Colisão ...O encontro de dois mundos.

Capítulo 14

Estava pronta. Vestido preto de paetê com ombro caído e um cinto para despojar mais e um scarpin neutro. Meu cabelo tinha uma trança de lado com fios soltos e make leve. Logo encontrei a Luciana, exuberante em um vestido branco de franja e alça fina que amarra atrás do pescoço e super justo no corpo, com as costas nua e um bela decote no busto. Ela calçava uma sandália de salto e o cabelo estava solto e liso. Estava linda. Fomos em seu carro para a boate. Havia mandando uma mensagem para a Bianca, a dizendo que estávamos chegando. Ela disse que também.

Bianca estava num vestido uma saia de cintura longa preta com uma cropped branca de manga curta e que deixava suas costas nuas. Seu cabelo solto e ondulado. Estava linda. Apresentei ela a minha amiga e as duas se deram bem .Com o charme e conhecimento da minha amiga, tivemos acesso rápido a área VIP do local. Já estava cheio a boate, a parte que estávamos tinha poucas pessoas, tudo espalhado. Pegamos nossas bebida no bar, era open, então não precisávamos pagar pelas bebidas e fomos até a grade dar uma olhada.

- Cara, gigante aqui. - Bianca disse olhando o local. Eu não conhecia.

- A melhor balada da Barra. - Luciana disse empolgada. - Tem outras boas, mas essa é top. - Explicou e Bianca rio.

- Quer diversão. - Ela deu um gritinho e rimos. Logo a música a tocar foi uma batida eletrônica com a voz de Sia . Nos olhamos e começamos a remexer o corpo.

Estávamos com a pulseira verde florescente, a que dar acesso VIP. Descemos para pista, aonde estava cheia e começamos a dançar. Era libertador. Me sentia livre, como se eu colocasse todo estresse da semana para fora naquela noite. Luciana parecia estar adorando. Ela logo dançava com um cara todo musculoso com a cabeça raspada e Bianca com um menino com o corpo malhado, mas sem músculos exagerados e cabelo pretos jogados na testa. Elas pareciam estar bem, me virei e tinha um cara, a luz florescente não dava para visualizá-lo bem. Ele era alto e tinha um porte musculoso. Eu avistei seus dentes brancos e me movi de acordo com a musica, ele me acompanhou e suas mãos rodearam minha cintura, a puxando para ele colando nossos corpos. Dançamos e ele falava coisas de como eu o despertei, como ele me queria e como estava louco de tesão por mim. Coisa que eles falam para todas numa balada. Eu só ria, era solteira, que mal haveria. Depois de duas músicas, resolvi deixar-me levar. Nosso beijo foi caloroso. Ele apertava forte minha cintura, enquanto seu beijos era esfomeado e ele me devorava. Ele tinha cabelo, mas que meu chefe. Mas por que eu fui compara-lo? Eu puxei, e ele gemeu na minha boca, descendo suas mãos pela cintura e apertando meu bumbum. Encerramos o beijo e ele me convidou para sair dali, neguei e voltei a área VIP, já que minhas amigas já não estavam mais ali. Assim que cheguei aonde elas estavam, me deparei com um discursão entre Luís Fernando e Luciana e meu chefão ao lado da Bianca, sério e rígido. Fiz uma careta e dei meia volta, indo até um bar.

- Que porra pensa está fazendo? - Dei um pulo, fazendo cair a bebida que o barman havia acabado de me entregar. Me virei e ali estava o Guilherme furioso me encarando.

- Pegando uma bebida? - Perguntei confusa e ele me fuzilou, pegando meu braço e puxando dali. - Opa! - Tentei pará-lo, mas foi em vão, quando percebi, estávamos no estacionamento, eu parada em uma parede e ele andando de um lado para o outro, passando a mão pelo cabelo. O que foi? Ele estava estressado porque trouxe a Bianca numa balada? Ela é maior de idade, pelo que sei. Iria começar a protestar, me sentindo a justiceira, mas ele me encarou, frio.

- Me admira você, inteligente e independente, numa balada se pegando com um desconhecido qualquer. Com jeito de marginal. - Ele cuspiu tudo em mim e eu parei para pensar. O cara tinha jeito de marginal, que sexy. Tive vontade de ri da crise de existência do meu chefe, mas resolvi tenta-lo acalmar.

- Olha, acho que isso se trata de eu trazer a Bianca, certo? - Perguntei calma, devagar.

- Que se foda a Bianca, com ela eu me resolvo depois. Meu problema maior está aqui, você, Ariana. - Gritou e eu o olhei feio. Eu problema? Ele passou a mão no rosto e suspirou. - Ariana, você deveria descansar, mas está aqui. Você é inteligente demais para isso. - Disse mais contido.

- Sou também solteira. - Disse e ele me olhou curioso.

- Procura um namorado? - Perguntou e eu ri.

- Diversão.  - Disse e ele sorrio de lado.

- Estou aqui, Ariana. Pode me usar quando quiser, isso não irá interferir no meu trabalho, ou no seu. - Ele disse como se aquilo fosse a opção mas obvia e eu ri.

- Você é louco, cheio de problemas e querendo me envolver neles. - Bufei. - Você acabou com minha noite, vou embora. - Disse ajeitando meu vestido e lembrei que minha amiga discutia com o Luís, então teria que pegar um taxi. No meio dos meus pensamentos, não reparei que fui arrastada e jogada para um carro. Como é que é? Ele é o rei do mundo?

Eu decidi não falar. Qualquer coisa que dissesse poderia vim contra mim. O caminho até minha casa era rápido, mas ainda passamos por uma blitz que, não sei o porque, Guilherme se safou facilmente assim que o policial viu sua cara de mau. Ele poderia ser um bandido me sequestrando, mas claro, se ninguém conhecesse o Trace.

Assim que ele parou em meu prédio, nem me atreveria a tentar descobri como ele sabia, soltei o cinto e ele encarava o volante. Parecia querer dizer muito. O olhei e ele suspirou pesado, deitando a cabeça no volante. Ok, ele bancaria meu pai agora? Me busca na boate e me coloca de castigo. Sai do carro, batendo a porta forte e ouvi ele gritar algum palavrão, não liguei, fui direto ao meu apartamento. Estava sem vontade de ataques histéricos do meu chefe empata foda.

Próximo: 14.04.2015