu pescoço procurando por algo.

- Minha cabeça parece uma escola de samba. - Confessei e ouvi uma risada baixa. - Nós dormirmos juntos? Quer dizer, eu te dei? - Perguntei confusa e ouvi bufar.

- Que vulgar como se refere.- Disse duro. - Você não me deu. - Disse ironico. - Não foi por falta de vontade de ambos, mas quero está enterrado em você quando tiver conciente. Quero ouvir você gemer meu nome e não tequila. - Disse e eu tive vontade de ri.

- Onde estou? - Na minha casa que não era, claro.

- Na minha humilde residencia. - De humilde não tem nada, pensei.- Eu sei.- Ele rio, com certeza lê pensamentos. - Acho melhor tomar uma ducha, verei se nosso café está pronto.

Não tive tempo de responder, ele saiu do quarto. Deu uma tonteira e corri para o banheiro, aonde vomitei toda noite de ontem no vaso. Entrei no box e passei minutos incontaveis embaixo daquela agua fria para tentar lembrar o que aconteceu na noite passada, mas nada veio. Sai do box e me dei conta de minha roupa suja. Bufei e peguei uma toalha me secando.

- Ariana, pode vestir a camisa azul que está no prendedor na porta, estou providenciando suas roupas. - Aquele homem e sua voz deliciosa me tirou de meus desvaneios enquanto supervisionava seu armario. Para que tanto preservativo? Fiz uma careta.

Depois de vestir a camisa com aquele embriagador cheiro, vi que tinha uma cueca boxer embalada, ainda. Vou vesti-la, deus que me livre está sem calcinha perto do meu poderoso chefão. Assim que sai do banheiro, avistei aquela perdição encarando a cidade pela sua parede de vidro. Ele estava com uma calça de moleton que caia bem em seu quadril cinza, sem camisa. Seus musculos eram convidativo e seu cabelo estava molhado. Ele parecia concentrado nos seus pensamentos. Ele era impressionantemente hipinotizante, poderia passar toda manhã o admirando, mas ele já estava em minha frente, me encarando.

-Está melhor ?- Perguntou e eu assenti. - Ótimo, vamos tomar café. - Ele disse e me puxou.

Fomos por um corredor e descemos uma escada estilo caracol, chegando numa enorme sala. Estava impressionada com aquela imensidão. Ele me conduziu até sua salar de jantar e eu fiquei boquiaberta com tamanha fartura.

- Senhor Trace, Senhorita Júlia está subindo. - Uma mulher com aparentemente cinquenta anos disse. Ela tinha cabelos negros e era morena clara de olhos pretos. Baixinha, mas parecia ser simpatica. Ela me olhou e eu sorri.

- Bom dia. - Disse simpatica e ela retribuiu com um soriso.

- Regina, essa é Senhorita Ariana, estará presente sempre com a gente. - Disse sério e esse a gente parecia não se referir a Regina. Foi então que lembrei que a Júlia subia.Bom, quem é? Esposa, noiva, namorada? Gelei, ela não deveria gostar de me ter ali. A campanhia tocou e eu olhei aflita para o Guilherme, Regina saia da area.

- Julia chegou. - Disse natural e eu o olhei apavorada. - Júlia é minha filha, espero que se deem bem. - Disse e fomos interrompidos por uma menina correndo em nossa direção. Cabelos longos e pretos om olhos oceanicos e sorriso o olhar. Pulou no colo do Guilherme e eu me entreguei mais aquilo que eu desconhecia ser.

Colisão ...O encontro de dois mundos.Onde histórias criam vida. Descubra agora