Capítulo 14 - Um mês

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Depois de um dia inteiro, meu corpo clamava por Camila. Meu pai arrombou a porta do meu quarto e me obrigou a ir à escola nova. Estava com o moletom de Camila, não o tirava por nada. Ele me deixava na frente e me buscou quando a aula acabou. Quando cheguei, meu quarto estava sem porta, ele me acompanhou e começou a se explicar, mas eu nem liguei. Não me importava com mais nada.



Camila Cabello  |  Point of View



Quando pai de Lauren disse que eu não poderia mais vê-la, meu coração quebrou, mas no fundo eu esperava que isso acontecesse. Não fui à aula, fiquei chorando em casa, olhando uma gilete e me controlando para não usá-lo, acabei
adormecendo e sonhando com ela.

Na escola, o comentário que Lauren se transferiu de escola se espalhou muito rápido. As aulas ficaram extremamente
sem cor sem ela. Meu peito apertava quando olhava para o lugar dela e ela não estava lá para sorrir, enquanto eu mandava beijinhos para ela no ar. O pior era olhar para a cara daquele escroto e não poder socá-lo até ele morrer.

Quando fui deixar meus livros no armário, ele estava escorado no outro lado do corredor, com um bando de seguidores idiotas e sem vida própria.

— Ouvi falar que os Jauregui’s se tocaram que você é uma marginal e proibiram seu namorico, Cabello. – Eles riram e quase todos me olharam.

— Ouvi falar que não é da sua conta e se você quiser sorrir com todos os dentes na boca é melhor deixar ela fechada. – O corredor quase veio a baixo em gritos e ele fechou a cara, saindo dali.

— Isso foi hilário. – Fechei meu armário e caminhei em direção da saída. — Olha, é verdade que não está mais com ela? Podíamos sair ou sei lá. – Dianna falou se insinuando.

— Estou com a Lauren, ela só mudou de escola para poder animar novamente. Por favor, me deixa em paz. – Menti. Ela virou as costas e saiu.

Fui para casa e decidi que tinha que dar um jeito na minha vida, não sei como, mas sem Lauren não posso ficar.



Lauren Jauregui  |  Point of View



Depois de um mês, minhas roupas folgadas, denunciavam o quanto havia emagrecido. Só rezava para Camz ficar bem e torcia para ela não estar se cortando novamente. Não consegui tirar Camz um segundo do pensamento. Daria tudo para ouvir a voz dela, saber que ela esta bem. O moletom dela já perdeu seu cheiro e me obriguei a lavá-lo. Não conversava com minha família, sei que não adiantaria e que eles estavam me protegendo, mas nunca me senti tão sem rumo como agora.

A escola nova tinha um grupo de animadoras e me pareceu algo para distrair. Só rezava para a capitã não ser uma vadia egocêntrica. Perguntei na direção com quem deveria falar. Perguntei pela tal de Alexa, até alguém me indicar, uma garota magra e parecia simpática.

— Oi... Alexa?

— Sim. E você?

— Eu sou Lauren, fui transferida há pouco. Eu era animadora na outra escola, me disseram que teria falar com você.

— Quer entrar para o time? – Assenti. — Seria ótimo, amanhã tem treino depois da aula. Vamos esperar você.

— Nossa! Obrigada! Não preciso de teste ou algo do tipo?

— Nosso colégio tem regras sobre aceitar todos e nunca impor condições em nossas atividades extras.

— Isso é ótimo. Obrigada mesmo. Até amanhã.


×××


No outro dia avisei meu pai que animaria depois da aula, ele ficou feliz por eu ter falado com ele e por estar interagindo novamente.

As meninas eram boas e o clima do treino era leve, Alexa não era tirana como Dianna. Ela e Keana comandavam quase juntas e elas aceitavam todas as ideias.

Depois de uma semana, estava super em sintonia com a equipe, aquilo me fazia bem, não o bem que Camz me fazia, mas era menos vazio enquanto eu estava lá. Alexa achou que estava tudo perfeito e nos liberou mais cedo, como não tinha celular, tinha que esperar até o horário normal, quando estava passando pelas arquibancadas, meu braço foi puxado e só parou quando entrei embaixo da mesma.

— Que po... – Era Camz, com aquele sorriso torto e chorando. Pulei nela, a abraçando forte... Queria fundir nossos corpos. Chorei escondendo o rosto em seu pescoço. — Camz... Senti tanto sua falta, bad girl.

— E eu então gatinha... A vida sem você não é nada. Estou te perseguindo a semanas, decorando seus horários, foi ajuda dos céus seu treino acabar cedo hoje. – Falou e me beijou... Como senti falta deste beijo, a língua dela me invadia com desespero... Era desespero... Era saudade. Ela puxou meu lábio inferior entre os dentes, quando o ar nos faltou, mas não demorou a colar nossas bocas de novo. Eu já nem lembrava onde estava.

Fast And CoreographedOnde histórias criam vida. Descubra agora