Capítulo 16 - O Plano

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Lauren Jauregui | Point of View




Ally e Dinah me visitaram no sábado. Contei tudo, desde o pai de Camila até o Austin. Elas disseram que andam juntas no colégio e que Dianna não sai da cola dela e fiquei muito feliz em saber que ela não liga para isso. E muito feliz por ela estar enturmada com minhas amigas também. Elas já sabiam sobre nossa separação e nossos encontros escondidos, pois Camila havia contado. Depois da visita, fui para meu quarto, martírio entrar nele depois de tudo que aconteceu aqui.



Camila Cabello | Point of View




Durante a aula, estava imersa em meu mau humor costumeiro e o tempo se arrastava. Quando o sinal finalmente tocou, Dinah e Ally me esperavam no meu carro.

- Algum problema meninas?

- Não. Queremos conversar, Troy e Normani estão nos esperando no café do leste. - Dinah falou.

- Tudo bem. Vamos, mas não posso demorar. - Abri a porta para elas e depois entrei nele. Liguei o carro e minha playlist começou a tocar.

- Vimos a Lauren... - Meu coração deu aquele pulo habitual, sempre faz isso quando escuta o nome da dona.

- Como ela está?

- Magra e abatida.

- Já disse para ela comer. - Falei socando o volante. Dinah tocou meu braço.

- Calma! Se você disse, pode ter certeza que ela vai fazer. - Assenti e dirigi até o café. Pedi um café e uns oito sonhos, cumprimentei Troy e Normani, me sentando junto a eles.

- Primeiro de tudo... - Ally disse e eles se olharam. - Já sabemos de seus problemas. - Não falei nada, apenas assenti e eles continuaram.

- Meu pai é policial... - Arregalei os olhos. - Sim. Por isso não tenho multas. - Ele sorriu. - Conversamos com ele e tem um jeito de nos livrarmos do Austin, mas talvez você não goste da ideia no início.

- Mas eu e Troy vamos estar por perto sempre. - Normani falou e eu estava boiando.

- Você vai ter que conviver com o Austin novamente para conseguir provas concretas e o pegarmos em flagrante. - Troy falou e meu pedido chegou à mesa e eu fiquei olhando pela janela.

- Ele pode oferecer algum risco a você, se você conviver com ele como uma namorada apaixonada? - Normani perguntou.

- Acho que não.

- Vamos estar o tempo todo com você, qualquer perigo você manda uma mensagem de emergência e nós te
ajudaremos. Meu pai conversou com a polícia de lá e eles estão juntos nessa, já querem o prender faz tempo.

- Queremos te ajudar nessa. Infelizmente não sabemos outro jeito. - Ally falou.

- Tudo bem. Vou ter que internar meu pai.

- Ligue para o Austin. Que abordagem vai usar? - Dinah perguntou.

- Não sei.

- Diga que cansou de correr e que sente falta dele. - Troy sugeriu.

Peguei o celular e procurei o número dele.

~Ligação On~


- Camila? Aconteceu alguma coisa?

- Não... Na verdade sim, eu queria conversar com você, pedir uma chance. Estou cansada desses rachas e a vida era boa com você. - Falei enquanto uma lágrima corria por meu rosto. - Se você não estiver com ninguém, queria que você me aceitasse de volta.

- Você está brincando?

- Você sabe que não gosto de brincadeiras!

- Claro que você pode voltar. Você não devia nem ter ido embora.

- Eu acho que sinto alguma coisa por você e desta vez quero ir com calma.

- Acho que estou sonhando. Claro! Do seu jeito! Vou mandar arrumar um quarto para você separado. Vamos começar do zero, vou te mostrar que valho à pena.

- Tudo bem. Vou acertar os detalhes da internação do meu pai e depois te ligo.

- Tudo bem. Beijo.

- Beijo.

~Ligação Off~


Ally me abraçou e depois de um tempo estávamos em um abraço coletivo.

- Estamos com você nessa. - Normani falou.

- Obrigada pessoal. Nunca vou poder agradecer.

Nos separamos e comemos, nos conhecemos melhor. Todos eram incríveis.

- O quê você sente pela Lauren? Porque a escolheu? - Ally perguntou e a mesa toda me encarou.

- Bom... - Falei limpando a bagunça que devia estar meu rosto. - Lauren é uma garota inegavelmente linda. Sempre reparei nela, mas nunca sonhei que ela me daria bola algum dia e com minha vida complicada, nem me esforcei para que isso acontecesse. Naquele dia do ataque, eu estava quase babando no quão linda ela estava naquela roupa e escorada na parede. A hora que aquela turma do abuso chegou, eu gelei. Só pensei em protegê-la. Peguei meu taco de baseball e fiz a pior expressão de mal encarada que tinha e fui para aquele beco correndo. Ela estava tão frágil ali, meu coração bateu estranho e depois que a polícia chegou, no meu carro, o cheiro dela, aqueles olhos...

No outro dia na escola, fiquei sem saber
como agir, mas não consegui mais fingir que não me importava. Na casa dela, conhecendo ela e vendo que a beleza externa dela chega a ser feiura perto do que ela é por dentro. Não tem como não ficar de quatro por ela, juro que me controlei, porque sei do quanto podia bagunçar a vida dela, mas não deu. Foi mais forte e antes do primeiro beijo eu sabia que estava apaixonada. Aquele dia que o Brad me bateu, só conseguia pensar no quanto eu a amava e não havia dito isso a ela.

- Isso responde sua pergunta? - As meninas estavam chorando e Troy, não sei por que, segurava minha mão.

Fast And CoreographedOnde histórias criam vida. Descubra agora