Na casa dos Mendez.
- Almoço servido senhoras! - Gustav fala colocando a panela de arroz na mesa. Hoje foi dia dos homens fazerem a refeição.
- Pelo cheiro, parece estar bom! - Carol elogia eles, que sorriram.
- Está dizendo isso só por ser o Gustav que fez... - implico com a minha cunhada que revirou os olhos, meu irmão ergue a sobrancelha e meu pai senta ao lado da minha mãe que solta breve risadinhas. - Não contra a ti, papai! - olho para o responsável mais velho ali.
- Essa garota me ama, né, possível! Cara... só hoje ela me perturbou o dia todo, vocês acreditam? - a menina faz reclamação sobre mim para os demais presentes ali.
- Em minha defesa, o Gustav me autorizou! - aponto para o garoto que ia tocar na comida no mesmo tempo que a Dona Maria deu um tapa na sua mão. Gustav expressa uma careta.
- Orar, né, meu filho? - a senhora mais velha pergunta e repreende ao mesmo tempo. Gus se senta na mesa e sorri forçado.
- Vai que cola né?
- Então você deu acesso direto para a Olivia me perturbar hoje? - Carol se vira fitando o menino que agora está sentando ao seu lado.
- Acesso direto não! E, é brincadeira da Liv, amor... liga para essa garota não, você já conhece a peça! - meu irmão tenta pular fora e eu o encaro de cima a baixo.
- Assim como conheço você, né? - sua namorada responde no meu lugar, olhando para o mesmo que passa a mão na cabeça sem graça.
- Vamos orar, então, né? - Dona Maria intervém um início de uma briga devido a algo bobo e a gente que está na mesa apenas concorda e fecha os olhos. - Senhor, obrigada por esse alimento que nos concedeu mais um dia...
- Amém! - respondemos juntos e começamos a se servir.
Quando começo a colocar minha comida, meu celular vibra em cima da mesa, mas decido ignorar... só que o telefone faz o mesmo gesto novamente. De repente, reparo a minha mãe me encarando séria com seu braço apoiado na mesa.
Sorriu de lado e começo a comer, ela não gosta que mexemos no celular na hora da refeição.
- Bem, tenho uma coisa para contar... - Gustav começa a anunciar, mas é interrompido pelo meu celular que toca de novo e mais velha me olha séria e os demais com curiosidade (para saber quem está ligando).
- Atende logo esse telefone, Olivia. - a responsável mais velha verbaliza sem paciência.
Forcei um riso e pego o mesmo vendo ser a Cris. Aceito a ligação.
- Diz que é algo muito importante, pois a minha mãe está perto de me enforcar! - exclamo e olho para Dona Maria que está boquiaberta agora com a minha fala.
- Quem é? - Gus quis saber.
- Cris... - murmuro, afastando o celular um pouco do ouvido e o menino franzi o cenho tentando se lembrar quem é. Reviro os olhos e volto com o telefone ao ouvido.
- Eu só quero saber se você vem amanhã mesmo, Liv! Você sabe que isso é muito importante para mim... - a ruiva diz. Sua voz transmitia um pouco de preocupação?
- Está tudo bem? - mudo de expressão e tento dizer um pouco mais baixo. - Tem algo a ver com o Caio? - quando digo "Caio" todos me olham, meu pai e o Gustav quase me engolem viva.
- Vamos conversar depois, tenta vir, por favor... - a menina murmura um pouco desanimada.
- É claro que vou! - exclamo para tentar animá-la. - Não perco a comida da tia Helena! - admiti e escuto sua risada como alívio.
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For a Wait I (REVISÃO)
SpiritualAssim com o corsa deseja as águas do ribeirão, assim também eu quero estar na tua presença, ó Deus! Salmos 42;1 Olivia Mendez, uma jovem de 19 anos, que mora no estado de São Paulo. Ela tenta conciliar sua vida material, junto com a sua vida espirit...