Capítulo 45 - Manipulador

1.1K 91 11
                                    

Lauren Jauregui  |  Point of View





Camila com sua pontualidade genuína apareceu em frente a minha casa, às 7h em ponto. Ela estava com uma regata branca solta do Bee Gees, uma camisa xadrez, intercalando as cores brancas e pretas, uma calça skinny preta e Nike Air Jordan, Branco e Preto. Uma deusa sexy selvagem... Já estou tensa e nem cheguei perto dela.

— Oi gatinha. – Ela falou me dando um selinho.

— Oi bad girl.

— Você está linda. – Estava com um vestido soltinho e um All Star branco. Bem simples.

— Estou normal, você que está muito... Sexy. – Ela sorriu.

— Obrigada. Era esse efeito que queria causar. – Sorri negando e me condenando por ser tão direta sempre. – Agora vamos!

Ela abriu a porta do carro para mim e depois partimos para o parque. Estava cheio.

— O que vamos fazer primeiro? – Perguntei e ela sorriu.

— Comer!

— Camz! Viemos no parque para você comer? – Ela assentiu. — Não acredito.

— Estou brincando, gatinha. O que você quer fazer?

— Quero ir ao bate-bate. – Ela revirou os olhos.

— Tudo bem, mas eu piloto.

— Não! Você vai de carona comigo. – Falei séria e ela ficou emburrada.

— Você fica só me mandando.

— E você me obedecendo. Vai lá comprar nossos ingressos. – Ela virou e eu dei um tapa naquela bunda maravilhosa. — E rápido. – Se ela já estava irritada, imagina a cara que ela fez depois disso.

Ela voltou e fomos para o carrinho, mas ela estava com a carranca. Quando fomos subir, sentei no carona e não falei nada.

— Não vai pilotar?

— Pra você ficar com essa cara?

— Não estou com cara nenhuma. Vem, senta aqui. Só não nos mate. – Falou sorrindo e eu mudei de lugar. Ela colocou o cinto em mim e depois apertou o dela. Foi a primeira vez que eu pilotei alguma coisa, mas não quis dizer a ela na hora.

Depois fomos comer alguma coisa, antes que Camila tivesse um troço, nunca vi pessoa comer tanto. Depois a convidei para ir à roda gigante. Sentamos e ela entrelaçou nossos dedos. Ficamos nos olhando por um tempo e depois voltei minha atenção para a paisagem. Era tão lindo, tudo tão iluminado e ela do meu lado.

— É tão linda...

— É! – Virei e ela estava e olhando.

— Estou falando da cidade.

— E eu de você!

— Se sou linda... Porque não me beijou ainda?

— É uma ótima pergunta e sem nenhuma resposta aceitável para tamanha falta. – Ela se inclinou e colou nossos lábios. Era calmo, ela serpenteava a língua delicadamente sobre a minha e depois de um tempo, finalizou com um selinho demorado. A roda começou a se mover novamente.

Caminhamos um pouco e parei em frente a uma cabine de tiros. Pedi para ela ganhar um ursinho para mim. Obviamente que ela fez. Quando fomos comer novamente, sim, novamente, não dá para discutir com ela, Keana e Alexa estavam na lanchonete. Nos juntamos a elas, falei toda orgulhosa do urso enorme que Camila ganhou para mim e depois fomos a montanha russa.

— Tem certeza que aguenta, Camz. Você comeu oito hot dogs, só na última vez.

— Hey gatinha. Fica fria que eu aguento e caso não aguente, quem vai sofrer são os que sentarem atrás de nós. Você está salva.

— Isso foi tranquilizante e... Nojento.

— Muito nojento. Vamos sentar na frente de vocês. – Keana falou e Alexa assentiu freneticamente. No final tudo correu bem e ela aguentou mesmo.

— A companhia de vocês está muito boa, mas prometi a mãe da Keana que a deixaria em casa às 9h.

— Ok. Até segunda então.

— Até. – Elas formavam um casal tão fofo, mas como nem tudo é perfeito...

— Olha o casalzinho... – Brad nem precisou falar mais nada e Camila acertou seu nariz em cheio. Ele caiu sentado e ela entrelaçou nossos dedos, saindo dali como se nada tivesse acontecido.

— Desculpe, gatinha. Sei que você não é garota para assistir esse tipo de coisas, mas prometi para mim, que na próxima vez que visse esse moleque ranhoso, quebraria a cara dele. – Gargalhei.

— Ranhoso Camz? Esse é seu xingamento.

— Hoje é. Estou muito braba. – Beijei ela.

— Me excitou ver você acertando a fuça aquele ranhoso.

— Posso fazer de novo se você quiser. – Ela falou sorrindo.

— Não. Essa foi suficiente.

— Ok. Quer fazer o que agora?

— Podemos... – O celular dela tocou.

— Só um minuto, gatinha. É da clínica, tenho que atender.

— Claro, amor.

— Pai?... Oi Sra. Lenir... Não... – A expressão dela mudou drasticamente. — Mas como?... Disse que era vigiado 24h por dia... Não... Tudo bem, a culpa não é sua... Qualquer coisa me informe então. – Ela desligou o celular e ficou olhando para a tela.

— O que houve, amor?

— Meu pai fugiu.

— Como assim? Ele estava tão bem.

— Ela nunca está bem. Aquele retardado só estava manipulando a todos como sempre faz... – Ela marejou os olhos. — Eu fui idiota de pensar que meu pai tinha voltado. – A abracei forte.

— Vamos para casa. Vou cuidar de você.

Quando chegamos a casa dela, ajudei ela a tirar as roupas e me deitei com ela. Não tem muito que fazer, só aguardar notícia das buscas. A abracei forte e ela começou a chorar.

— Isso, amor. Pode chorar. Vai te fazer bem. – Falei fazendo cafuné nela. Ela chorou muito, soluçava entre o pranto, mas é melhor ela externar tudo. Depois ela pegou no sono.

Liguei para meu pai e ele iria até a clínica se informar melhor e depois deixaria uma foto dele na policia. Coloquei meu celular para desperta de hora em hora, para ver se Camz estava bem.

Fast And CoreographedOnde histórias criam vida. Descubra agora