Capítulo 06 - Consequência 1

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Queria muito beijá-la, mas não sabia como nos relacionaríamos na frente de todos.

— Camz... Você é tão fofa!

— Pior é que eu não sou. Você que me faz falar essas coisas.

— Eu? Como assim?

— Claro que você. Toda perfeitinha desse jeito, quando percebo já falei.

— Camz... – Fiquei encarando ela, depois sentei no banco e ela sentou ao meu lado.

— Nunca cheguei cedo aqui. É estranho.

— Sabe ontem... Quando eu te perguntei como seria nosso relacionamento aqui na escola? – Ela assentiu. — O seu “normal” inclui beijar? – Ela levou a mão ao queixo, com um sorrisinho surgindo no canto dos lábios.

— Bom... Deixe-me pensar no seu caso.

— Ai que horror! Não quero mais beijos seus.

— Ah estava brincando linda! Pode fazer o que quiser comigo.

— Não quero. – Falei fazendo bico e ela sorria com a interação. O que me fez pensar que deveria fazer mais teatrinhos como esse, só para vê-la sorrindo mais vezes. Só que o sorriso sumiu e ela levou a mão ao olho e esfregou.

— Lolo acho que entrou um cisco no meu olho.

— Me deixe ver. – Me aproximei dela e ela enlaçou minha cintura colando nossos lábios. Foi um selinho bem demorado. Até que eu a empurrei. — Sua cretina! Me enganou!

— Só você para cair nessa. Sério, Lo! Me dá um beijinho. – Olhei para o portão da escola e Dianna acompanhava nossa interação.

— Melhor não Camz. A Dianna está nos olhando.

— Quem é essa?

— Aquela menina que se atira para você.

— Que menina? – Ela me olhou confusa.

— Ela está parada lá no portão. – Ela demorou um pouco e depois fitou Dianna.

— Ah to ligada! Mas o que tem a ver o beijo com ela?

— Não quero confusão com ela. Ela é nossa capitã.

— Sério? Queria tanto... – Falou fazendo biquinho.

— Ai meu Deus! Porque você é tão fofa? – Falei puxando ela pelo moletom e colando nossos lábios. Ela colocou minhas pernas sobre a dela e abraçou minha cintura. Os nossos beijos, não costumavam ser calmos e delicados. A intensidade era tanta que sentia meu coração pular no peito. Ela levou a mão até minha coxa e apertou o que me fez cessar o beijo. — Camz... Estamos em público.

— Desculpe, mas você me enlouquece Lo.

— Entendo exatamente isso. – Dianna continuava nos encarando com a boca aberta. — Que saco! Agora vou ficar para sempre na base da pirâmide.

— O que é isso?

— A parte que sustenta todas as outras garotas.

— Desculpe.

— Tudo bem. Valeu a pena. – O sinal bateu. Juntei meus livros e ela pegou minha mochila.

— Se seus livros estão aí, o que tem aqui dentro? – Falou se referindo a mochila.

— Cadernos e canetas.

— Quantos cadernos?

— Alguns... Quatro ou cinco.

— E porque eu tenho só isso? – Falou mostrando um caderno e uma caneta com a ponta mordida.

— Não sei, mas você devia ter mais.

— Talvez. – Quando chegamos à sala, ela estava vazia e me sentei no meu lugar. Camz sentou na minha classe e me puxou me fazendo ficar entre suas pernas. — Acho que vou precisar de um beijo para suportar essas aulas horríveis.

— Só beijo, se você assistir meu ensaio depois.

— Assisto se você for ao racha comigo hoje.

— É uma boa troca. – Alguns alunos entraram e ela me puxou pela nuca. Nunca vou me acostumar com essa pegada. Eu estava brincando com a língua dela e ela apertava minha cintura com força.

— Srta. Jauregui e Srta. Cabello nos seus lugares, por favor. – A professora de matemática falou e nos separamos. Eu toda vermelha de vergonha e Camila assentindo para ela. Ainda bem que ela a professora Catarina, que ama a Camila por ela saber tudo sobre a matéria, se fosse o Joe, provavelmente teria suspendido ela.

A cada troca de professor, Camila vinha me dar um selinho e eu estava completamente abobada de que, a valentona antissocial consegue ser tão leve e dar várias demonstrações de carinho em público. O que me fazia mais apaixonada a cada segundo.

Depois a aula, e do lanche reforçado que Camila comeu no recreio, comeu tudo que ela se serviu e o que sobrou da minha também.

— Camz, não se ofenda, mas porque você come tanto?

— Em casa eu só tenho comida congelada e quando vejo comida normal, exagero um pouco eu sei.

— Não. Tudo bem, eu só fiquei curiosa. Você mora sozinha? – Ela me olhou e ficou em silêncio por um tempo, virando o rosto e não respondendo. — Tudo bem. – Falei alisando o braço dela. Depois do final das aulas, fui para o vestiário e me troquei.

— Você está namorando a Cabello? – Ally perguntou.

— Por que você não nos falou? – Dinah perguntou quando elas entraram correndo.

— Foi tudo tão rápido e não estamos namorando, estamos ficando.

— No grude que vocês estavam no refeitório, parece que faz anos que namoram. – Ally disse.

— Não é para tanto.

— Vocês combinam demais, mas já sabe que isso terá consequências né? Dianna e Brad não estão felizes com isso. – Dinah me advertiu.

— Brad? Não tenho nada com ele.

— Você sabe da rivalidade do Brad com a Cabello nos rachas, ele não vai deixar barato, perder corridas e perder a garota dele. – Dinah falou.

— Nunca fui dele. Gostei da Camila na primeira vez que olhei para ela.

— Agora eu entendi porque você não se apegava a ninguém. – Allen disse pensativa.

— Vamos. Normani e Troy devem ter chegado.

— Eles vão assistir?

— Vão. A Cabello vai ficar também? – Ally perguntou.

— Vai. E vamos ao racha depois.

— Claro que vai. Agora você é primeira dama daquele lugar. – Dinah falou debochada.

— Para de bobagens. – Elas se arrumaram e fomos para a arquibancada. Camila estava sentada na última fileira e Troy, Normani e Brad na primeira. Me sentei no colo dela e selei nossos lábios. — Oi.

— Oi gatinha. Essa saia é muito curta, não acha?

— Essa é a grande de treino, a de apresentação é menor. – Ela me encarou super séria. — Se você não fosse tão rebelde sem causa, diria que está com ciúmes.

— Talvez eu esteja. – Dianna tocou o apito e todas começaram a chegar. — Boa sorte, linda.

— Obrigada Camz. Vou precisar. – Depois que cheguei, estávamos nos aquecendo e Dianna escolheu a música. Quando ficamos em formação.

— Hoje você entra no lugar da Jauregui, Lovato. – Dianna falou.

— Por quê? – Perguntei.

— Porque eu sou capitã e quero assim.

Fast And CoreographedOnde histórias criam vida. Descubra agora