Capítulo 17

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Merda! Acordei atrasada. Luciana não havia dormido em casa, mais um motivo para não me despertar. Fiquei a noite toda ainda finalizando os últimos detalhes da propaganda que fui dormir tarde. Coloquei um vestido azul com alça fininha e um decote comportado, solto ao corpo um palmo acima do joelho com uma sapatinha neutra. Prendi o cabelo num coque rápido e fui para a garagem. A maquiagem não sairia lá essas coisas, passei somente uma base e lápis de olho e fui rumo a Trace.

Assim que cheguei, já eram nove e quarenta, corri para o elevador e apertei meu andar. Estava cheio de executivos, cada um se distribuindo em seus andares. Meu deus, era hoje meu dia. Cheguei ao meu e corri para minha mesa, me deparei com um arranjo de flores brancas e ergui a sobrancelha por um momento. Coloquei minha bolsa e notebook na mesa, logo ligando.

- Aline, quem deixou essas flores? - Perguntei a Aline, recepcionista. Ela era uma loirinha baixinha, impossível. Seus cabelos eram lisos e ela tinha olhos claros.

- Se eu te contar você não acreditará. - Ela disse séria e gelei. Como ele poderia ter feito isso? - Acho que fiquei pálida e ela rio. - O entregador, super gatinho por sinal. - Piscou e eu soltei o ar que nem sabia que prendia. Olhei, em busca de um cartão, nada. Decidi esquecer. - Guilherme marcou uma reunião para publicidade, todos na sala daqui a vinte minutos. -Ela disse e eu assenti. Legal, reunião logo de cara.

Não parecia, mas o setor de publicidade era grande. Tinha estagiários, e funcionários. Os líderes, supervisores, coordenadores e criadores. Eu me encaixava na última. A sala logo se enchia e eu sentei perto do Henrique, bonitinho o estagiário novo. Ele puxou uma conversa comigo e comentou que sabia que eu havia feito a nova publicidade. Ele disse que imaginava já a propaganda e corei, logo o disse que seria a modelo, ele rio e disse que sabia. Agora eu evaporava, ou não. Guilherme chegou acompanhado pelo Luís, e depois de passar o olhar na sala, encontrou o meu e estava duro e olhou ao meu colega de trabalho, sorrindo para mim. Ele se encaminho, sem cumprimentar ninguém, a sua cadeira maior. Luís cumprimento a todos, sentando ao seu lado.

- Bom, todos sabem que temos uma grande premiação a publicidade feita por uma revista muito famosa do Brasil. - Ele disse e todos tinham sua atenção. - Bom, Trace participar todo ano da premiação. Eu já escrevi a propaganda que vai concorre. - Ele disse e todos olharam empolgados e ansiosos. Cada criador ali já havia feito seu trabalho, seus lideres e supervisores também estavam ansiosos. Tudo passava por eles, antes de ir ao Luís e chegar no Guilherme.  - A campanha de lingerie, feita pela Ariana Gonçalo, já foi enviada para a revista. - Disse por fim e eu arregalei os olhos. Oi? Uma campanha que não lançou ainda e já estava saindo assim? Olhei ao meu redor e todos estavam boquiabertos, quase sai dali. Mas não poderia.

- Guilherme, eu acho injusto essa colocação. Meus criadores fizeram trabalhos incríveis já lançado e que tiveram uma repercussão boa, inclusive geraram mania entre consumidores. - Disse Alessandra.

- Primeiramente, Alessandra Silva, estamos em um ambiente de trabalho e não lembro de termos tanta intimidade assim. - Ele disse duro e todos paralisaram. - Segundo, quem decide o que coloco ou não nas representações da Trace, sou eu. - Disse e ela estava vermelha. De raiva ou vergonha, eis a questão? - Terceiro, não sendo muito de sua conta, mas eu sei que a campanha elaborada pela a Ariana Gonçalo promete ser um grande sucesso. - Ele disse certo e eu me remexi na cadeira. Que constrangedor.

- Porque você será a modelo, parabéns! - Henrique sussurrou ao meu lado e sorri Sem graça.

- Algo que queira compartilhar conosco? - Henrique e eu viramos o rosto e Guilherme nos olhávamos. Meu amiguinho do lado, negou sem graça, se encolhendo. - Bom, outros comercias estarão concorrendo em outras categorias, mas principal será essa. Reunião encerrada. - Eu glorifiquei por isso, me levantei e disparei para fora, mas algumas pessoas já haviam saído. Ia me aproximando do elevador e eu ouvi.

Colisão ...O encontro de dois mundos.Onde histórias criam vida. Descubra agora