Capítulo 23

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AVISO: Essa será a unica postagem da semana. Motivo, eu estou finalizando outra historia minha, FICA! e minhas férias acaba essa semana também. Então vou me dedicar a finalizar a outra historia e assim, na próxima semana as postagens se normalizam.

FICA! : http://www.wattpad.com/story/23803572-fica



Terça-feira, cheguei no trabalho meia hora antes do meu expediente. Tinha ciência que Guilherme seria impossível no dia. Fui para minha mesa e liguei meu notebook e depois fui pegar um café. Tomei, conversando com algumas pessoas na copa e depois voltei a minha mesa. No meu e-mail coorporativo, tinha um do meu trabalho de lingerie. Abri e tinha fotos do ensaio. Ficaram incríveis. Vi que na cópia tinha o Guilherme, e esse e-mail foi enviado pela noite. Eram incríveis, um trabalho incrível. Em mensagem, dizia que era para vermos o resultado do final de semana e já seria montada a propaganda. Não houve resposta em corrente ainda. Eu fiz, agradeci e elogiei o trabalho sorridente. Logo comecei meus trabalhos.

Luís Fernando convocou sua equipe para reunião. Eu fui. Ele lembrou do meu trabalho, exibindo umas quatro fotos elogiando e eu fiquei encabulada. O Henrique, estagiário, elogiou as fotos e Alessandra, a supervisora e me olhou com desprezo, mas não liguei. Ele logo falou sobre o novo trabalho, montando uma equipe que incluía a Alessandra. Eu não fiz parte. Tratava-se de uma rede de mercados, famosa. Só prestei atenção, eu tive várias ideias, mas o trabalho não era o meu. Tinha que focar no meu projeto que estava para lançar, e assim que encerrou a reunião, era o almoço.

- Podemos almoçar juntos? – Henrique disse enquanto saímos da sala, assenti com um sorriso.

Fomos num restaurante ali perto. Era o lugar que todos iam, por ser rápido a chegada e o preço ser camarada. Quando chegamos, já havia poucas pessoas. Sentamos numa mesa e pedimos nossos pratos. Henrique era todo sorriso. Ele era um jovem bonito. Moreno e olhos escuros. Seu cabelo era curto, mas o fio era tentador. Ele tinha uma barba charmosa e sua pele era clara. Ele sorria como se estivesse tendo algo extraordinário. Ele era bonito e sempre foi muito simpático.

- Suas fotos ficaram incríveis. Nunca pensou em seguir modelando? – Perguntou levando a mão ao queixo, sorrindo.

- Não é minha praia. Não levo jeito para ser paranoica com meu corpo, tenho outras preocupações. – Fiz uma careta e ele rio.

- Acho que não precisa, você é ideal. – Disse em um modo flertado e eu ri.

- Gentileza sua, mas eu sou mais de ficar num escritório bolando projetos publicitários. – Disse e ele sorrio.

- Você manda bem, também, nessa área. Tem algo que você não manda bem? – Perguntou e eu ri. Obvio que tinha. Muitas coisas. Mas o topo era relacionamento. Eu tinha um defeito emocional nesse quesito. Não sou hipócrita, já me apaixonei, mas jamais conseguiria levar um relacionamento sério.

- Acredite, querido, eu sou um poço sem fundos de defeitos. – Disse e ele rio, negando.

Almoçamos entre conversas. Descobri que ele estava para fazer seus vinte um anos e sua faculdade já estava prestes a acabar, aconteceria no final do ano. Ele me contou sobre seu pai, um renomado advogado que era louco para ele seguir a mesma carreira,  o que não aconteceu. O feito só foi para seu irmão mais velho e sua irmã caçula. Ele se intitulava de ovelha negra pela situação. Ao todo, foi descontraído e divertido, voltamos para o prédio rindo.

No final de meu expediente, já estava exausta. Eu ainda tinha algumas coisas pendentes sobre meu projeto e interagi com a equipe da marca a todo momento.  Luís me mandou algumas pendencias para resolver durante a tarde e fiz tudo em seu horário. Quando arrumava minhas coisas, reparei que a maioria das pessoas já haviam saído. Só estavam duas ou três. Luís Fernando disse que ficaria fazendo planilhas para a reunião que teria no dia seguinte com Guilherme, então peguei minhas coisas e fui rumo ao elevador.

Hora de saída, haviam algumas pessoas. Alguma me cumprimentaram e eu fiz o mesmo. Eu conhecia algumas pessoas da empresa e outras me conheciam, mas nunca sequer falou comigo. Assim que cheguei na garagem, quase tive um principio de infarto. Guilherme estava encostado no meu carro, com um buque de rosas vermelhas e estava vestido com um terno cinza escuro por cima de uma camisa de linho branca. Sua calça social e não tinha gravata. Olhei para os lados, verificando se alguém havia reparado no deus grego natural ao meu carro, mas as poucas pessoas que ali passavam, não repararam naquele monumento.

- Olá. – Ele disse com a voz sedutoramente sexy e eu mordi o lábio. Como podia?

- Oi. – Disse com um sorriso. – Se me lembro, teria um dia cheio. – Arquei a sobrancelha e ele assentiu, rindo.

- E tive, agora vim buscar a mulher que me interessa para um jantar. Vamos? – Não tive como negar. Ele me levou até seu carro e fomos ao seu caminho programado.

- Você as vezes me surpreende. – Eu disse assim que sentei na cadeira que ele havia puxado para mim.

- Gosto de saber disso. Quem sabe você mude de ideia ao meu respeito rápido. – Piscou para mim e arregalei os olhos. Ele rio. – Eu respeito seu tempo, baby. – Disse e saiu divertido o modo como ele me chamou. 

- Flores vermelhas, jantar em um restaurante chique, cavalheirismo. O que se atribui tudo isso?  - Perguntei curiosa e ele me analisou por um momento. 

- Se atribui a conquistar seu coração, Ariana. Eu não brinco com minhas palavras, eu a quero, e vou fazer de tudo para tê-la. – Sua fala intensa e eu fiquei o encarando por segundos até nos servirem um vinho branco.

 Dizer que o jantar foi perfeito, seria até arrogância minha. Acho que ele havia planejado em me deixar sem fala. Os pratos eram maravilhosos, vinho do melhor e a companhia era inquestionável. Cada segundo que eu passava ao lado do Guilherme, eu conhecia o verdadeiro homem incrível atrás daquela fantasia de durão. Guilherme era um homem menino que precisava de atenção. Ele era divertido e muito carinhoso, isso me assustava. Não era acostumada com essa sensação protetora. Eu sabia que ele precisava, mas sabia que eu não poderia dar. Não naquele momento, eu não tinha psicológico para isso. Não poderia o decepcionar e me quebrar. Não merecíamos isso.


Colisão ...O encontro de dois mundos.Onde histórias criam vida. Descubra agora