Capítulo 21

1.1K 91 1
                                    

- Oi, Lucas. - resmunguei ao atender o celular. Não lembro quanto tempo dormi, mas odiava ser acordada.

- Desculpa, te acordei? - Imagina, olhei para a tela do celular e marcava oito e meia.

- Sim ou claro? - Debochei, tinha um péssimo humor matinal. Sentei na cama, me desvinculado do edredom.

- Me desculpa, princesa, só queria saber se tem o tempo livre hoje. Ainda estou na cidade, poderíamos almoçar. - Ele sugeriu e eu ergui a sobrancelha. Ainda estava em sua cafonice de "princesa". - O que acha? - Ele perguntou.

- Não sei, Lucas. - Disse e suspirei. - Eu vim com o Guilherme, não sei se ele irá voltar hoje. - Disse já entediada em está no telefone cedo.

- Eu posso te levar. - Ele sugeriu e eu ri. Eu estava estressada, ele me acordou, ainda estava sonambula, incapaz de pensar.

- Luquinha, meu amor. Deixa meu cérebro acordar e depois te dou uma resposta. Tudo bem? Eu não funciono bem de manhã, ainda mais sendo acordada. - Disse sincera.

- Own, desculpa minha princesa. - Ele disse com uma voz doce e me amaldiçoei por ter sido um pouco grossa. O Lucas era um fofo comigo e eu aqui com meu mau humor. - Não hesite em me liga, beijos. - Ele disse e desligou. Bufei. Não conseguiria mais dormi.

Fiz minha higiene pessoal e depois vesti uma calça jeans com uma camisa de manga longa preta. Prendi meu cabelo em um rabo e resolvi sair do quarto. Desci as escadas e, aparentemente, ninguém estava acordado. Fui até a cozinha e encontrei a Roza, a senhora que cuidava da casa. Ela colocava o bolo em uma bandeja. Ela me olhou e sorrio.

- Bom dia, senhorita Ariana. - Ela disse simpática e rolei os olhos.

- Por favor, Roza, somente Ariana. - Disse e ela sorrio complacente. - Posso ajudar? Sei fazer uma omelete de queijo e presunto maravilhosa, modéstia parte. - Disse e ela assentiu.

- O Senhor Guilherme adora omelete. - Ela disse.

- Ele aparente ser mais velho quando é chamado de senhor. - Disse pensativa e ela me mostrou os ingredientes.

- Ele é assim, sério desde menininho, mas é um rapaz com enorme coração. -ela disse me olhando quebrar os ovos. - Fico feliz que ele tenha encontrado você, uma bela moça. - Disse e eu arregalei os olhos.

- Não, não temos nada. Ele é me chefe. - Disse com uma careta e ela sorrio.

- Isso parece ser de sua parte, querida. Guilherme te olha com admiração. - Ela disse saindo da cozinha.

Que louca, enche minha cabeça de coisa e some? Guilherme me olha com admiração? Será que deveria dar ouvido a esse povo. Não posso arriscar minha carreira. Por mais que sinta uma atração por ele, eu não posso. Tudo bem que nunca fui uma garota certa, mas eu priorizava meu trabalho e tudo que fiz para tê-lo.

...

- Ariana, que omelete incrível. - Julia disse assim que acabou de comer a sua. Guilherme sorria, já havia terminado e pegava da minha.

- Muito boa, não sabia desse seu dote. - Ele disse me olhando.

- Bom, eu não levo esse meu segredo a trabalho. Mas é minha especialidade. - Disse brincando.

- Quero conhecer mais de seus segredos. - A voz rouca me atingiu e Julia tomava seu suco. Roza lava os pratos.

- Pai, vou ir na cidade com o Tião. - Julia disse e ele assentiu. Logo ela sumiu.

- Vamos embora quando? - Perguntei curiosa, lembrando do convite do Lucas.

- Quando você quiser. - Guilherme disse e esse encostou na cadeira, me encarando.

- Bom, Lucas me chamou ... - Falava mais Guilherme foi rápido e seco.

- Não. - Ele disse e o olhei de cenho franzido. - Sei o que esse moleque quer, Ariana, e não. Você não vai em lugar algum com ele. - Disse certo.

- Não lembro de te que te pedir permissão. - Disse pensativa e ele me encarava.

- Ariana, eu estou a tempos tentando algo contigo e nada, ai chega um modelinho de merda e já vai sentando na janela? - Disse incrédulo e eu iria argumentar, mas ele não deixou. - E nem vem com a desculpa de patrão. Ele trabalha com você e é mais famoso, você sairia perdendo. - Disse ríspido e eu suspirei. - Quero você no escritório daqui a dez minutos. - Disse e eu arregalei os olhos, mas ele sumiu rápido.

Céus me dê folego. Esse homem e seus milhões de humor. Respirei fundo e tirei toda a mesa antes de ir ver o que o senhor dono do universo queria. Falei com a Roza que depois a ajudaria e ela assentiu, com um sorriso que transparecia que ela sabia que eu não ajudaria. Subi as escadas, degrau por degrau e fui ao fundo do corredor na porta intimidadora. Bati uma vez e a empurrei. Ele estava de costa, olhando a vista no lado de fora da enorme janela. Calça jeans e uma camisa polo preta. Tudo modelava perfeitamente seu corpo. Eu tinha certeza que ele sabia da minha presença, mas não se virou. Fechei a porta, e quando voltei a olha-lo, ele já estava na minha frente. Ele me encarava de cima. Alto e eu na minha estatura mediana ficava pequena ao seu lado. Seu olhar intenso e escurecido. Tem como resistir? Eu já não sei mais. Nossos olhos se encontraram e ele agarrou minha cintura, erguendo em seu colo, minhas pernas abraçaram sua cintura automaticamente. Ele me levou até uma poltrona, aonde se sentou e então me encarou. Aquilo era estranho, ao mesmo tempo bom. Nossas respirações ofegantes e nossos rostos próximos.

- Você não vai sair com o modelo. - Disse firme. - Sabe por que? - Perguntou e eu neguei, incapaz de falar algo. - Porque você é minha, Ariana. Mesmo que negue e não queira sentir. Você é minha desde o primeiro momento que te vi pelas câmeras de seguranças na Trace, e tive a absoluta certeza da minha posse, quando você entrou querendo beijar a lona em minha sala de reunião. Você pode fugir, negar, despistar, mas eu quero tanto você, quanto você a mim. - Ele disse e eu respirava pesado. Além de suas palavras possessivas, sentia ele crescer embaixo de mim, e eu não estava por trás. Cada palavra possessiva me excitava e eu não o negaria naquele momento. - Então você não sairia com porra de modelo nenhum e nem ninguém , somente comigo que irá se preocupar em sair. - Assim ele segurou meu rosto e grudou nossos lábios em um beijo selvagem e possessivo. Meus braços agarraram seu pescoço e uma de sua mão desceu para minha cintura pressionando mais contra ele. Gememos juntos com o impacto de nossos corpos se chocando. Ele fazia destruição com sua boca na minha, imaginei como seria em outros lugares, mas o filho da mãe me largou ofegante, ainda no seu colo e jogou a cabeça para trás, soltando o ar. - Vai arrumar suas coisas, já iremos embora, baby. - Ele disse e eu xinguei alto um "merda", saindo de lá enfurecida e excitada.


Colisão ...O encontro de dois mundos.Onde histórias criam vida. Descubra agora